Bia Haddad perde match point, sofre dura virada de Top 10 e cai nas oitavas em Queen's

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Beatriz Haddad Maia sofreu uma dura virada nesta quarta-feira, no WTA 500 de Queen's, na Inglaterra. A tenista brasileira desperdiçou um match point no segundo set, abusou dos erros no tie-break e não resistiu à reação da americana Emma Navarro, atual número 10 do mundo, no terceiro set. Bia, assim, se despediu nas oitavas de final pelo placar de 1/6, 7/6 (7/4) e 6/3, no torneio preparatório para Wimbledon.

O resultado surpreendeu porque a brasileira fez apresentação dominante no set inicial e jogava melhor no segundo set, com direito a um match point no saque da rival. No tie-break, Bia liderava o placar até que uma paralisação do jogo, de cerca de cinco minutos, afetou a concentração da 22ª do mundo, que cometeu duas duplas faltas em sequência e permitiu o início da virada de Navarro.

Bia vinha embalada na grama do campeonato londrino após superar a checa Petra Kvitova, bicampeã de Wimbledon, na estreia. Ela tentava alcançar a fase de quartas de final pela segunda vez na temporada.

O confronto desta quarta foi o terceiro contra Navarro em 2025. Com a vitória, a americana desempatou a série após vencer também Stuttgart. Bia levara a melhor em Strasbourg, também no saibro.

A dura derrota desta quarta volta a causar preocupação nos fãs da brasileira, que faz uma de suas temporadas mais irregulares da carreira. Já levando em conta os resultados em Queen's, Bia soma sete vitórias e 17 derrotas no ano - chegou a exibir uma série de nove revezes consecutivos, entre janeiro e o fim de abril.

Após eliminar a bicampeã de Wimbledon, na estreia, Bia manteve o embalo e não tomou conhecimento de Navarro no primeiro set. A brasileira fez uma exibição de gala, mostrando todos os seus recursos na grama e fechou o primeiro set cedendo somente um game à adversária, em apenas 27 minutos.

Navarro esboçou reação no começo do segundo set ao obter sua primeira quebra da partida logo no game inicial. Bia não se abalou. Devolveu a quebra na sequência e virou o placar para 3/2. A brasileira se manteve firme em seus saques, mas sofria para buscar nova quebra. Chegou a ter um match point no saque de Navarro, sem sucesso.

O set, então, foi decidido no tie-break. Bia liderava por 4/2 quando a partida precisou ser paralisada porque um torcedor passou mal nas arquibancadas. Após interrupção por cerca de cinco minutos, a brasileira voltou hesitante. Cometeu duas duplas faltas em sequência e permitiu a virada de Navarro, que não desperdiçou sua chance de fechar o set e empatar o jogo.

O terceiro set foi o mais equilibrado da partida. Bia, contudo, esboçou desconforto muscular na coxa nos primeiros games. Mesmo assim, manteve o bom nível de jogo até o oitavo game, quando voltou a oscilar no saque e sofreu a quebra. Em seguida, Navarro desperdiçou um match point antes de sacramentar a inesperada virada.

Ainda nesta quarta, Bia fará sua estreia na chave de duplas em Queen's. Ela formará dupla com a espanhola Cristina Bucsa contra as casaques Yulia Putintseva e Elena Rybakina, já valendo vaga nas quartas de final.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.