Corinthians: Juíza nega liminar a aliados de Augusto Melo e posterga briga judicial pelo poder

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O pedido de tutela de urgência feito por conselheiros do Corinthians para devolver a presidência do clube a Augusto Melo foi negado pela juíza Juliana Maria Maccari Gonçalves, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na noite desta terça-feira. Na avaliação da magistrada, é necessário aguardar a apresentação de provas por parte dos alvos do processo para julgar o mérito e dar sequência à análise.

A ação foi movida por aliados de Melo para validar uma decisão da Comissão de Ética corintiana que afastaria o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, e anularia todas as decisões tomadas por ele desde o dia 9 de abril, inclusive a condução do processo de impeachment. O Corinthians e o presidente interino Osmar Stábile também são requeridos.

"Em resumo, ausente o requisito da probabilidade do direito alegado, é necessário que se aguarde, ao menos por ora, o decurso do prazo para a apresentação de resposta pelos requeridos e a oportunidade para a produção de outras provas no decorrer do processo, a fim de que se alcance a certeza necessária quanto aos fatos que embasam os pleitos formulados nestes autos", diz a decisão desta terça.

Maria Ângela de Souza Ocampos, 1ª secretária do Conselho Deliberativo, é a autora do processo ao lado de Mario Mello Júnior e Ronaldo Fernandez Tomé, membros da Comissão de Ética do Clube, além de Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos.

Ocampo é peça chave na tentativa de retomada do poder empreendida por Augusto Melo. Ela e os outros três aliados do presidente afastado defendem que Romeu Tuma Jr. não respeitou uma determinação de afastamento vinda da Comissão de Ética no dia 9 de abril, por 3 votos a 1, após processos disciplinares movidos pelo conselheiro Roberto William Miguel, mais conhecido como Libanês.

Mario Mello Júnior e Ronaldo Fernandez Tomé somaram os votos favoráveis junto de Paulo Jurici. Tuma Jr diz não ter sido notificado e entende que não pode ser afastado porque o tema, votado apenas no Comitê, teria de passar pelo plenário do Conselho Deliberativo. Ao lado de Stábile, considera a manobra uma tentativa de golpe.

O pedido para afastar o presidente do Conselho foi baseado no artigo 28 do estatuto do Corinthians, que lista motivos para aplicação de pena de desligamento de associados. Foram citados por Libanês os itens "cometer ato grave contra a moral social desportiva ou contra dirigente em função do seu cargo" e "denegrir a imagem do clube".

Roberson de Medeiros é o vice de Tuma Jr. e seria o sucessor em caso de afastamento, mas pediu licença médica, por isso a função foi reivindicada por Ocampos. Então, no dia 31, a aliada de Melo divulgou um documento em que anulava todas as ações tomadas por Tuma Jr., entre elas a condução da votação por 176 a 57 que aprovou o impeachment de Melo.

Está marcada para dia 9 de agosto a Assembleia dos sócios para referendar ou não o afastamento do presidente. Caso referendado, será convocada uma nova eleição.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.