Os representantes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes 2025: como chegam Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo

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A edição de 2025 da Copa do Mundo de Clubes da FIFA marca o início de um novo formato, reunindo 32 equipes de diferentes continentes em um torneio que promete redefinir o patamar do futebol de clubes internacionais. O Brasil contará com quatro representantes: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo. Cada um deles chega ao torneio em estágios distintos, com campanhas variadas em 2025 e diferentes estratégias de reforço e preparação. A seguir, um panorama do momento vivido por cada equipe.

Palmeiras: estrutura consolidada e regularidade em alta

O Palmeiras chega ao Mundial respaldado por um modelo de gestão consolidado e desempenho consistente ao longo da temporada. Vice-campeão paulista, o clube teve a melhor campanha da fase de grupos da Copa Libertadores e avançou às oitavas de final da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro, figura entre os líderes, com uma campanha sólida e equilíbrio entre defesa e ataque.

O elenco foi reforçado com nomes importantes em 2025, como os atacantes Paulinho, Vitor Roque e Facundo Torres, o meia Emiliano Martínez e o zagueiro Bruno Fuchs. Com isso, o técnico Abel Ferreira mantém um grupo competitivo, capaz de disputar em alto nível e ser considerado um dos favoritos a avançar como líder do seu grupo, que conta com Porto (Portugal), Al Ahly (Egito) e Inter Miami (EUA).

Flamengo: elenco estelar e ambição internacional

O Flamengo mantém-se como um dos principais candidatos ao título, graças ao elenco qualificado e à experiência em competições de alto nível. Em 2025, o Rubro-Negro foi campeão Carioca e da Supercopa do Brasil, além de liderar o Campeonato Brasileiro e também avançou às oitavas de final da Copa do Brasil e Libertadores, após encerrar a fase de grupos na segunda colocação do grupo C, com três vitórias, dois empates e uma derrota.

A diretoria rubro-negra investiu em reforços pontuais. Destacam-se as chegadas de Danilo, zagueiro da seleção brasileira, e a contratação de peso do meio-campista Jorginho, ex-Arsenal. 

Sob o comando de Filipe Luís, a equipe apresenta alto rendimento ofensivo, com jogadores como Arrascaeta, Pedro, Bruno Henrique e Luiz Araújo em destaque. A expectativa no Mundial é alta, com o Flamengo projetado como um dos favoritos sul-americanos.

Fluminense: reformulação e desafios de estabilidade

O Fluminense atravessa uma temporada marcada por oscilações. A equipe avançou às oitavas de final da Sul-Americana e Copa do Brasil, e está em quinto lugar no Campeonato Brasileiro, além do vice-campeonato carioca. O clube ainda busca estabilidade no desempenho coletivo e tenta encontrar soluções defensivas para equilibrar o sistema de jogo.

Com orçamento mais restrito, o Tricolor investiu em reforços jovens e pontuais. Foram contratados nomes como o volante Hércules, o zagueiro Juan Freytes, e o atacante uruguaio Agustín Canobbio. 

A equipe comandada por Renato Gaúcho tenta consolidar sua nova base visando competitividade internacional. No Mundial, o Fluminense chega como incógnita, com potencial técnico, mas ainda em fase de reconstrução.

Botafogo: reconstrução após temporada histórica

O Botafogo chega à Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 após um 2024 histórico, em que conquistou o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. No entanto, a temporada atual tem sido de reconstrução. O clube enfrenta oscilações no Brasileirão, foi eliminado precocemente no Carioca, perdeu os títulos da Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, avançou com dificuldade às oitavas da Libertadores e com tranquilidade na Copa do Brassil. A saída do técnico Artur Jorge e de jogadores importantes marcou uma transição em meio a altos e baixos.

Para 2025, o clube reformulou o elenco com reforços pontuais. Destacam-se as contratações do meia uruguaio Santiago Rodríguez (ex-NYCFC), o zagueiro Jair e os atacantes Arthur Cabral e Artur.

Apesar do momento instável, o Botafogo mantém ambição internacional e acredita em uma classificação ao mata-mata, apesar de ter que enfrentar o atual campeão da Champions, o PSG e o espanhol Atlético de Madrid.

Perspectivas brasileiras no Mundial

Com perfis distintos, os quatro clubes brasileiros chegam ao Mundial com expectativas diversas. Palmeiras e Flamengo se destacam pela regularidade, profundidade de elenco e experiência recente em torneios internacionais. O Fluminense busca afirmação após instabilidades, enquanto o Botafogo tenta reencontrar o equilíbrio que o levou ao topo em 2024.

O desempenho de cada um ao longo do segundo semestre será crucial para definir suas reais chances na Copa do Mundo de Clubes. O Brasil, com quatro representantes, tem a missão de brigar pelo protagonismo e, quem sabe, pela conquista inédita do novo formato mundial.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.