Fluminense estreia no Mundial após montanha-russa no comando e encara Borussia renovado

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O Fluminense que chega ao Mundial de Clubes já não é o mesmo time moldado por Fernando Diniz e campeão da Copa Libertadores de 2023, título que lhe garantiu a vaga no torneio da Fifa. O técnico deixou o clube em 2024, quando a equipe brigava para não cair no Brasileirão. Depois, Renato Gaúcho substituiu Mano Menezes após os três primeiros meses da atual temporada.

 

Ídolo do título carioca de 1995, Renato teve como missão remobilizar o grupo de jogadores. O Fluminense levou 31 jogadores para os Estados Unidos, deixando quatro vagas para reforços.

 

Soteldo, ex-Santos, foi o primeiro, comemorado por Renato Gaúcho. O venezuelano, porém, só vai poder entrar em campo caso o Fluminense avance à segunda fase, por causa de uma lesão muscular.

 

Antes de Soteldo, o presidente Mário Bittencourt chegou a sonhar com Neymar. A ideia era que o astro fosse emprestado aos cariocas para disputar o Mundial, caso renovasse com o Santos. Ainda antes de definir o futuro, o jogador recusou, argumentando que vai usar a parada para recondicionamento físico.

 

Mesmo assim, a delegação que chegou a Colúmbia, na Carolina do Norte, tem boas notícias. Três jogadores que eram dúvidas já se encontram em fase final de recuperação de lesões.

 

A situação mais tranquila é de Keno, que teve um problema muscular e ficou fora por quatro rodadas do Brasileirão, mas já tem condições plenas de jogo. O argentino Cano se recuperou de uma lesão grau 2 no ligamento colateral do joelho esquerdo e poderá voltar já contra o Borussia Dortmund, ainda que começando no banco de reservas.

 

Já o uruguaio Bernal, que sofreu com uma lesão grau 3 no músculo adutor da coxa esquerda, não deve estar apto para a estreia. Na segunda rodada, contudo, o meia deve ficar à disposição contra o Ulsan.

 

FLUMINENSE TEM DOIS CAMPEÕES MUNDIAIS E EXPECTATIVA POR ARIAS DESEQUILIBRAR

Renato Gaúcho consagrou sua carreira logo cedo com o título mundial com o Grêmio, em 1983. Hoje ele comanda o Fluminense, capitaneado por Thiago Silva, que também já foi campeão do mundo, pelo Chelsea, em 2021.

 

O torneio deste ano poderá colocar o zagueiro frente a frente com dois de seus ex-times: o próprio Chelsea e o Paris Saint-Germain. "A gente sabe que é muito difícil ser campeão, mas tem um objetivo: representar bem as cores do Fluminense. Esse é o nosso intuito. Independentemente se jogar contra Borussia, PSG ou Chelsea, a gente vai procurar sempre o nosso melhor", avaliou o zagueiro em entrevista à Fifa.

 

O discurso é o mesmo de Renato. "Meu time vai respeitar qualquer tipo de adversário, seja na estreia ou depois, e o meu time sempre vai jogar para ganhar. Essa é a maneira que eu trabalho meu grupo, não só aqui no Fluminense. Independentemente da competição ou do adversário, o meu time joga sempre para ganhar", disse o treinador na véspera do primeiro jogo.

 

O craque do time é Jhon Arias. O colombiano de 27 anos foi referência dos times de Diniz, Mano e continua com Renato. Arias chegou ao clube em 2021. O clube o buscou justamente após ele ter se destacado com a camisa do Santa Fé contra o Fluminense pela Libertadores.

 

Atualmente, Arias é o terceiro estrangeiro com mais jogos pelo Fluminense, com 223 partidas. Na frente dele, estão apenas Darío Conca (272 em duas passagens de 2008 a 2011 e 2014 a 2015) e Russo (251 entre 1933 e 1944).

 

O colombiano chegou a receber sondagens do futebol europeu durante o ano de 2024, mas permaneceu no Rio. Ele teve destaque também pela seleção, que foi vice-campeã da Copa América.

 

GRUPO F VIVEU 'DANÇA DAS CADEIRAS' DE TÉCNICOS

Engana-se quem pensa que a mudança de treinadores é "coisa do Brasil". Os quatro clubes do Grupo F mudaram de técnicos no último ano. O Borussia Dortmund trocou o comando em 22 de janeiro, anunciando a demissão de Nuri Sahin. O croata Niko Kovac foi contratado para seu lugar.

 

Pela Liga dos Campeões, o time alemão conseguiu sua classificação para as quartas de final ao eliminar o Lille, mas caiu para o Barcelona. A temporada passada havia sido marcada pelo vice-campeonato europeu, perdendo a final para o Real Madrid.

 

Na Bundesliga, o desempenho ficou abaixo. A equipe terminou apenas na quarta posição, atrás de Eintracht Frankfurt, Bayer Leverkusen e o campeão Bayern de Munique.

 

"O mais importante para todos nós agora é ter vontade de trabalhar duro para representar o Borussia Dortmund da melhor maneira possível", disse Novac, na sua apresentação, em que citou o Mundial de Clubes.

 

Os alemães chegam com reforçados por Jobe Bellingham, irmão do astro do Real Madrid e que também passou pelo clube. "Estou muito feliz por agora ser jogador do Borussia Dortmund e lutar por títulos com este grande clube. Quero fazer a minha parte para celebrar o sucesso com esta torcida incrível aqui. Estou muito feliz por vestir a camisa preta e amarela no Mundial."

 

Já o Mamelodi anunciou a contratação de Miguel Cardoso em 10 de dezembro de 2024, substituindo Manqoba Mngqithi. O português, na ocasião, se tornou o terceiro profissional a dirigir o clube sul-africano num intervalo de um semestre.

 

"Sabemos que na África somos um dos maiores times, mas também queremos entender em que nível podemos estar, quando comparados a diferentes times ao redor do mundo", projetou o treinador.

 

O técnico mais longevo do grupo é o do Ulsan HD. Kim Pan-gon deixou a seleção da Malásia em julho de 2024 para assumir o time sul-coreano. Ele entrou no lugar deixado por Hong Myungbo, que foi para a seleção da Coreia do Sul.

 

"Como um time representando a Coreia e a Ásia, estamos sob pressão para jogar bem contra clubes de outros continentes. Acredito que avançar para as oitavas de final é crucial, e nosso primeiro jogo contra o Mamelodi Sundowns será chave. Depois disso, será importante reduzir a diferença (técnica) e ganhar pontos contra Fluminense e Borussia Dortmund", comentou ao site da Fifa.

 

O Fluminense estreia na competição às 13h (de Brasília), contra o Borussia Dortmund, no MetLife Stadium, em Nova York. Na sequência, enfrenta o Ulsan, no dia 21, às 19h, no mesmo local. O clube encerra a primeira fase diante do Mamelodi, no dia 25 de junho, às 16h, no Hard Rock Stadium, em Miami.

 

FICHA TÉCNICA:

 

FLUMINENSE X BORUSSIA DORTMUND

 

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Renê; Hércules, Martinelli e Paulo Henrique Ganso; Kevin Serna, Jhon Arias e Everaldo. Técnico: Renato Gaúcho.

 

BORUSSIA DORTMUND - Gregor Kobel; Niklas Süle, Waldemar Anton e Ramy Bensebaini; Julian Ryerson, Marcel Sabitzer, Felix Nmecha e Daniel Svensson; Julian Brandt e Karim Adeyemi; Serhou Guirassy. Técnico: Niko Kovac.

 

ÁRBITRO - Ilgiz Tantashev (USB).

 

HORÁRIO - 13h (de Brasília).

 

LOCAL - MetLife Stadium, em New Jersey (EUA).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.