Palmeiras e Fluminense têm Mundial? Fifa dá margem a nova interpretação em material oficial

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A polêmica sobre o título mundial de Palmeiras e Fluminense ganhou um novo capítulo nos Estados Unidos. A Fifa divulgou em seu material oficial de apoio sobre o Mundial de Clubes a jornalistas que tanto o time alviverde quanto a equipe tricolor possuem um título "interconfederações".

A Fifa indica, no mesmo documento, que considera torneios "interconfederações" uma "competição de copa disputada por clubes de pelo menos duas confederações diferentes competindo entre si".

Neste item do material ("copas interconfederações"), a entidade máxima soma, por exemplo, troféus conquistados no antigo e repaginado formato de Intercontinental (1960-2004; 2024) e nos Mundiais (2000; 2005-2023). Desta forma, o Real Madrid tem nove títulos (1960, 1998, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018, 2022 e 2024).

Além de Palmeiras e Fluminense, também constam com um título "interconfederações" os africanos do Al-Ahly, do Egito, e do Espérance, da Tunísia, e o Urawa Reds, do Japão. As equipes da África faturaram a Copa Afro-Asiática nos anos de 1988 e 1995, respectivamente. Já no caso dos japoneses é considerado o título da Copa Suruga, vencido em jogo único contra a Chapecoense (campeã da Copa Sul-Americana), em 2017.

Palmeiras e Fluminense, por sua vez, reivindicam as conquistas das Copas Rio de 1951 e 1952 como títulos mundiais. A equipe alviverde bateu o Juventus, de Turim, no Maracanã, enquanto o clube das Laranjeiras superou o Corinthians no mesmo estádio no ano seguinte.

Diferentemente dos torneios vencidos por africanos e japoneses que contavam com a participação de campeões continentais, a Copa Rio não tinha representantes com peso continental, porque àquela altura ainda não haviam sido criadas a Copas Libertadores e a Champions League. Nem mesmo um torneio nacional existia no Brasil. Foram convidados campeões nacionais vindos da Europa e América do Sul, além dos campeões paulista e carioca.

Em 2024, a Fifa publicou uma lista atualizada de campeões mundiais em que não constavam Palmeiras e Fluminense, apenas os times que ergueram os troféus do Intercontinental e do Mundial. Segundo apurou a reportagem do Estadão, a entidade mantém oficialmente tal concepção e não reconheceu os times alviverde e tricolor como campeões mundiais.

Nos anos 2000, dirigentes do Palmeiras montaram um dossiê e pediram à Fifa o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como mundial. A entidade respondeu positivamente à solicitação do clube, considerando o torneio o primeiro de caráter global.

Em sua cobertura à época, o Estadão afirmou que o torneio de 1951 não era "nem Mundial, nem dos campeões". "É aconselhável, além de honesto, que se mude a denominação do certame, mesmo porque, pelo simples exame da relação dos concorrentes, verifica-se que ele não é dos Campeões e muito menos Mundial...", escreveu o jornal.

O Estadão, porém, sublinhou que havia um exagero no dimensionamento do título conquistado pelo Palmeiras. "Feito de muito valor, repetimos, mas que, nem por isso, justifica os excessos ridículos que andam por aí, entre os quais, este de mandar a bola do jogo para um museu é, para usarmos de expressão popular, de tirar o chapéu...".

Em outra categoria

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.