Céu nublado é motivo para paralisar jogo? Entenda protocolo de alerta climático do Mundial

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O cuidado com as condições climáticas durante o Mundial de Clubes causou estranhamento nos brasileiros, acostumados a jogos disputados em meio a grandes volumes de chuva e a adiamento apenas em caso de gramado prejudicado. Nos Estados Unidos, sede do torneio, contudo, paralisações e adiamentos em razão do mau tempo são comuns, por orientação do Serviço Nacional de Meteorologia americano.

Durante o novo torneio da Fifa, a partida entre Pachuca e Red Bull Salzbug, pela primeira rodada do Grupo H do Mundial de Clubes, foi paralisada durante 1h40 após alerta climático, nesta quarta-feira, em Cincinatti. Um dia antes, na terça, o duelo entre Mamelodi Sundowns e Ulsan foi iniciado após atraso de uma hora, também por causa das condições meteorológicas, mas em Orlando.

As decisões foram tomadas com base no protocolo desenvolvido pela Fifa, calcado nas recomendações do serviço de meteorologia dos EUA, que determina, em seu programa nacional, a execução de um "plano de segurança contra raios, cumprido sem exceções".

"Autoridades responsáveis por atividades esportivas ao ar livre precisam entender o que são tempestades e raios para tomar decisões conscientes sobre quando buscar segurança. Sem esse conhecimento, as autoridades podem basear suas decisões em experiências pessoais e/ou no desejo de realizar a atividade. Infelizmente, decisões baseadas em experiências anteriores ou no desejo de realizar a atividade podem colocar a vida das pessoas envolvidas em risco", diz o texto.

O órgão americano também determina diretrizes específicas para eliminar o que classifica como "erros de julgamento" a respeito das condições para realizar uma disputa esportiva e outras atividades ao ar livre. São listadas cinco questões que precisam ser respondidas na hora de conceber as regras:

Quando as atividades devem ser interrompidas?

Onde as pessoas devem procurar segurança?

Quando as atividades devem ser retomadas?

Quem deve monitorar o clima e tomar a decisão de interromper as atividades?

O que deve ser feito se alguém for atingido por um raio?

Os organizadores têm a responsabilidade de consultar a previsão climática mais recente para entender a probabilidade de tempestades. O Serviço Meteorológico cita fontes confiáveis de informações, como a Rádio Meteorológica NOAA, para que essas consultas sejam realizadas.

"Se houver previsão de tempestades, os organizadores devem considerar o cancelamento ou o adiamento da atividade ou evento. Em alguns casos, o evento pode ser transferido para um local fechado. Assim que as pessoas começarem a chegar ao evento, as diretrizes do plano de segurança contra raios devem ser seguidas. As autoridades devem monitorar as condições climáticas, o radar meteorológico e a tecnologia de detecção de raios para detectar tempestades em desenvolvimento ou se aproximando", afirma.

Outra recomendação é que os eventos esportivos devem ser interrompidos quando é possível ouvir trovões, já que isso indica que a tempestade está a menos de 16 quilômetros de distância do local em que se ouve. "Uma ameaça significativa de raios se estende da base de uma nuvem de tempestade por cerca de 9,6 a 16 quilômetros", explica o texto do programa nacional.

Também é destacado que a paralisação é necessária "se o céu parecer ameaçador, pois tempestades podem se desenvolver diretamente acima do estádio e algumas podem gerar raios assim que se movem para outra área." Em ouro trecho, alerta que "não há lugar seguro ao ar livre quando há uma tempestade na área."

Quanto ao momento em que a atividade deve ser retomada, a orientação é que os organizadores esperem menos de 30 minutos após o último trovão antes de autorizar que o evento continue.

Em outra categoria

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.