Abel admite 'erro de estratégia' contra Inter Miami e foca no Botafogo: 'Times que se conhecem'

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Bastante calado na beira do campo durante quase todo o jogo diante do Inter Miami, o técnico Abel Ferreira parecia fazer um silencioso mea-culpa pela pior apresentação do Palmeiras no Mundial de Clubes. Após a reação no fim e a busca pelo empate por 2 a 2, após desvantagem de dois gols, que valeu a liderança do Grupo A, o português admitiu que errou na estratégia.

 

"Demos espaço para o nosso adversário decidir. As oportunidades foram em algumas abordagens que poderíamos ter melhorado, mesmo por exemplo na transição do nosso adversário. Temos uma estrutura defensiva. Porventura, eu errei naquilo que era a estratégia e o elenco que deveria ter começado o jogo, sobretudo para parar as transições do nosso adversário", admitiu um cabisbaixo, mas aliviado Abel Ferreira.

 

"No intervalo, eu disse aos jogadores que pior do que aquilo era impossível. Então, na segunda parte, certamente iríamos melhorar. Fizemos um ajuste no lado esquerdo para o segundo tempo, para ter mais pressão e fazer o que fizemos nos últimos 15 minutos", revelou o papo no descanso. "Fizemos esse ajuste, melhoramos. As substituições também melhoraram, a equipe ficou mais fresca. Foi um jogo difícil, calor, a equipe deles nos causou algum desconforto, mas como sempre lutamos até o fim", comemorou.

 

Antes de falar sobre o cruzamento com o Botafogo nas oitavas, o treinador ressaltou o espírito de luta do time alviverde. "O que valeu, sobretudo no segundo tempo, foi o nosso espírito: lutar sempre até o fim. Fomos premiados por isso. Poderíamos até ter vencido no último segundo, mas o primeiro objetivo foi cumprido, que era estar na próxima fase."

 

Buscar a igualdade e avançar em primeiro significa fugir de um mata-mata com o poderoso Paris Saint-Germain. Mas nada de moleza no próximo jogo. O rival das oitavas será o Botafogo, sábado, (13 horas de Brasília), na Filadélfia. E Abel prevê um duelo equilibrado.

 

"Agora, vamos para o mata-mata. São dois times que se conhecem bem, com uma tradição muito próxima. Temos lutado, principalmente nos últimos dois anos, por objetivos semelhantes", frisou, sobre a rivalidade no Brasileirão - os paulistas ganharam em 2023 e os cariocas no anno seguinte, em disputa entre ambos. "Vamos fazer o que sempre fazemos. É preparar bem a nossa equipe para esse jogo, descansar os jogadores agora e dar os parabéns a eles porque o nosso objetivo foi alcançado, de passar em primeiro lugar."

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.