Bobadilla, do São Paulo, é multado pela Conmebol por caso de xenofobia em jogo da Libertadores

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A Conmebol definiu multa para Damián Bobadilla, do São Paulo, acusado de xenofobia contra Miguel Navarro, do Talleres. O são-paulino teria chamado o adversário de "venezuelano morto de fome", durante a partida entre as equipes pela Copa Libertadores, em 27 de maio.

 

O valor da sanção é de US$ 15 mil (cerca de R$ 83,34 mil). A quantia será descontada do que seria repassado pela Conmebol ao São Paulo por direitos de transmissão e patrocínio.

 

A entidade argumenta que Bobadilla cometeu as infrações descritas nas alíneas b, c e f do artigo 11.2 do Código Disciplinar. O texto define como condutas inadequadas: "comportar-se de forma ofensiva, ultrajante ou fazer declarações difamatórias de qualquer natureza; violar as pautas mínimas do que deve ser considerado como comportamento aceitável no domínio do desporto e do futebol organizado; comportar-se de forma que o futebol, como esporte em geral, e a Conmebol em particular, possam ser desacreditados em decorrência de tal comportamento".

 

Bobadilla ainda foi advertido sobre uma possível reincidência. Caso o atleta são-paulino seja flagrado novamente em situações que se enquadrem nessas infrações, ele pode ser suspenso por até três anos, conforme o artigo 27 do Código Disciplinar.

 

O jogador pode recorrer da decisão no Comitê de Apelações da Conmebol, com o pagamento de uma taxa de US$ 3 mil (R$ 16,67 mil).

 

Em paralelo, Bobadilla foi indiciado pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) por ofensa xenofóbica. A pena para esse tipo de crime varia de prisão por um a três anos e multa. O fato de o jogador não ter antecedentes criminais e ter se desculpado com Navarro pode ser levado em consideração para a fiação de uma sentença.

 

O pedido de desculpas veio um dia após a partida. "No calor do momento, reagi mal e peço desculpas publicamente", disse Bobadilla em um vídeo divulgado pelo São Paulo.

 

O paraguaio garantiu naquela ocasião que havia sido "ofendido antes" e que nunca teve a intenção de "discriminar". Navarro retrucou avisando que iria "até as últimas consequências".

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.