Bortoleto minimiza críticas na F1: 'Olham para Senna e acham que você ganha com qualquer carro'

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Gabriel Bortoleto minimizou nesta quinta-feira as críticas que vem recebendo em sua primeira temporada como piloto titular da Fórmula 1. E rebateu as cobranças que ouve de parte da torcida brasileira, em eventuais comparações com Ayrton Senna: "Alguns olham para o Senna nos anos 80 e acham que você pode vencer com qualquer carro".

"Talvez, algumas pessoas que não entendem de F-1 olham para o Senna nos anos 80 e acham que você pode vencer com qualquer carro ou ganhar uma corrida em Mônaco, na chuva. E, hoje em dia, não é assim. Não é tão fácil assim. Não digo que não possa acontecer", afirmou Bortoleto, em entrevista coletiva em Spielberg, onde será disputado o GP da Áustria, no fim de semana.

Para o brasileiro, o desconhecimento sobre a F-1 por parte de alguns fãs traz concepções erradas sobre os carros atuais da categoria. "Acho que quem entende o esporte e compreende a diferença entre os carros, sobre ser um esporte onde você pode desenvolver o carro. Nem todos os carros têm o mesmo chassi, como acontece nas categorias juniores, em que você pode mudar a configuração e tornar seu carro mais rápido. Mas acho que esses fãs entendem isso e compreendem a minha situação atual."

O piloto da Sauber, contudo, garantiu não se abalar com os eventuais comentários negativos. "Tudo bem, eu não me importo com esses comentários. Está tudo bem para mim, eu faço o meu melhor na pista e é isso o que me importa."

Na avaliação do jovem piloto, o Brasil carece de conquistas no automobilismo em razão da longa e vitoriosa história do País na modalidade. "O último piloto brasileiro na F-1 foi (Felipe) Massa, oito anos atrás, mais ou menos. Obviamente, somos um País que já venceu muito neste esporte antigamente. Quero dizer que temos hoje muitos fãs que não viram pilotos brasileiros vencendo na F-1. Porque são novos fãs. Temos torcedores de futebol que não viram a seleção ser campeã há 20 anos. Eles sentem falta de algo, do sentimento de vencer novamente em um esporte."

"E, obviamente, o Brasil não tem sido bem-sucedido na Copa do Mundo, por exemplo, e também no lado do automobilismo, nos últimos anos, no sentido de conquistar títulos, mesmo quando brasileiros se saíam bem. Mas eles não ganham títulos e os torcedores brasileiros são muito emocionais. Isso é o Brasil, isso é o que eu mais amo no meu País."

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.