Norris lidera dobradinha da McLaren no 3º treino livre na Áustria; Bortoleto é 10º

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A McLaren mostrou que continua forte para a 11ª etapa da temporada de Fórmula 1. Lando Norris repetiu o bom desempenho de sexta-feira e liderou a atividade praticamente de ponta a ponta, neste sábado, no terceiro treino livre para o GP da Áustria, seguido de perto pelo companheiro Oscar Piastri no circuito de Spielberg. Verstappen superou a Ferrari e foi o terceiro. O brasileiro Gabriel Bortoleto também mostrou um bom ritmo e novamente ficou no top 10, em décimo lugar.

A sessão começou pouco movimentada e o tetracampeão Max Verstappen foi o primeiro a sair dos boxes para testar sua Red Bull, registrando 1m06s131, com pneus duros, tempo muito acima das melhores marcas de sexta-feira.

Logo em sua primeira volta, Norris cravou 1min05s412 e assumiu a liderança do treino. Depois do bom desempenho na sexta-feira, o brasileiro Gabriel Bortoleto novamente começou bem e ocupou um lugar no top 10, em nono lugar, em sua primeira tentativa na pista, 0s894 atrás do britânico da McLaren.

No meio da atividade, o vice-líder do Mundial de Pilotos melhorou seu tempo para 1min04s888 e continuou à frente do pelotão, seguido por Lewis Hamilton, da Ferrari e Piastri. Bortoleto manteve o bom ritmo de sua Sauber e pulou para o sexto posto, 0s712 atrás de Norris.

Aos poucos, a Mercedes começou a mostrar que vai brigar pela vitória. Faltando 25 minutos para o encerramento do terceiro treino, George Russell melhorou seu tempo e colocou a escuderia entre os líderes, com o terceiro melhor tempo, ultrapassando o líder do campeonato. Cinco minutos depois, ele tomou a vice-liderança, apenas 0s130 atrás de Norris, enquanto seu companheiro de equipe, Kimi Antonelli passou a ocupar o terceiro lugar, a 0s165 do líder. Bortoleto era o 11º.

A 15 minutos do fim, Norris melhorou seu tempo para 1min04s334, à frente de Russell, Antonelli, Stroll e Leclerc. Bortoleto voltou para a pista e cravou o sexto tempo, a 0s858 de Norris. Hadjar foi parar na brita e rodou, sem maiores consequências. Piatri também registrou novo tempo e assumiu a segunda posição, 0s118 atrás do companheiro de equipe.

Leclerc e Hamilton colocaram a Ferrari à frente dos dois carros da Mercedes, em terceiro e quarto, respectivamente. Max Verstappen, que ocupava a modesta 16ª posição, encontrou um bom ritmo e pulou para terceiro, a 0s210 de Norris. Bortoleto vinha em décimo lugar.

Nos minutos derradeiros, Tsunoda rodou e provocou a bandeira amarela. Com poucos carros na pista - e algumas escapadas -, não houve mudanças nas primeiras posições, com Norris mantendo a primeira posição à frente de Piastri e Verstappen.

Os pilotos voltam à pista às 11h (horário de Brasília) deste sábado para a sessão classificatória do GP da Áustria. No domingo, a largada da corrida será às 10h.

Confira o resultado final do 3º treino livre do GP da Áustria:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1min04s324

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 0s118

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 0s210

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 0s250

5º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 0s466

6º - George Russell (ING/Mercedes), a 0s694

7º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 0s729

8º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 0s738

9º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 0s815

10º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 0s858

11º - Liam Lawson (NZL/RB), a 0s858

12º - Fernando Alonso(ESP/Aston Martin), a 0s919

13º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), a 0s959

14º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 0s990

15º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), a 1s002

16º - Oliver Bearman (ING/Haas), a 1s042

17º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 1s042

18º - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 1s195

19º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 1s222

20º - Isack Hadjar (FRA/RB), a 1s699

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.