Especialista sugere final da Copa de 2026 às 9h da manhã por risco extremo de calor nos EUA

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Diante das altas temperaturas registradas durante o Mundial de Clubes nos Estados Unidos, a Fifa passou a lidar com uma preocupação que vai além das quatro linhas. Em entrevista à BBC Sport, o professor Mike Tipton, especialista da Universidade de Portsmouth, afirmou que, caso as condições climáticas se repitam durante a Copa do Mundo de 2026, a melhor medida seria disputar a final do torneio às 9h da manhã - um horário inédito para uma decisão mundial.

"Do ponto de vista fisiológico e de desempenho, o mais seguro seria realizar os jogos o mais cedo possível. Se mantiverem as partidas durante a tarde, as consequências podem ser sérias para atletas, árbitros e torcedores", alertou Tipton, que presta consultoria a federações esportivas e já trabalhou com atletas olímpicos britânicos.

O especialista comentou ainda que está "impressionado com as condições às quais os jogadores foram expostos" durante o torneio atual, especialmente em cidades da costa leste americana, onde os termômetros chegaram a 39°C em pleno mês de junho. O MetLife Stadium, em Nova Jersey - que sediará a final do Mundial de 2026 -, não possui cobertura e oferece pouca sombra ao público. "O ideal seria um estádio climatizado e coberto. Como isso não será possível, o que resta é adaptar o horário", completou.

A fala de Tipton reacende uma discussão que já havia sido levantada em edições anteriores. A Copa de 2022, por exemplo, foi deslocada para o inverno do Catar justamente por conta das altas temperaturas locais. Nos Estados Unidos, Canadá e México, a Copa de 2026 está mantida para o verão, com previsão de jogos em horários como 12h, 15h, 18h e 21h (locais), segundo informações extraoficiais da própria FIFA.

Além dos riscos aos jogadores, o professor destacou que "a ameaça é ainda maior para o público", composto em sua maioria por pessoas sem preparo físico específico. "É um ambiente estressante para qualquer um. Se todas as evidências científicas indicam perigo, insistir em manter o cronograma original transfere uma grande responsabilidade para os organizadores", disse.

Embora a Fifa ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre a possibilidade de mudanças nos horários, a entrevista de Tipton ganhou repercussão na imprensa britânica e europeia, principalmente pelos jogadores reclamarem do calor extremo que vêm enfrentando durante o Mundial de Clubes.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.