Corinthians, Palmeiras e Flamengo não assinam documento para criação de liga brasileira

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A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte União (LFU) continuam as negociações para organizar o Campeonato Brasileiro e unificar a venda dos direitos de TV dos jogos, mas ainda têm um caminho pela frente. Um memorando que colhe assinaturas dos clubes sobre a unificação não contou com a participação de Corinthians, Palmeiras e Flamengo.

 

Entre os 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão, 30 sinalizaram a favor do documento. Segundo apurou o Estadão, é cobrado um maior detalhamento sobre as questões comerciais da carta de intenções, principalmente por clubes da Libra, como nos casos de Palmeiras e Flamengo. Entretanto, há não-signatários na LFU, como o Corinthians.

 

Ainda que se unifique a organização e venda, Libra e LFU continuariam a existir como blocos distintos. Comercialmente, além dos direitos de TV, a liga também vai negociar venda de espaços em placas de publicidades e naming rights do torneio.

 

As questões técnicas envolvem, por exemplo, o calendário e a arbitragem. Há expectativa de que um fundo de investimento financie pontos como o uso de tecnologia na arbitragem e condicionamento de juízes.

 

A criação da liga é uma das propostas de Samir Xaud, eleito recentemente para a presidência da CBF, que participa das negociações. A entidade ainda organizará as divisões inferiores e a Copa do Brasil e, portanto, também terá parte na discussão de calendário.

 

Já é entendido como inviável colocar a liga de pé para 2026. O Brasileirão do próximo ano, portanto, continuará com a CBF. É esperado, porém, que, até o fim de 2025, se tenha a documentação para que a liga exista em 2027.

 

As vendas dos direitos de televisão seriam unificadas a partir de 2030. Isso porque Libra e LFU têm seus respectivos contratos de até 2029. Os contratos atuais já representam valores mais equilibrados em relação ao que era negociado antigamente. Com a unificação, a expectativa é de que haja ainda mais equilíbrio.

 

Atualmente, a Libra tem acordo exclusivo com a Globo para TV aberta, fechada e pay-per-view (no Premiere). Já a LFU negociou um jogo exclusivo com a Amazon Prime Video e outros com o Premiere, além da CazéTV, no YouTube, e a Record, na TV aberta.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.