Entenda por que Taylor x Serrano é a maior luta do boxe feminino e vai entrar no Guinness Book

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O tradicional ginásio do Madison Square Garden, em Nova York, será palco de uma sexta-feira histórica para o boxe feminino. Um evento com oito lutas previstas vai colocar 17 títulos mundiais em jogo, o que vai garantir um lugar no Guinness Book, o livro dos recordes. Além disso, os amantes da nobre arte poderão acompanhar no duelo principal o terceiro combate entre a irlandesa Katie Taylor e a porto-riquenha Amanda Serrano, duas das maiores boxeadoras da atualidade.

Taylor vai defender diante de Serrano o título unificado dos pesos meio-médios-ligeiros do Conselho Mundial de Boxe (CMB), Organização Mundial de Boxe (OMB), Federação Internacional de Boxe (FIB) e Associação Mundial de Boxe (AMB).

Enquanto isso, a indiscutível rainha superpena Alycia Baumgardner (15 vitórias e 1 derrota) defenderá seus quatro título contra a invicta espanhola Jennifer Miranda (12-0). Uma terceira luta indiscutível na divisão peso galo entre Cherneka Johnson (17-2) e Shurretta Metcalf (14-4-1) eleva o total de cinturões para 12.

Os outros cinco títulos mundiais serão disputados em duas lutas preliminares. Savannah Marshall (13-1) e Shadisa Green (15-1) disputarão os cinturões supermédios da FIB e da OMB, antes de Ellie Scotney (10-0) e Yamileth Mercado (24-3) disputarem os cinturões supergalo da FIB, OMB e CMB.

"Este é exatamente o tipo de história que pretendíamos fazer quando fundamos a Most Valuable Promotions", disseram os cofundadores da MVP, Jake Paul, o youtuber que venceu no ano passado Mike Tyson, e Nakisa Bidarian, em comunicado conjunto.

ONDE ASSISTIR A TAYLOR X SERRANO?

Taylor e Serrano se enfrentaram em 2022 e 2023. No dois duelos, a vitória ficou com a boxeadora europeia, mas o equilíbrio foi tão grande que um terceiro embate se tornou obrigatório. O interesse dos fãs é tão grande que a programação toda será transmitida no Netflix, a partir das 21 horas. Todos os ingressos foram vendidos.

Uma união das características de Taylor e Serrano poderia moldar a "boxeadora perfeita". Elas só têm o sucesso nos ringues em comum. No restante são totalmente diferentes, o que torna o confronto imprevisível e intrigante.

Aos 39 anos, Taylor foi campeã olímpica em Londres-2012 e somou 260 lutas amadoras, com cinco títulos mundiais. Atual dona dos títulos unificado dos pesos meio-médios-ligeiros, a irlandesa, de 1,65 metro de altura e 1,68m de envergadura, é muito rápida e gosta de lutar na curta distância, mas não tem pegada, com apenas seis vitórias por nocaute, em 24 triunfos. Ela perdeu uma vez.

Com 1,66m de altura e de envergadura, Serrano, de 36 anos, é demolidora, com 31 nocautes em 47 vitórias. Soma três derrotas e um empate. Campeã em sete categorias, possui estilo clássico, forte jab e sabe comandar as ações na média e longa distância.

"Sabemos da importância desta luta para o boxe feminino e tenho certeza de que faremos um grande combate mais uma vez", disse Amanda Serrano. "Será uma noite especial para o boxe feminino, o verdadeiro vencedor da noite", completou Katie Taylor.

Apesar do reconhecimento da imprensa e dos fãs, Taylor e Serrano ainda lutam contra o preconceito. O boxe feminino ainda não tem o mesmo holofote que o masculino, a ponto das bolsas recebidas pelas lutadoras, de US$ 6 milhões (cerca de R$ 33,5 milhões) ser 5% da recebida pelo ucraniano Oleksandr Usyk, campeão mundial dos pesos pesados, para derrotar o inglês Tyson Fury, em dezembro passado.

CONHEÇA A HISTÓRIA DO BOXE FEMININO

As mulheres se aventuraram no boxe em 1720. A inglesa Elizabeth Wilkinson foi a primeira a se destacar em lutas públicas. Apesar do sucesso com o público, o boxe feminino foi proibido e só voltou a ser praticado de forma tímida no início do século XX.

Em muitas cidades inglesas, moças se reuniam no alto dos prédios para praticar o pugilismo, longe dos olhares recriminadores dos homens. Lutas de exibição passaram a ser aceitas e Polly Burns era o grande destaque, apesar de não encontrar muitas adversárias e nem eventos pra se apresentar.

Meio século depois, Barbara Buttrick, JoAnn Hagen e Phyllis Kugler ajudaram na Inglaterra e Estados Unidos a promover o boxe feminino em nível internacional. O problema é que as comissões de boxe se recusavam a sancionar lutas femininas, alegando falta de segurança e que "boxe não era para mulheres".

O boxe feminino só foi legalizado no final da década de 70. Nos anos 90, a americana Christy Martin, impulsionada pelo empresário Don King, ganhou notoriedade ao fazer parte de lutas preliminares de Mike Tyson. Outra ajuda para o reconhecimento das mulheres nos ringues foi a inclusão do boxe feminino nos Jogos Olímpicos em 2012.

Nos últimos anos, o nível técnico das pugilistas tem crescido de forma impressionante, com a realização de grandes combates em eventos bastante rentáveis e com grande audiência.

Em outra categoria

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.