Infantino, astronomia e autoelogios: o que está gravado no troféu disputado por PSG e Chelsea

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A primeira final do Mundial de Clubes sob novo formato conta com o troféu mais extravagante já criado no mundo do futebol. Grande inovação entre os símbolos da competição, a taça foi pensada para traduzir a importância que a Fifa, especialmente seu presidente Gianni Infantino, deseja que seja dada ao torneio, alvo de críticas por causa das consequências levadas ao calendário do futebol europeu.

Entre figuras inscrições e frases, até a assinatura do próprio Infantino está gravada na superfície do artefato de ouro vermeil, desenvolvido pela grife de joias Tiffany & Co. Um mecanismo transforma os três anéis externos do escudo em uma forma esférica, sustentada pela base estável do disco central, e o design foi inspirado na tabela periódica, na astronomia e nos históricos Discos de Ouro da missão espacial Voyager.

No disco central, estão registradas as posições planetárias do sistema solar e duas datas importantes na história do futebol: a fundação da Fifa em 21 de maio de 1904 e o início da primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa em 15 de junho de 2025. Também estão ali gravuras que simbolizam os momentos de um jogo de futebol: gols, finalizações, defesas e celebrações.

No outro lado do disco, há um mapa da terra visto do norte e, como pano de fundo, uma grade que representa uma bola de futebol, enquanto todas as 211 federações-membros da Fifa e as seis confederações de futebol são exibidas.

Ainda no disco central há um texto - escrito em inglês, francês e espanhol - que homenageia os pioneiros do futebol de clubes, fala sobre a competição em tom épico e exalta Gianni Infantino.

BRAILE E 13 IDIOMAS

Para aqueles que erguem este troféu, a história pertence a vocês! A frase que abre e fecha o texto do disco central é repetida no segundo anel externo, onde está gravada em braile e em 13 idiomas: grego antigo, árabe, inglês, francês, alemão, hindi, italiano, japonês, latim, mandarim, português, russo e espanhol.

Os outros anéis do troféu exibem o nome do torneio "Copa do Mundo de Clubes da Fifa" também em 13 idiomas e em braile, bem como a mensagem: "O futebol une o mundo".

As regras originais do futebol também estão inscritas nos anéis, ao lado dos títulos dos capítulos das atuais leis da Fifa, juntamente com a marca registrada e a carta de fundação da Fifa.

O troféu, que mede 60cm de diâmetro e pesa cerca de 8,7 kg, ainda possui espaço para gravação a laser dos emblemas dos clubes campeões por até 24 edições do torneio.

Confira abaixo o texto completo:

"A história pertence àqueles que seguram este troféu! Você é testemunha de um momento histórico que representa o auge do futebol de clubes. Poucos são escolhidos, mas muitos celebram. Este troféu é um símbolo de grandeza que presta homenagem às nossas lendas do passado, inspira os triunfos do presente e inspira esperança para o futuro. À medida que os vencedores inscrevem seus nomes na história, agradecemos aos pioneiros e ancestrais do futebol de todos os cantos do globo; aos predecessores do futebol moderno de milênios atrás; e aos visionários que uniram clubes de diferentes países pela primeira vez no final do século XIX.

Prestamos homenagem aos clubes que competiram na Taça dos Clubes Campeões Europeus e na Copa dos Campeões da América (que logo se tornou a Copa Libertadores da América). Essas competições surgiram em meados do século XX na Europa e na América do Sul, respectivamente, e logo tiveram equivalentes nas outras quatro confederações: África, Ásia, América do Norte e Central e Caribe, e Oceania.

Comemoramos o ano de 1960, quando a Copa Intercontinental criou uma oportunidade de crescimento para o futebol de clubes ao colocar os campeões da Europa e da América do Sul um contra o outro. Em 2000, o Campeonato Mundial de Clubes da Fifa expandiu ainda mais os horizontes ao reunir, pela primeira vez, os clubes campeões das seis confederações. E, entre 2006 e 2023, a Fifa reuniu os vencedores da principal competição de clubes de cada continente para um evento anual.

Ao longo da história, ídolos, heróis e lendas moldaram o futebol de clubes internacional. Não há um torcedor de futebol no planeta que não tenha um jogador, uma jogada ou um gol favorito no coração. Mas hoje estamos testemunhando uma nova era. A era de ouro do futebol de clubes. A era da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. O ápice de todas as competições de clubes.

Inspirado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, o torneio, realizado pela primeira vez em 2025, eclipsa qualquer precedente. Os melhores clubes de todo o planeta competem para ser os maiores do mundo e segurar este troféu em suas mãos. Somente os maiores prevalecem como campeões indiscutíveis, para se tornarem parte de um grupo duradouro, icônico e exclusivo: os Campeões do Mundial de Clubes da Fifa! Para aqueles que erguem este troféu, a história pertence a vocês!"

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.