Grêmio vence o Vitória, afasta a má fase diante da torcida e volta a sonhar com a Libertadores

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O Grêmio atravessa um momento de recuperação no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, a equipe gaúcha venceu o Vitória por 3 a 1, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela 26ª rodada, diante de mais de 41 mil torcedores. O resultado também marcou a estreia de Jair Ventura no comando do time baiano, o quarto treinador com passagem pelo clube nesta Série A.

O triunfo levou o Grêmio ao oitavo lugar, com 32 pontos, alimentando a esperança de buscar vaga na próxima Copa Libertadores. Em contrapartida, o Vitória segue afundado na zona de rebaixamento, estacionado nos 22 pontos e pressionado pela sequência negativa que mantém a equipe em alerta.

Além dos três pontos, os gaúchos quebraram um incômodo tabu: já eram dois meses e quatro jogos sem vitórias dentro da própria Arena. O alívio foi visível na postura do time, que voltou a se impor diante da torcida e mostrou capacidade de reação após o empate baiano no início da etapa final.

Com mais posse de bola e presença ofensiva, o Grêmio demorou a transformar o domínio em perigo real. O Vitória até assustou duas vezes com Aitor Cantalapiedra, uma delas em condição clara após cruzamento de Renato Kayzer. Mas na reta final do primeiro tempo, a pressão tricolor surtiu efeito. Marcos Rocha cobrou lateral, Edenílson testou e, no rebote da defesa de Lucas Arcanjo, André Henrique abriu o placar.

O Vitória reagiu logo no retorno do intervalo. Ronald levantou da esquerda, Pavón cortou mal e a bola sobrou para Cantalapiedra, que finalizou de primeira para empatar. O lance expôs a fragilidade defensiva gremista em jogadas aéreas e devolveu confiança ao visitante, que chegou a crescer no duelo.

O empate, porém, não abalou os donos da casa por muito tempo. Aos 21, Cristaldo armou rápida tabela com Arthur e encontrou Amuzu aberto pela esquerda. O atacante dominou com calma e finalizou na saída de Lucas Arcanjo, recolocando o Grêmio em vantagem e acendendo novamente a Arena.

Já nos minutos finais, a vitória foi consolidada em jogada coletiva. Amuzu arrancou pela ponta e cruzou para o meio da área. Lucas Halter não conseguiu cortar, e Aravena aproveitou a sobra para superar Zé Marcos e marcar o terceiro, fechando o resultado em Porto Alegre.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 3 X 1 VITÓRIA

GRÊMIO - Gabriel Grando; Marcos Rocha (Dodi), Gustavo Martins, Kannemann e Marlon; Noriega, Edenílson (Amuzu) e Arthur Melo; Willian (Alysson), Pavón (Cristaldo) e André (Aravena). Técnico: Mano Menezes

VITÓRIA - Lucas Arcanjo; Lucas Halter, Camutanga (Matheuzinho) e Zé Marcos; Raúl Cáceres, Baralhas (Romarinho), Ronald Lopes (Lucas Braga) e Cantalapiedra; Ramon, Erick (Osvaldo) e Renato Kayzer (Renzo López). Técnico: Jair Ventura.

GOLS - André, aos 47 minutos do primeiro tempo; Cantalapiedra, aos 4, Amuzu, aos 21, e Aravena, aos 44 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Marlon (Grêmio); Camutanga, Baralhas e Erick (Vitória).

ÁRBITRO - Raphael Claus (SP).

RENDA - R$ 2.386.302,00.

PÚBLICO - 41.025 torcedores.

LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.