Árbitro paralisa partida da Ligue 1 por cantos homofóbicos, e torcida é 'castigada' com empate

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Quarto colocado na última edição da Ligue 1, o Nice acumula problemas na atual temporada. Em péssima fase e ocupando a metade de baixo da tabela do Francês, o clube precisou lidar com o comportamento reprovável de sua torcida, neste domingo, e sofreu o gol de empate logo na sequência, já nos minutos finais.

O árbitro Abdelatif Kherradji precisou interromper o confronto duas vezes na reta final da partida, quando Nice vencia por 1 a 0, no estádio Allianz Riviera, em Nice, após alguns torcedores da equipe anfitriã entoarem cânticos homofóbicos contra os parisienses. O capitão do time rubro-negro, Jonathan Clauss, foi até sua torcida e pediu que parassem.

Logo após a bronca do capitão nos torcedores, aos 43 minutos do segundo tempo, o Paris empatou o confronto por 1 a 1 em cobrança de pênalti de Krasso. Irritada, parte da torcida voltou a ofender os visitantes, mas tiveram de deixar o estádio com o empate amargo, que ampliou a série negativa do Nice.

Considerada uma das forças do futebol francês, a equipe venceu apenas 2 dos 9 jogos que disputou nesta temporada. Até aqui, o Nice acumula seis derrotas, duas delas para o Benfica na terceira eliminatória da Champions League, o que impediu a participação dos franceses na fase de grupos. Na estreia na Liga Europa, perdeu em casa para a Roma.

Na Ligue 1, o Nice somou seu sétimo ponto em seis partidas e ocupa apenas a 12ª posição, com menos da metade da pontuação do líder Paris Saint-Germain (15). Além da má fase, o clube ainda poderá ser obrigado atuar com portões fechados como punição pela atitude de seus torcedores.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.