Djokovic supera desgaste físico, elimina espanhol e vai às quartas do Masters de Xangai

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Novak Djokovic continua se superando no Masters 1000 de Xangai. Um dia após dizer que é "brutal" jogar com 80% de umidade na quente competição chinesa sob sol escaldante, o sérvio atuou na jornada noturna, superando o desgaste físico, as dores musculares - precisou de atendimento médico - e o espanhol Jaume Munar por 6/3, 5/7 e 6/2 após 2h41 para se garantir nas quartas de final contra o monegasco Valentin Vacherot.

A todo tempo usando toalhas para secar o suor - trocou diversas camisas ao longo da partida -, o sérvio começou o jogo em alta intensidade e rapidamente abriu vantagem, fechando a primeira parcial em 6 a 3.

Depois de ganhar bem o set inicial, Djokovic acusou o desgaste físico por causa do forte calor e deixou o ritmo cair. Mesmo cansado, salvou um break point com 4 a 3 contra. Ofegante, mas lutando muito, o experiente sérvio se manteve no set graças às boas trocas de pontos, evitando tanta correria.

Mas, a prova que o braço estava mais pesado veio em dois smashs no décimo game. Parou na rede em um e evitou força em outro. Seu técnico a todo tempo o orientava para acalmá-lo diante do aumento das dificuldades. Para 'desestabilizar' o oponente, até parou um ponto para secar a quadra.

O físico virou vilão. A cada erro, se amparava agachado, segurando nas pernas. Se jogou ao chão, exausto, ao mandar para fora e perder o serviço e o segundo set, por 7 a 5. O médico teve de retirá-lo da quadra após a correria no ponto e até sua pressão foi medida antes da largada na parcial decisiva.

Acostumado a grandes e longas batalhas, o sérvio precisava se superar diante de um oponente mais inteiro. E largou quebrando após ter o primeiro game praticamente perdido. Munar errou um smash fácil para fechar, com Djokovic já entregue.

O erro do espanhol custou caro. Se poupando e já evitando caminhar até as toalhas para se enxugar - os jovens auxiliares de quadra a levavam até ele -, o cansado Djokovic cresceu na partida, acelerando as jogadas, e logo alcançou a segunda quebra, com 5 a 2. Vibrou erguendo o braço e puxando o ar - pouco antes, foi ao chão mais uma vez no jogo. Fechou por 6 a 2 demonstrando enorme superação. Comemorou batendo no coração, sinalizando todo seu esforço em mais uma longa batalha em Xangai.

SWIATEK ARRASA EM WUHAN E GANHA A 60ª NO ANO

A polonesa Iga Swiatek se garantiu nas oitavas do WTA de Wugan no modo turbo. Depois de frustração em Pequim, na qual era a principal cabeça de chave e caiu diante de Emma Navarro ainda nas oitavas, a polonesa mostrou total concentração para despachar a checa Marie Bouzkova com duplo 6/1 em sua estreia nesta terça-feira.

Depois de ser eliminada ainda na segunda rodada do Aberto de Pequim, com direito a pneu (set por 6 a 0) a russa naturalizada australiana Daria Kasaktina repetiu Bia Haddad e anunciou a antecipação do fim de temporada para cuidar da saúde mental.

"A verdade é que cheguei a um beco sem saída e não consigo continuar. Preciso de uma pausa. Uma pausa da rotina monótona da vida na turnê, das malas, dos resultados, da pressão, dos mesmos rostos (desculpem, meninas), de tudo o que vem com esta vida", escreveu Kasatkina no Instagram. "A agenda está lotada, estou mental e emocionalmente no limite e, infelizmente, não estou sozinha."

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.