Corinthians revisa orçamento e prevê déficit de R$ 83 mi após projetar superávit de R$ 34 mi

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Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou por unanimidade a revisão da previsão orçamentária apresentada pela diretoria do presidente Osmar Stábile para 2025. O novo cálculo projeta um déficit de R$ 83 milhões em vez do superávit de R$ 34 milhões estipulado no fim de 2024, quando Augusto Melo, destituído em processo de impeachment, ainda estava à frente do clube.

A votação foi realizada no teatro da sede do Corinthians, no Parque São Jorge, e contou com a presença de 136 conselheiros. Mesmo sem votos contrários à nova previsão, 26 membros do Conselho registraram a intenção de que os números sejam reanalisados. A nova projeção teve pareceres do Conselho de orientação (Cori) e do Conselho Fiscal recomendando a aprovação.

Em setembro, o Corinthians divulgou balancete informando que registrou déficit de R$ 60,2 milhões no primeiro semestre de 2025. O valor é muito diferente do previsto pela gestão do hoje destituído Augusto Melo, que estimou um superávit de R$ 2,349 milhões para o período.

A dívida do Corinthians é de aproximadamente R$ 2,6 bilhões. Do total, cerca de R$ 675,2 milhões são referentes a pendência com a Caixa Econômica Federal pela construção da Arena em Itaquera.

O clube renegocia com o banco estatal uma redução na taxa de juros, principal fator que prejudica o fluxo de caixa atualmente. A Caixa deve apresentar um novo modelo de pagamento entre o fim de outubro e início de novembro.

Osmar Stábile trabalha em diversas frentes para tentar amenizar os problemas de fluxo de caixa do clube. Um de seus principais objetivos é negociar os naming rights da Neo Química Arena por um valor três vezes maior que o atual acordo com a Hypera Pharma. O contrato, assinado em 2020, firmou o aporte em aproximadamente R$ 300 milhões até 2040, data do fim do vínculo.

Os problemas financeiros do Corinthians esbarram no planejamento do departamento de futebol. O clube sofreu transfer ban da Fifa em razão da dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres. A entidade máxima do futebol também impôs outras condenações pela falta de pagamento na contratação de jogadores e o valor a ser pago chega a R$ 120 milhões.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.