Fifa autoriza CBF a mudar protocolo e divulgar áudios de árbitros mesmo sem revisão do VAR

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Depois de solicitar autorização a Fifa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai poder divulgar áudios e vídeos de decisões tomadas pela equipe de arbitragem mesmo nos casos em que não houve revisão na cabine do VAR, os chamados "lances sem revisão protocolar".

 

A novidade vem após uma rodada do Campeonato Brasileiro marcada por erros e polêmicas. No Choque-Rei, vencido pelo Palmeiras por 3 a 2, houve reclamações do São Paulo, que chegou a ter reuniões com a CBF para explicações. O clube pressionou pela divulgação dos áudios, até então algo sem previsão no protocolo.

 

As reclamações também aconteceram na vitória do Red Bull Bragantino sobre o Grêmio, por parte dos gaúchos, e no empate entre Sport e Cruzeiro, por parte dos pernambucanos. A CBF afastou Ramon Abatti Abel, árbitro do clássico paulista, e Lucas Casagrande, que comandou o jogo em Bragança Paulista.

 

A confederação já era a única a publicar os áudios de todos os lances com revisão formal no monitor. Com esta nova permissão, a CBF passa a incluir também lances relevantes sem revisão na cabine, reforçando seu compromisso com a transparência e a confiança no futebol brasileiro.

 

Os áudios e vídeos dos lances sem revisão protocolar serão disponibilizados em até 24 horas após o término da partida, respeitando diretrizes técnicas e operacionais acordadas com a Fifa. A CBF argumentou para a entidade internacional que isso "reforçaria a integridade de nossas competições".

 

"A arbitragem está entre essas prioridades. Ampliamos agora a divulgação dos áudios, em nome da transparência. Vamos anunciar outras melhorias nas próximas semanas, integrando um plano de ação que já vem sendo elaborado desde que assumimos a CBF", disse o presidente Samir Xaud.

 

O Palmeiras se manifestou oficialmente sobre a arbitragem apenas na segunda-feira e disse que algumas decisões de Ramon Abatti Abel também foram desfavoráveis ao clube. Em um trecho do comunicado, o time alviverde chama de "hipócritas" os membros da direção do São Paulo, que criticaram duramente os erros da equipe de arbitragem.

 

Também no domingo, José Boto, diretor do Flamengo, clube que disputa o título do Brasileirão com o Palmeiras, sugeriu haver favorecimento da arbitragem brasileira ao time alviverde.

 

Em paralelo, ainda há outras cobranças. O Grêmio conseguiu que a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedisse ao Tribunal que fossem suspensos os cartões aplicados contra Kanneman (vermelho) e Marlon (amarelo) na partida do último sábado.

 

Kannemann foi expulso ainda no primeiro tempo, com cartão vermelho direto, por suposta agressão a um jogador adversário. Já Marlon recebeu amarelo nos minutos finais, após o time de arbitragem entender que houve toque intencional da bola no braço do jogador. Também foi apontado pênalti, convertido por Jhon Jhon. O lateral acabou ainda suspenso do próximo jogo pelo acúmulo de advertências.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.