Djokovic se impõe diante de belga e disputará semifinal do Masters de Xangai pela 10ª vez

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Jogador mais velho a avançar às quartas de final de um Master 1000, Novak Djokovic continua imbatível em Xangai, onde disputará a semifinal pela 10ª vez na carreira. Aos 38 anos e quatro meses, o sérvio se garantiu entre os quatro melhores no torneio chinês ao desbancar o belga Zizou Bergs em sets diretos, parciais de 6/3 e 7/5 em 1h52.

Depois de duas longas e desgastantes batalhas em Xangai, Djokovic entrou na quadra, mais uma vez no horário noturno, querendo realizar um jogo mais rápido e apostou na agressividade para não dar chances a Bergs.

Sempre agredindo o serviço do belga, o quarto favorito do Masters 1000 chinês conseguiu quebrar logo no sexto game para abrir 4 a 2. Mas teve de lutar muito para salvar o serviço a seguir. Bergs desperdiçou três break points. O game foi longo e, pela primeira vez, o sérvio se agachou repetindo cenas de cansaço dos jogos anteriores.

Com ace e erros não forçados do oponente, Djokovic fechou o primeiro set por 6 a 3. Na cadeira, além de enxugar o rosto suado, usou uma toalha umedecida no pescoço para se refrescar do forte calor na Ásia.

O desgaste começou a bater já no início do segundo set, com Djokovic sofrendo para alcançar os golpes de Bergs, que começou a variar seu jogo, com bolas mais abertas e em constante troca de lados. O belga queria fazer o veterano correr.

As dificuldades cresceram bastante para Djokovic, sobretudo no serviço de Bergs, ao qual não conseguia mais pressionar. Se amparava no seu saque e levou o jogo até 4 a 4 sem quebras.

Depois de sequer pontuar nos serviços do belga por duas vezes seguidas, Djokovic teve dois break points após dupla falta e 15 a 40. A chance tão buscada em um set mais difícil não foi desperdiçada. Depois, bastava sacar bem para fechar em 6 a 4, mas mostrou-se um tanto ansioso e acabou não fechando a partida, permitindo o 5 a 5.

Nada de desânimo. O sérvio obteve nova quebra em 11º game no qual salvou quatro smashs em mesmo lance e foi aplaudido de pé. Mais uma vez tinha a chance no saque e não aproveitou dois match points. Após salvar um break, finalmente celebrou o triunfo, com bola para fora do adversário.

MONEGASCO GANHA OUTRA E SERÁ O RIVAL

Quem voltou a surpreender em Xangai foi o monegasco Valentin Vacherot, 204º do mundo, que despachou o norueguês Holger Rune, 10º favorito, de virada. Após levar 6 a 2 no primeiro set, não se abateu e garantiu vaga na semifinal com 7/6 (7/4) e 6/4. Agora, ele tentará manter a boa fase diante do desgastado Djokovic.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.