Zubeldía reclama de gol anulado pelo VAR: 'Só chamou por tudo que aconteceu em São Paulo'

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A arbitragem do Campeonato Brasileiro voltou a ser pauta com o jogo atrasado entre Fluminense e Mirassol, nesta quarta-feira. Os cariocas abriram o placar, mas tiveram o gol anulado. No fim, os paulistas ficaram com a vitória, por 2 a 1. O assunto foi abordado pelo técnico dos cariocas, Luis Zubeldía, após a partida. Para o argentino, o VAR só recomendou a revisão do lance por causa das polêmicas que aconteceram no Choque-Rei, vencido pelo Palmeiras e contestado pelo São Paulo.

"O VAR só chamou hoje por tudo que aconteceu no último clássico entre São Paulo e Palmeiras, quando reclamaram que o árbitro não foi chamado. O que mais me preocupa é o árbitro não ter percebido que o jogador já havia pisado na bola", reclamou.

"Ainda mais preocupante é que, se ele usasse o bom senso, veria que nenhum jogador do Mirassol reclamou, nem mesmo o que perdeu a bola. Ele se levantou rapidamente e tentou recuperá-la. O árbitro não conseguiu interpretar isso. E isso é muito grave porque mostra que eles estão sob pressão", disse o técnico.

Para o treinador, os árbitros não conseguem tomar boas decisões. Ele considera que "pressão e falta de capacidade" podem ser causas para isso. "Mas é claro que estão em uma fase totalmente negativa e, definitivamente, os árbitros estão tomando decisões equivocadas que acabam condicionando o andamento do jogo. Isso prejudica o trabalho de todos", concluiu.

O discurso é semelhante ao do lateral do Fluminense, Renê. Entretanto, o jogador disse que se deve reclamar menos, o contrário do que o técnico fez. "Sei que a pressão deles é grande, mas tem hora que a gente tem de ajudar e parar de ficar reclamando", argumentou o atleta do Fluminense.

Durante a partida, a CBF anunciou que vai mudar o protocolo do VAR. Agora, serão divulgados áudios de lances importantes, mesmo quando não há a revisão na cabine à beira do campo. O movimento foi autorizado pela Fifa após a entidade ter procurado a federação por causa da pressão do São Paulo.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.