Everton Ribeiro celebra sucesso em cirurgia após diagnóstico de câncer: 'Vou voltar 100%'

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Quatro dias após anunciar diagnóstico de câncer de tireoide e ser submetido a uma cirurgia, Everton Ribeiro, do Bahia, já está em casa, se recuperando. O meia de 36 anos postou um vídeo para tranquilizar a todos e anunciou que voltará a jogar 100%. Não se sabe se apenas na próxima temporada.

 

"Fala pessoal, passando para tranquilizar a todos. Já estou em casa me recuperando bem. O que eu tive foi um câncer de tireoide do tipo mais comum, chamado papilífero. É um tumor que não tem causa definida. A cirurgia foi um sucesso, foi feita a retirada total da tireoide e graças a Deus, recebemos uma notícia ótima: a patologia chegou e vimos que não temos de fazer nenhum tratamento adicional", revelou Everton Ribeiro.

 

O processo não o impediu de se comunicar bem, outro motivo de celebração. Com o Bahia bem no Brasileirão, é possível que o retorno aos gramados seja somente no próximo ano, evitando percalços desnecessários.

 

"Tem um período de recuperação. Junto com os doutores, traçamos uma meta, um caminho a ser tomado com toda a segurança, no tempo certo, mas com certeza e fé de que voltarei 100%, focado, forte e feliz por jogar futebol, a ajudar meus companheiros", disse, feliz e confiante. "Estar nos gramados é onde me sinto feliz e realizado. Muito obrigado a todos, conto com a torcida, com as orações e com a energia boa de todo mundo que tem orado por mim e por minha família. Já, já estaremos de volta."

 

O meia revelou como foi descoberta a doença e não poupou agradecimentos. "Gostaria de agradecer ao departamento médico do Bahia que percebeu essas alterações nos meus exames de sangue de rotina e logo interveio, me direcionando ao que fazer, os próximos passos, até a descoberta do diagnóstico."

 

A mulher do jogador, Marília, buscou assistência especializada, encontrou os médicos e ainda pesquisou informações para deixar Everton Ribeiro tranquilo antes da cirurgia. Há um mês que ele vinha atuando já ciente do câncer de tireoide. "Minha mulher Marília, desde o primeiro dia fez uma correria que nem eu imaginava. Descobriu o doutor Fernando Maluf, foi atrás do que precisava, das informações... Então agradeço muito a ela, te amo e obrigado por ser o meu suporte e estar comigo em todos os momentos, na alegria e na doença. Te amo demais."

 

Foram inúmeras mensagens de apoio e auxílio médico de excelência. Everton Ribeiro mostrou reconhecimento. "Gostaria de agradecer também ao doutor Márcio Abraão, que fez a cirurgia, impecável. Eu já saí falando, me alimentando muito bem. Ele me deu suporte a todo momento. Agradecer também ao doutor Fernando Maluf, que desde o primeiro dia já nos deu uma tranquilidade, conversou comigo, com a Marília e nos deu todo suporte, organizou toda a cirurgia e até hoje está conosco, conversando a todo momento. Isso foi muito importante para nós", afirmou.

 

"E, claro, agradecer aos meu amigos, aos fãs, aos milhares de torcedores que mandaram orações, mensagens, à minha família, que esteve comigo o tempo todo, apreensiva, mas do meu lado", seguiu. "Agradecer, lógico, a Deus que me deu toda essa força, sabedoria, e entendimento de que tudo é para ele, por ele e que mesmo na doença está com a gente e tem o melhor para cada um de nós. E que esse momento difícil seja usado de honra e glória dele. Mais um milagre feito em minha vida e que agora a gente possa voltar o mais rápido aos campos, onde me sinto feliz."

 

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.