Ramon Abatti soma afastamento da CBF e denúncia no STJD pela segunda vez em um ano

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Afastado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após clássico entre São Paulo e Palmeiras, Ramon Abatti Abel (Fifa-SC) viveu cenários semelhantes nos dois últimos anos. O árbitro, que esteve no Mundial de Clubes nesta temporada, ficou na 'geladeira' da entidade que governa o futebol brasileiro por um breve período no último ano; já em 2025, foi convocado a prestar esclarecimentos ao STJD.

Em ambos os casos, o Palmeiras esteve envolvido nas partidas, que ocorreram no Allianz Parque. Em 2024, em empate com o Fortaleza por 2 a 2, a atuação de Ramon Abatti recebeu críticas das duas equipes. O clube cearense reclamou dos dois pênaltis assinalados para o rival, enquanto os donos da casa defenderam que Emmanuel Martínez deveria ter sido expulso por uma agressão nas costas de Richard Ríos.

À época, a CBF decidiu pelo afastamento do árbitro. O episódio se deu em outubro, e no mês seguinte já estava escalado para novas partidas do Campeonato Brasileiro. A suspensão do árbitro foi comunicada juntamente com Flavio Rodrigues de Souza e Braulio da Silva Machado, que foram criticados por erros nas partidas de Flamengo e Fluminense, na mesma 31ª rodada.

Esse episódio não afetou Ramon, já que foi indicado pela CBF como um dos árbitros brasileiros no Mundial de Clubes dos Estados Unidos. Além disso, como o Estadão mostrou, ele era o favorito para a Copa do Mundo de 2026 até esse segundo afastamento, pela atuação em São Paulo x Palmeiras. A primeira denúncia no STJD que recebeu neste ano, em Palmeiras x Botafogo pela primeira rodada do Brasileirão, também não alterou seus trabalhos.

Em maio, Ramon foi enquadrado no mesmo artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a suspensão de 15 a 120 dias àquele que "deixar de observar as regras da modalidade". Multas também podem ser aplicadas. Nessa primeira denúncia, foi advertido ao não aplicar a "regra dos oito segundos" na reposição de bola de goleiro.

Na sessão da 4ª Comissão Disciplinar, utilizou a "subdivisão de tomadas de decisões" como justificativa para não colocar a regra em prática, em duelo pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o goleiro John, do Botafogo, manteve a bola em mãos por 20 segundos. A suspensão foi convertida pelo STJD em uma advertência.

Afastado, Ramon Abatti deixa de ter uma renda com as partidas da Série A do Campeonato Brasileiro e das demais competições organizadas pela CBF. A tendência é que ele seja ouvido pelo STJD nas próximas semanas e, caso avalie que o árbitro se enquadra nas penas do Código, ficará até três meses sem atuar.

Nesta quinta-feira, a CBF também liberou os áudios da comunicação de Ramon Abatti com o VAR na vitória do Palmeiras, por 3 a 2, sobre o São Paulo. Nos dois lances reclamados pela diretoria são-paulina, o árbitro de vídeo concorda com a análise de campo. Julio Casares, presidente tricolor, critica o árbitro por não expulsar Andreas Pereira, nem marcar um pênalti sobre Tapia, ambos lances que ocorreram no segundo tempo.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.