Monegasco, 204º do ranking, faz história e vai às lágrimas ao chegar à semifinal em Xangai

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Valentin Vacherot vive um conto de fadas no Masters 1000 de Xangai. Natural de Mônaco, o número 204 no ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) alcançou as semifinais do torneio da China após passar por nomes de peso no circuito. Nesta quinta-feira, eliminou Holger Rune, da Dinamarca, 11º do mundo, por 2 sets a 1. Enfrentará Novak Djokovic na próxima fase.

O monegasco se tornou o primeiro atleta do pequeno principado a alcançar essa fase de um torneio. Também se tornou o tenista com o segundo ranking mais baixo a alcançar a semi de um Masters. Fica atrás apenas do americano Chris Woodruff, então 550º, que conquistou o feito em seu país natal, em Indian Wells. Na ocasião, foi eliminado por Mark Philippoussis, da Austrália.

A partida desta quinta-feira, assim como outras do torneio, contou com desgaste dos atletas. Rune precisou receber atendimento em duas oportunidades ao longo do jogo, e no início do terceiro set aparentou sofrer com cãibras. Com esses problemas, e pelo momento que o rival vivia no torneio, não foi capaz de se impor diante de Vacherot.

Após a vitória, foi às lágrimas ainda em quadra. Nas arquibancadas, seu irmão, e treinador, Benjamin Balleret, também não conseguiu se conter. Ex-tenista, era o principal nome de Mônaco na modalidade e, em 2007, chegou até a terceira rodada do Roland Garros. O resultado de Vacherot nesta temporada passa a ser o mais expressivo do país.

Além deles, Arthur Rinderknech, primo de Vacherot, celebrou a vitória do monegasco. Francês, ele pode enfrentar o familiar em uma eventual decisão do Masters de Xangai. Ele encara Félix Auger-Aliassime, nas quartas de final do torneio, nesta sexta-feira. Na edição deste ano, já conseguiu eliminar Alexander Zverev, por 2 sets a 1.

A campanha de Vacherot tem impressionado também pelo ineditismo. O tenista nunca havia chegado à semifinal de um torneio de ATP. Ao eliminar Tallon Griekspoor, da Holanda, nas oitavas, também ganhou destaque: o rival havia sido responsável por eliminar Jannik Sinner, número 2 do mundo.

"Eu ganhei do número dois do mundo há dois dias. Agora, perdi para o número 204 do mundo. Esse é um resumo do tênis em três dias. Demonstra que escolhi um esporte m..., e provavelmente, eu queira voltar a jogar tênis amanhã, mas agora estou farto. Preferia ter perdido na primeira rodada do que neste jogo", desabafou Griekspoor.

Vacherot volta às quadras neste sábado, 11, para encarar Novak Djokovic, da Sérvia. O rival será o maior desafio do monegasco em Xangai até aqui e também é o maior campeão do torneio, com quatro títulos (2012, 2013, 2015 e 2018). Djokovic disputará pela 10ª vez uma semifinal em Xangai.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.