Mário Gobbi faz revelações sobre Tite e detona Abel Ferreira

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O ex-presidente do Corinthians Mário Gobbi fez revelações sobre os bastidores do clube paulista durante a sua gestão, no triênio 2012-2015. Em entrevista no podcast "Tomando Uma Com...", o ex-mandatário comentou sobre a relação com Tite, inclusive fazendo críticas ao treinador. Ele também disparou contra Abel Ferreira, atual técnico do rival Palmeiras.

 

Em um dos trechos, Gobbi fez declarações sobre problemas de gestão do Tite. Segundo o ex-dirigente, ele "deu trabalho" quando era necessária uma reformulação no elenco e venda de atletas jovens para melhorar o caixa do clube, em 2013. "O Tite é bom para remar para frente. Quando ele precisa fazer uma reformulação, ele não é bom. Ele é 100% coração e ele ia ter lá oito jogadores do tempo que ele treinou em 2012. Ele é 80% coração e 20% profissional", apontou Gobbi.

 

Um dos problemas envolvia o apego de Tite a jogadores que já não rendiam tanto no time titular e evitavam que jovens como Felipe e Marquinhos pudessem ter a vitrine para negociações. Depois da eliminação na fase preliminar da Copa Libertadores de 2013, para o Boca Juniors nas oitavas de final, o Corinthians estava "sem dinheiro", nas palavras do ex-dirigente.

 

"Depois de três meses ele não colocou ninguém, e perguntei a ele sobre a reformulação. Ele disse 'não consigo, eles são meus filhos, meus parceiros, me deram títulos'. Eu falei: 'Tite, não estou pedindo. Eu estou mandando'. (Ele) Me deu muito trabalho", relembra o dirigente.

 

Ainda segundo Gobbi, Tite avaliou que Marquinhos, na época com 18 anos e hoje no Paris Saint-Germain, não seria um bom zagueiro. Isso motivou que a direção vendesse o jogador à Roma por 5 milhões de euros (R$ 11 milhões, na época). Na época, contudo, chegou a ser noticiada a insatisfação de Tite com a venda. O PSG pagou 31 milhões de euros (R$ 102 milhões no momento da transação) em 2013 pelo zagueiro. O próprio Tite o convocou para defender a seleção brasileira para as Copas do Mundo de 2018 e 2022.

 

Gobbi também revelou que Tite foi convidado para voltar ao Corinthians três vezes em 2023, quando já havia deixado a CBF. O técnico recusou todos os chamados. "O Tite é muito bom, mas tem um outro lado que vocês não conhecem. Ele não viria para o Corinthians porque precisaria reformular, e ele não faria isso com o Cássio, Fábio Santos, Gil, Fagner, Paulinho...", avaliou.

 

"ELE PENSA QUE É O QUÊ?", QUESTIONA GOBBI SOBRE ABEL FERREIRA

As críticas do ex-presidente do Corinthians também sobraram para o rival Palmeiras. Mais especificamente, para Abel Ferreira, treinador alviverde. O ex-dirigente reclamou do comportamento do técnico. "Aí vem um português aqui, que tem um nível superior, e manda no árbitro, agride jogador do São Paulo, ofende o árbitro, c*** na cabeça da Federação, da CBF, e todo mundo baba ovo para ele. Ele é competente, mas aqui tem uma cultura, tem futebol...", comentou.

 

Uma das referências é o episódio entre Abel e Calleri, durante um clássico entre São Paulo e Palmeiras, quando ambos se encararam à beira do gramado. Para Gobbi, isso influencia outros técnicos a desrespeitarem árbitros e jogadores.

 

"Ele empurra o jogador adversário, ele pensa que é o quê? E os presidentes dos clubes estão quietos. Ele apita jogo. Se você não gosta daqui, vai embora, vai treinar o Almería, quem ele queira. Está uma vergonha. E ataca a imprensa, agride, ofende, é desrespeitoso. Ofende e ninguém fala nada, está tudo bem", complementou Gobbi, que antes de direcionar suas críticas ao português, refletiu sobre o momento do futebol brasileiro, defendendo a manutenção dos treinadores.

 

Mário Gobbi comandou o Corinthians de 2012 a 2015. Ele foi antecedido por Andrés Sanchez e deu lugar a Roberto de Andrade. Gobbi trabalhou como vice-presidente e diretor de futebol do clube. Ele participou ativamente da contratação de Ronaldo, em 2009. Sua trajetória no Corinthians também guarda um episódio de tensão com torcidas organizadas. Ele chegou a ser agredido com uma cadeira e afastou-se da equipe em 2010. Retornou como presidente e era mandatário do Corinthians nos títulos da Libertadores, Mundial, ambos em 2012, e Recopa Sul-Americana e Campeonato Paulista de 2013.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.