São Paulo mostra evolução na estreia de Zubeldía e vence o Barcelona na Libertadores

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O São Paulo oscilou em alguns momentos, mas mostrou calma, qualidade no passe e inteligência durante a maior parte do tempo na estreia do técnico argentino Luís Zubeldía, nesta quinta-feira. Por isso, foi mais do que merecida a vitória por 2 a 0 sobre o Barcelona-EQU, no Estádio Monumental de Guayaquil, em jogo da terceira rodada do Grupo B da Libertadores, no qual o time tricolor ocupa a vice-liderança, com seis pontos, contra sete do líder Talleres, que venceu o quarto colocado Cobresal por 2 a 0. O Barcelona é o terceiro, com dois pontos.

 

A primeira metade da etapa inicial serviu para apresentar um pouco das ideias e da personalidade de Zubeldía ao torcedor são-paulino. Efusivo à beira do gramado e punido com um cartão amarelo ainda aos 14 minutos, o treinador argentino viu o quarteto ofensivo formado por Luciano, André Silva, Calleri e Ferreirinha render bons frutos. Para trás da linha de ataque, a atuação também era positiva, com destaque para a qualidade em sair jogando da defesa com a bola no chão, mas sem dispensar lançamentos quando necessário e apostando nas inversões para quebrar a marcação.

 

As variações no controle no passe foram vistas no lance do primeiro gol. A construção começou com a bola rodando pacientemente perto da área tricolor, e os defensores tiveram sucesso em vencer a marcação alta do time equatoriano. André Silva se apresentou na intermediária defensiva e abriu espaço ao se desvencilhar do marcador com um tapa ágil na bola, antes de virar o jogo para a esquerda, por onde Ferreira avançou e cruzou na medida para Calleri fazer de cabeça.

 

Todo o primeiro tempo decorreu sem que o Barcelona conseguisse levar grandes riscos ao time brasileiro. As ações ofensivas dos donos da casa se limitaram a pequenos sustos já na reta final antes do intervalo. Nada, porém, que obrigasse Rafael a fazer maior esforço debaixo da trave. De forma geral, os são-paulinos controlaram a partida na base da troca de passes, não à toa teve posse de 66% contra 33% dos adversários.

 

Já o início da etapa final foi de configuração completamente diferente. Em pouco mais de cinco minutos de bola rolando no segundo tempo, Rafael teve de fazer excelentes defesas em dois duelos com Joao Rojas para evitar o empate do time equatoriano. Depois disso, o São Paulo continuou sendo empurrado para trás e mostrou dificuldade para sair dessa posição retraída. Quando conseguiu, arrumou um escanteio que originou o segundo gol, marcado por Alisson após o goleiro Burrai afastar mal o cruzamento.

 

Mais confortável depois de ter a vantagem ameaçada, o time tricolor mostrou bastante inteligência, sem acelerar o jogo desnecessariamente. Desenhou-se, assim, o cenário visto anteriormente na maior parte da etapa início. Com a bola nos pés, os são-paulinos faziam os adversários correrem atrás da bola e ditavam o ritmo da partida. Fora uma finalização gerada por erro defensivo de Arboleda, mais nenhum risco foi gerado à meta tricolor até o apito final.

 

FICHA TÉCNICA

 

BARCELONA-EQU 0 X 2 SÃO PAULO

 

BARCELONA-EQU - Burrai; Vargas, Nicolás Ramírez, Luca Sosa e Aníbal Chalá; Trindade, Gaibor (Leonai), Damián Díaz (Cortez), Joao Rojas (Reasco) e Oyola (Orozo); Obando (Preciado). Técnico: Germán Corengia.

 

SÃO PAULO - Rafael; Igor Vinícius (Rodrigo Nestor), Arboleda, Alan Franco e Wellington; Alisson, Pablo Maia e Luciano (Galoppo); André Silva (Diego Costa), Calleri (Juan) e Ferreira (Michel Araújo) . Técnico: Luís Zubeldía.

 

GOLS - Calleri, aos 17 minutos do primeiro tempo, e Alisson, aos 18 minutos do segundo tempo.

 

CARTÕES AMARELOS - Luís Zubeldía e Vargas.

 

ÁRBITRO - Juan Gabriel Benítez (PAR).

 

RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.

 

LOCAL - Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil (EQU).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.