Fluminense joga mal, empata com o Internacional na estreia de Mano Menezes e continua em crise

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A vitória do alívio não veio e o Fluminense continua em crise. Ao menos, interrompeu a sequência de seis derrotas seguidas no Brasileirão, nesta quinta-feira. Na estreia do técnico Mano Menezes, o futebol ainda foi pobre no Maracanã, com poucas chances criadas e empate por 1 a 1 diante do Internacional. Agora são 11 partidas sem triunfos do time carioca na competição, na rabeira com míseros sete pontos.

A situação do Fluminense é tão ruim que John Kennedy saiu cara a cara no último minuto dos acréscimos e não finalizou. Para piorar, os companheiros Guga e Thiago Santos ainda bateram boca feia dentro de campo, mostrando enorme nervosismo e falta de controle. As vaias acabaram inevitáveis.

Mano Menezes teve um reforço de peso para sua estreia: o retorno do volante André, o xerifão da marcação, de volta após dois meses tratando uma lesão no joelho direito. Mesmo carente de triunfos - entrou em campo com somente um no Brasileirão - a opção era por meia com quatro atletas e apenas dois na frente.

Já o Internacional perdeu o atacante Wesley, por lesão óssea, e Eduardo Coudet optou pelo jovem Gustavo Parado na frente, ao lado de Alario e Wanderson. O treinador já não tinha o equatoriano Enner Valencia e o colombiano Borré, ambos na Copa América.

Mesmo desfalcados na frente, foram os gaúchos quem assustaram primeiro. Fábio espalmou a batida rasante de Wanderson com menos de dois minutos. Os cariocas ficaram bastante irritados com o lance já que a arbitragem não parou a partida com Cano caído do outro lado do campo. Mesmo em jejum de 11 jogos, o artilheiro é peça primordial da equipe. E quase acabou com a má fase ao acertar a trave.

Em um confronto bastante parelho, mas com as equipes bem postadas defensivamente, as chances eram raras. Substituto de Marcelo, Diogo Barbosa aparecia bastante em velocidade pela esquerda. Ocorre que os cruzamentos não saíam com qualidade.

Ver sua equipe pouco produzindo e irritado com algumas faltas ignoradas pela arbitragem, Mano perdeu a paciência e começou a reclamar. Levou cartão amarelo e, ainda bravo, lamentou o gol do Internacional, em bela batida de primeira de Igor Gomes.

O Fluminense acusou o golpe, cometia erros bobos de passes e exagerava nos cruzamentos sem destino. Os acréscimos chegavam ao fim quando a qualidade fez a diferença. Ganso ajeitou de longe e mandou uma pancada, indefensável, aliviando a tensão dos cariocas.

Os técnicos optaram pela manutenção dos times, mas sob recomendação de mais coragem. Coudet, porém, se irritou com amarelo bobo e tirou Gustavo Prado logo nos primeiros minutos. Bruno Gomes entrou e quase marca no primeiro lance. O leve desvio de cabeça bateu na trave. Os gaúchos voltaram melhor e rondando a área.

Mano Menezes resolveu abrir a equipe e colocou o meia-atacante Douglas Costa na vaga do volante Alexsander. Ainda mexeu na frente, com John Kennedy na vaga de Cano. Os substituídos saíram com problemas clínicos.

Com tantas modificações de ambos os lados, a partida ficou feia e arrastada nos minutos finai. Mesmo assim, o Fluminense teve a chance de ouro de desencantar. John Kennedy saiu na cara de Fabrício e optou pelo drible ao invés da batida. Acabou desarmado e o time manteve a sequência de resultados ruins.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 1 X 1 INTERNACIONAL

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier (Guga), Antônio Carlos, Thiago Santos e Diogo Barbosa; André, Martinelli (Gabriel Pires), Alexsander (Douglas Costa) e Paulo Henrique Ganso (Renato Augusto); Keno e German Cano (John Kennedy). Técnico: Mano Menezes.

INTERNACIONAL - Fabrício; Igor Gomes (Hugo Mallo), Fernando, Robert Renan e Renê; Rômulo (Mercado), Bruno Henrique (Hyoran) e Alan Patrick; Gustavo Prado (Bruno Gomes), Wanderson e Alario (Lucca). Técnico: Eduardo Coudet.

GOLS - Igor Gomes, aos 39, e Ganso, aos 48 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - André, Douglas Costa, Thiago Santos, Antônio Carlos, Martinelli e Diogo Barbosa (Fluminense); Alario, Alan Patrick, Gustavo Prado, Wanderson e Renê (Internacional).

ÁRBITRO - Felipe Fernandes de Lima (MG).

RENDA - R$ 858.989,50.

PÚBLICO - 40.333 presentes.

LOCAL - Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.