Palmeiras falha na defesa, mas arranca empate com o Grêmio graças ao talento de Estêvão

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O Palmeiras teve uma jornada ruim na defesa, com falhas individuais importantes, mas buscou forças para reagir e empatou com o Grêmio por 2 a 2 nesta quinta-feira. Em Caxias, o destaque do jogo foi novamente o jovem Estêvão, canhoto de raro refino técnico que marcou o golaço que decretou o empate na duelo disputado no Centenário.

O empate foi favorável ao Palmeiras pelas circunstâncias, mas ruim considerando a tabela, já que todos seus concorrentes ganharam na rodada. O time de Abel Ferreira tem 27 pontos e perdeu a vice-liderança para o Botafogo, que soma a mesma pontuação, mas está à frente pelos critérios de desempate. O Flamengo lidera com 30 pontos. O Grêmio desperdiçou a oportunidade de deixar a zona de rebaixamento, com 11 pontos.

Prejudicou o Palmeiras a desatenção inicial da equipe, que levou um gol cedo, aos dois minutos, graças a um erro de Marcos Rocha. Com tantos garotos em campo, foi do veterano lateral-direito uma falha boba. Ele perdeu a bola no meio de campo e armou o contra-ataque para o Grêmio, que não desperdiçou a oportunidade. Gustavo Nunes disparou, entrou na área e rolou rasteiro para Pavón abrir o placar.

O Palmeiras dominou o jogo depois de sofrer o gol, mas não foi eficiente na etapa inicial. Perdeu ao menos três chances para empatar por falhas na finalização. Pesaram contra o time paulista a ausência de titulares importantes, como Raphael Veiga, suspenso, e as claras limitações técnicas de alguns que ganharam a chance de ser titular, caso, principalmente de Jhon Jhon. O jovem meio-campista errou quase tudo que tentou, desde passes a dribles.

Estêvão, o mais talentoso em campo, tentou chamar a responsabilidade. Mas seus companheiros não lhe acompanharam. Tentou de fora da área, pela direita, mas os atacantes, sobretudo Rony, viveram infeliz jornada. Mal posicionado, Rony chegou até a bloquear uma finalização de Flaco López.

O ataque do Palmeiras não se entendeu e a defesa deu espaços para os gaúchos encontrarem brechas. Além disso, os visitantes erraram muito, também atrás; No segundo tempo, com o time aberto e quatro laterais depois que Abel lançou mão de Mayke e Vanderlan, este que cometeu um pênalti bobo. Cristaldo converteu e aumentou a vantagem gremista.

Ocorre que o Palmeiras acordou depois de levar o segundo gol. Sem Marcos Rocha, um dos piores em campo, e com Dudu em seu lugar, e conseguiu ser eficiente como não havia sido no primeiro tempo e marcou duas vezes em três minutos. Aos 28, Flaco López fez de cabeça após assistência de Mayke que desviou na defesa. Aos 32 entrou em cena um jovem craque.

Em lance de gênio, Estêvão cortou o marcador, levou para a canhota e acertou um belíssimo chute no ângulo direito de Marchesin. Ele cansou e foi substituído. Depois disso, o Palmeiras continuou no ataque e insistiu até os acréscimos, mas a vitória não veio.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 2 X 2 PALMEIRAS

GRÊMIO - Marchesin; João Pedro, Rodrigo Ely (Rodrigo Caio), Kannemann e Reinaldo; Edenilson (Everton Galdino), Carballo e Pepê; Gustavo Nunes (Nathan Fernandes), Pavón (JP Galvão) e Cristaldo (Natã). Técnico: Renato Gaúcho.

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Dudu), Naves (Vanderlan), Vitor Reis e Piquerez; Fabinho (Mayke), Aníbal Moreno e Jhon Jhon; Estêvão (Caio Paulista), Rony e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.

GOLS - Pavón, aos 2 do primeiro tempo. Cristaldo, aos 23, Flaco López, aos 28, e Estêvão, aos 31 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Naves, Vitor Reis, Rodrigo Ely, Nata e Aníbal Moreno.

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique (RJ).

PÚBLICO - 15.689 torcedores.

RENDA - R$ 570.549,00.

LOCAL - Estádio Centenário, em Caxias (RS).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.