São Paulo mostra vontade, mas é displicente no ataque e acaba superado pelo Atlético-MG

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O São Paulo encerrou a sequência de quatro vitórias, ao perder por 2 a 1 para o Atlético-MG na Arena MRV, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe pecou nas finalizações e sofreu com desgaste físico, principalmente quando teve Alan Franco expulso, enquanto os atleticanos contaram com a estrela de Paulinho, artilheiro do estádio do clube mineiro.

O Atlético-MG buscava reafirmação após derrotas contra Flamengo e Botafogo. Foram sete gols sofridos nesses dois jogos. O remédio de Milito para isso foi avançar pelos lados. O São Paulo, acuado, começou apenas com bolas esticadas para Calleri, sem sucesso.

Os são-paulinos tinham o retorno de Rafael, que estava com a seleção brasileira. O goleiro não disputou nenhuma partida na Copa América. Pode ter sido justamente falta de ritmo que o fez espalmar mal a falta cobrada por Hulk aos 12 minutos. O rebote caiu nos pés de Vargas, que abriu o placar.

Defensivamente, porém, a pressão alta do time de Gabriel Milito não encaixava. O gol não abalou o São Paulo, que passou a descobrir os caminho para avançar. Ainda que o time paulista conseguisse chegar no campo ofensivo, os ataques foram tecnicamente fracos, com muitos passes errados.

O empate veio muito mais na vontade do que na tática. Após bola mal afastada em um escanteio, Lucas Moura igualou o placar. Ferreirinha teve a chance de virar, mas foi displicente e chutou fraco em cima de Matheus Mendes.

No lado do time mineiro, Scarpa era quem mais buscava finalizações. O chute mais próximo de desempatar foi espalmado facilmente por Rafael. Depois, a insistência deu resultado, quando, aos 48 minutos, ele bateu, e Paulinho desviou de barriga, tirou o goleiro do lance e desempatou. Foi o 15º gol do artilheiro da Arena MRV no estádio.

O Atlético-MG voltou do intervalo obstinado a ampliar. Arana, outro retorno da Copa América, marcou presença no campo de ataque e quase fez o terceiro, em chute que parou em Rafael.

Na defesa, a recomposição atleticana melhorou. Saravia cobriu corridas de Ferreirinha. Em outro lance, o atacante errou o passe que deixaria Lucas na cara do gol.

Calleri e Luciano estavam apagados. A dupla não conseguiu abrir espaços ou receber em boas condições. Sobrou para Ferreirinha continuar tentando em finalizações de fora da área, sem precisão.

A expulsão de Alan Franco não impediu que Luiz Gustavo subisse para finalizar. Matheus Mendes fez ótima defesa. No rebote, o goleiro também bloqueou o chute de Luciano, para garantir o placar favorável. Zubeldía mudou o time para buscar mais ataques em bola aérea, mas evitou recuar.

O ritmo se tornou cada vez mais lento, com cadência do Atlético-MG e desgaste físico do São Paulo, com um jogador a menos. Ao final, os atleticanos finalizaram cinco vezes em direção ao gol, apenas uma a mais que os são-paulinos, que não conseguiram acertar a meta de Matheus Mendes e tiveram como consequência a derrota.

Com o resultado, o São Paulo fica em quinto, com 27 pontos, três a menos que o Bahia, primeiro time no G-4. A equipe tricolor volta a campo na quarta-feira, 17, no MorumBis, às 20h. Luis Gustavo, que recebeu o terceiro nesta quinta-feira, está fora.

O Atlético-MG chega a 21 pontos, na 10ª posição. Os mineiros visitam o Juventude, na próxima rodada, no Mané Garrincha, em Brasília, na terça-feira, 16, às 19h.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG 2 X 1 SÃO PAULO

ATLÉTICO-MG - Matheus Mendes; Saravia, Bruno Fuchs, Battaglia e Guilherme Arana; Otávio, Alan Franco e Gustavo Scarpa; Eduardo Vargas (Cadu), Paulinho (Palacios) e Hulk. Técnico: Gabriel Milito.

SÃO PAULO - Rafael; Igor Vinícius (Rafinha), Arboleda, Alan Franco e Wellington; Luiz Gustavo e Alisson; Lucas Moura (Erick), Luciano (Rodrigo Nestor) e Ferreirinha (Wellington Rato); Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

GOLS - Eduardo Vargas, Lucas Moura e Paulinho, aos 12, aos 18 e aos 48 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Otávio (Atlético-MG), Luis Zubeldía (São Paulo), Hulk (Atlético-MG) e Luiz Gustavo (São Paulo).

CARTÃO VERMELHO - Alan Franco (São Paulo).

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique (CE).

PÚBLICO - 28.772 presentes.

RENDA - R$ 1.629.280,00.

LOCAL - Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.