PMs são investigados por invadir velório e agredir família no interior de SP

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Policiais militares foram filmados agredindo pessoas em um velório em Bauru, interior de São Paulo, na última sexta-feira, 18. A cerimônia estava sendo realizada para o enterro de dois jovens que morreram na quinta, 17. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, eles morreram em um confronto com a PM, na comunidade do Jardim Vitória.

A SSP-SP não explicou os motivos da presença dos agentes no velório e informou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) "para apurar a conduta dos policiais envolvidos e adotar todas as medidas cabíveis".

A Ouvidoria da Polícia Militar lamentou o comportamento dos PMs e determinou a abertura de um procedimento para solicitar à Corregedoria da PM uma apuração rigorosa sobre o caso.

Nas imagens, os agentes aparecem desferindo golpes de cassetetes e empurrando os familiares. Os policiais retiram à força um rapaz de camiseta branca, apesar dos protestos das pessoas. Ele seria o irmão de um dos jovens velados. Antes, uma mulher, também de branco, abraça o rapaz para tentar impedir a ação dos militares. Ela é arremessada com força e cai ao chão.

Vanessa Mangile, advogada que representa as famílias dos rapazes velados, alega que a confusão começou porque os PMs estariam fazendo um patrulhamento em frente ao local da cerimônia fúnebre.

"Houve patrulhamento da polícia militar nas imediações do velório, bem como a parada de uma viatura em frente ao local, o que gerou indignação por parte dos familiares dos jovens alvejados na noite anterior", disse.

A presença dos militares teria incomodado os parentes dos rapazes. "Iniciou-se uma discussão entre os agentes e os familiares, momento em que os policiais decidiram levar algumas pessoas para o plantão policial por desacato, sendo uma dessas pessoas o irmão de um dos jovens que estava sendo velado", acrescentou a defensora.

Após as agressões, a defesa diz que acompanhou o registro da ocorrência e que registrou o abuso por parte dos PMs. "A defesa segue acompanhando as providências".

Rapazes velados foram mortos por suposto confronto policial

O velório era realizado para o enterro dos jovens Guilherme Alves, de 18 anos, e Luís Silvestre, de 21. Ambos morreram em um suposto confronto com a Polícia Militar na última quinta, 17, na Comunidade do Jardim Vitória.

Conforme a SSP-SP, em nota, policiais militares faziam uma operação na Comunidade do Jardim Vitória "quando foram surpreendidos" pelos suspeitos, "que atiraram contra a equipe". Os PMs, então, teriam revidado. Guilherme e Luiz foram atingidos e ambos morreram no local. Junto com os suspeitos, diz o órgão, foram localizadas drogas e armas, que foram apreendidas.

O caso foi registrado pela Delegacia Seccional de Bauru como morte decorrente de intervenção policial, tráfico de drogas, associação para o tráfico, localização/apreensão de objeto e tentativa de homicídio. "As diligências prosseguem pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM)", diz a pasta.

O boletim de ocorrência, que o Estadão teve acesso, informa que os três policiais na operação chegaram a disparar 27 vezes contra os rapazes com fuzil. Um dos agentes teria disparado seis vezes, com um fuzil calibre 7.62; outro também efetuado seis disparos com outro fuzil calibre 7.62; e um terceiro militar disparado mais 15 vezes, com um fuzil calibre 5.56.

Conforme consta no B.O, os rapazes teriam usado uma pistola calibre .765 e um revólver calibre .38 e estavam a 20 metros de distância. Os policiais teriam atingido Guilherme três vezes - no abdômen, outro no joelho e um no tórax - e Luiz, na cabeça. No relato, os dois homens suspeitos teriam disparado 12 vezes contra os PMs.

Na versão da polícia, mesmo depois de serem atingidos, ambos continuaram atirando contra os agentes, que efetuaram novos disparos para neutralizá-los, desarmá-los e chamar o resgate. A dupla acabou morrendo no local.

Ouvidoria da PM pede apuração 'rigorosa' sobre o caso

A Ouvidoria da Polícia Militar lamentou o comportamento dos PMs e determinou a abertura de um procedimento para solicitar à Corregedoria da PM uma apuração rigorosa sobre o caso, informou o ouvidor Cláudio Silva ao Estadão.

"Nossa posição é por uma investigação rigorosa tanto das mortes decorrentes de intervenção policial ocorridas na quinta-feira, além de que também seja feita uma investigação sobre as razões da presença da PM no velório", diz Silva.

O corregedor afirma que foi informado de que a comunidade Jardim Vitória estava "tomada pela polícia em algo que muito parecia uma perseguição", e afirma que pretende ir a Bauru para visitar o comando local e ouvir os moradores da região.

"Fiz contato pessoalmente com o Comandante Geral, que me informou estar determinando apuração rigorosa. Foi quando pedi ao mesmo para que determinasse que a PM local colaborasse para a retomada da paz na comunidade. O Comandante disse que daria a ordem", disse Claudio Silva.

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