Acidente no Paraná: equipe de remo ganhou 7 medalhas em competição em SP

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A van que foi atingida por uma carreta na BR-376, em Guaratuba, no Paraná, na noite de domingo, 20, trazia para Pelotas, no Rio Grande do Sul, atletas medalhistas do remo. Eram adolescentes do Projeto Remar para o Futuro, que tinham acabado de participar do Campeonato Brasileiro Unificado, disputado na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Foram sete medalhas conquistadas na competição por equipes e o 6° lugar na classificação geral.

A colisão provocou a morte do treinador da equipe, do motorista da van e de sete atletas. Um jovem de 17 anos e o motorista da carreta tiveram ferimentos leves e foram encaminhados para o Hospital São José, em Joinville, em Santa Catarina. O motorista de um terceiro veículo envolvido no acidente não ficou ferido.

O projeto Remar Para o Futuro é uma parceria entre prefeitura de Pelotas, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Clube Centro Português 1º de Dezembro, criado em 2015.

Ainda no domingo, uma publicação feita por meio da academia de remo Tissot destacou a participação dos atletas na competição, com medalhas conquistadas, assim como uma mensagem de agradecimento a todos que participaram desta jornada.

"Um cenário de incertezas com uma única convicção: nossos jovens estavam prontos para esse grande desafio. A gratidão é imensa a todos que fazem parte da nossa família e contribuem nesse processo duro, que não mede esforços para vencer as adversidades para fazer esporte de base no nosso projeto."

A publicação também destacou o desempenho dos jovens e agradeceu as parcerias na competição por equipes. "Agradeço a todos os clubes que fizeram parceria em barcos mistos e acreditando em barcos que sequer treinaram juntos. Deu certo", disse a publicação da equipe, ao citar as sete medalhas conquistadas na competição por equipes.

Single Skiff U23 Feminino - Helen Belony - bronze;

Quatro Sem Feminino U19 - Nicole da Cruz e Angel Vidal (CP), Isabele (GNU) e Helena (América) - prata;

Four Skiff U19 Masculino - Henri Fontoura; João Kerchiner; João Milgarejo e Samuel Lopes - ouro;

Quatro Sem U23 Feminino - Angel Vidal; Nicole da Cruz; Helen Belony e Evelen Cardoso - bronze;

Oito Com Masculino U19 - Henri Fontoura e Vitor Fernandes + Equipe U19 do Corinthians - prata;

Four Skiff U19 Feminino - Angel Vidal e Nicole da Cruz CP); Júlia e Ana Clara (C.R Riachuelo) - prata;

Four Skiff Feminino U23 - Helen Belony Centeno + Evelen Cardoso (GNU), Vitória Thalita e Isabela (Botafogo) - ouro.

"Mais de 30 clubes de todos Brasil participaram da competição mais importante da temporada, e mesmo com uma das menores equipes, oito atletas, conquistamos o 6° lugar na classificação geral", disse ainda a equipe.

Por meio das redes sociais, o Clube Centro Português 1º de Dezembro também se manifestou sobre a perda dos atletas. "Manifestamos nossas condolências às famílias e amigos por essa inestimável perda. O legado, as conquistas e o comprometimento deles continuarão vivos em nossas memórias", disse. O clube cita também o treinador Oguener Tissot.

O acidente

O acidente envolvendo três veículos deixou nove mortos e dois feridos A colisão, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Paraná, foi registrada por volta das 21h40, no sentido sul, no km 665. As vítimas tinham entre 15 e 52 anos.

Conforme a PRF, a carreta, dirigida por um homem de 30 anos, que se feriu levemente, teria perdido os freios, colidindo na traseira da van. O veículo foi projetado para a frente, batendo na traseira do automóvel conduzido por um homem, que estava sozinho e não se feriu.

Em seguida, no entanto, a van rodou e a carreta a arrastou para fora da pista, tombando.

O veículo de passeio estava com um ocupante, que não se feriu. Na van, eram dez pessoas (só um adolescente de 17 anos sobreviveu). Na carreta, estava apenas o motorista, que teve ferimentos leves.

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Airyn De Niro, filha do ator Robert De Niro e da atriz Toukie Smith, decidiu contar sua própria história como mulher trans negra. Aos 29 anos, ela falou à revista Them sobre sua experiência com a transição de gênero, os desafios da autoaceitação e a escolha por trilhar uma trajetória profissional independente.

Durante a conversa, Airyn relatou que sua primeira ida a um salão especializado em cabelos afros marcou um momento importante de transformação. Inspirada pelo visual da atriz Halle Bailey em A Pequena Sereia, ela deixou o local com dreadlocks rosa e, pela primeira vez, sentiu-se confortável com o que via no espelho. "Foi como se tudo se encaixasse", disse. "Senti que era isso que eu deveria estar fazendo."

Dias depois, fotos suas ao lado do pai chamaram atenção da imprensa internacional, que noticiou sua aparência de forma sensacionalista, segundo ela, muitas vezes com informações incorretas ou sem citá-la diretamente. "Há uma diferença entre estar visível e ser vista. Eu estive visível, mas nunca senti que fui realmente vista", desabafou.

Airyn decidiu iniciar o uso de hormônios em novembro de 2024 como parte do processo de transição. "Sempre fui muito feminina, mesmo antes de saber exatamente o que isso significava", contou.

Com o tempo, começou a pensar em como manter essa feminilidade ao envelhecer. "Quem quer ser um homem velho?", questionou. Ela também revelou que, ao ver outras mulheres trans sendo abertas sobre suas experiências, passou a imaginar que talvez não fosse tarde para ela - se referindo a si mesma como uma "late bloomer" (alguém que floresce mais tarde).

Filha de pais famosos, mas criada longe dos holofotes, ela contou ter enfrentado exclusão na adolescência por ser uma jovem negra, fora dos padrões de beleza e com expressão de gênero que fugia ao esperado. "Sempre me diziam que eu era demais ou de menos em alguma coisa: grande demais, pouco magra, pouco negra, pouco branca, muito feminina ou pouco masculina", relembrou. Mesmo com o apoio da família em manter sua vida privada, afirmou ter vivenciado isolamento entre colegas de escola e dificuldade em se reconhecer nas representações midiáticas.

Ela destacou que a transição também a aproximou de referências femininas negras que sempre admirou, como Laverne Cox, Marsha P. Johnson e Michaela Jaé Rodriguez. "A transição também me aproximou da minha negritude. Me sinto mais próxima dessas mulheres quando abraço essa nova identidade", afirmou ela, que diz também se inspirar na própria mãe.

No campo profissional, Airyn tenta construir sua carreira por conta própria, apostando em testes para voz original de videogames e audições para séries, como Euphoria. "Quero que pessoas negras, LGBT+ e de corpos maiores tenham suas próprias referências. Sempre quis modelar, como minha mãe. Estar em uma capa de revista ao lado dela seria um sonho", disse.

Atualmente, ela estuda para se tornar conselheira em saúde mental e deseja oferecer apoio a jovens em situação de vulnerabilidade. "Pessoas negras e LGBT+ precisam de mais acolhimento e acesso a profissionais que entendam suas vivências", afirmou. "É muito benéfico trabalhar com alguém que compartilhe parte da sua experiência."

Ao final da entrevista, ao ser questionada sobre o que gostaria que o público enxergasse nela, Airyn foi direta: "Alguém que está tentando se curar de não ter se sentido bem consigo mesma por muito tempo. E, nesse processo, buscando ajudar outras pessoas a também se sentirem melhor com quem são."

Wagner Moura participou do podcast Dinner's On Me, apresentado por Jesse Tyler Ferguson, o Mitchell de Modern Family, divulgado na última terça-feira, 29.

No episódio, o ator fala sobre a entrada de última hora em Ladrões de Drogas, série da AppleTV+ dirigida por Ridley Scott, relembra o início do relacionamento com a mulher, Sandra Delgado, e comenta sua relação com novelas brasileiras: "Eu amo novelas. Cresci assistindo".

Como Wagner Moura entrou para o elenco de 'Ladrões de Drogas'

Moura contou que foi chamado às pressas para substituir outro ator na série. "Me ligaram na sexta-feira para embarcar no sábado, experimentar o figurino no domingo e gravar na segunda", disse. "Falei: 'Sou um ator sério, gosto de me preparar'. Mas também pensei: talvez isso vá me sacudir de um jeito novo. Fui."

Ele gravou as primeiras cenas praticamente sem conhecer o personagem. "Estava ali escutando o Brian e respondendo, tentando entender o personagem enquanto a câmera rodava. Ridley Scott grava com seis câmeras ao mesmo tempo. Foi mais rápido que novela."

Além de destacar a intensidade do processo, Moura também mencionou como as novelas brasileiras influenciaram sua formação como ator. "Eu amo novelas. Cresci assistindo", afirmou.

Na série, Wagner vive um personagem que se passa por agente da DEA para realizar assaltos com o parceiro, interpretado por Brian Tyree Henry. "Ele é um cara que passa a série inteira tentando sair desse ciclo de violência. Mas, para isso, ele precisa se separar do Ray, que é o personagem do Brian, o amor da vida dele."

Segundo o ator, a série evita estereótipos e aposta em uma abordagem mais sensível. "São dois homens, um latino e um negro. Quando você se aproxima dos personagens, vê que são o oposto do clichê. São pessoas muito vulneráveis, que não querem estar ali."

"Se o sistema não fosse tão brutal, essas pessoas poderiam ter uma vida completamente diferente. Isso me interessou. Os personagens são interessantes, não são aquele clichê de testosterona. Tem muita ternura."

Vida pessoal e volta ao teatro

Na conversa, o ator relembrou como conheceu a mulher, Sandra Delgado. "A gente se conheceu no Carnaval de Salvador. No dia seguinte, ela já estava dormindo lá em casa. Três meses depois, a gente já morava junto."

Eles estão juntos há mais de 20 anos e têm três filhos. "Acho que sou um pai muito melhor agora do que quando tinha 30 anos. Muito melhor", disse.

Além dos projetos para TV, o ator contou que voltará ao teatro com uma adaptação de Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen. "Não é exatamente a peça, mas uma adaptação. Vamos começar no Brasil e depois levar para a Europa - Avignon, Edimburgo, esses festivais."

"Estou muito animado, mas também apavorado", disse, lembrando que sua última peça foi Hamlet, em 2009. "O teatro exige outra escuta. Preciso disso agora."

Míriam Leitão foi eleita imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quarta-feira, 30. A jornalista e escritora de 72 anos ocupará a cadeira 7, que pertenceu ao cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.

A eleição aconteceu na sede da ABL no Rio de Janeiro, com urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-RJ. Míriam venceu com 20 votos, superando o economista, ex-senador e ministro Cristovam Buarque, que recebeu 14 votos. No total, 16 nomes estavam inscritos na disputa, incluindo Tom Farias, Rodrigo Cabrera Gonzales e Edir Meirelles.