Claude AI: inteligência artificial consegue controlar computador e 'trabalhar por você'

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A Anthropic, startup de inteligência artificial (IA) apoiada pela Amazon e Google, anunciou uma nova funcionalidade para seu modelo de linguagem, Claude, que permite que a IA controle o computador do usuário, executando tarefas como mover o cursor do mouse, clicar em botões e digitar texto. Essa funcionalidade, chamada de "uso do computador", está disponível em versão beta para desenvolvedores.

A empresa descreve essa nova fase como "uma abordagem completamente diferente para o desenvolvimento de IA". Anteriormente, os desenvolvedores de LLMs (Large Language Models) adaptavam as ferramentas ao modelo, criando ambientes personalizados onde as IAs usavam ferramentas especialmente projetadas para concluir várias tarefas.

Agora, com a ferramenta, o modelo se adapta às ferramentas, permitindo que a Claude utilize softwares e aplicativos já existentes, "como uma pessoa faria". O anúncio ocorre pouco tempo depois da Microsoft lançar o Copilot Studio, uma ferramenta que permite que empresas criem seus próprios agentes de IA autônomos.

Segundo a companhia, com o "uso do computador", a inteligência artificial pode realizar uma variedade de tarefas. A ferramenta possui a capacidade de preencher formulários automaticamente, extraindo dados de planilhas e outras fontes, planejar roteiros de viagem, reservando hotéis, voos e agendando atividades, e construir sites simples, com design básico e conteúdo gerado pela IA. Também pode codificar e executar programas, demonstrando capacidade de programação autônoma, e navegar na internet, acessando sites e buscando informações relevantes.

A Anthropic divulgou demonstrações do Claude utilizando o computador para realizar algumas tarefas. Em um exemplo, a IA preenche um formulário com dados de uma planilha, enquanto em outro, ela planeja e agenda um passeio turístico em São Francisco, incluindo a reserva de hotel e a compra de passagens aéreas. A IA também foi capaz de construir um site simples para se autopromover.

Impacto no mercado de trabalho

A capacidade da IA de automatizar tarefas e realizar trabalhos complexos tem gerado preocupações sobre o futuro do mercado de trabalho. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que os empregos mais ameaçados pela automação impulsionada pela IA são justamente aqueles que exigem alta qualificação. Segundo o relatório Inteligência Artificial e Empregos, divulgado no ano passado, 27% dos empregos dos países da organização são de profissões com alto risco de automatização pela inteligência artificial.

Em entrevista ao The Guardian Andrew Rogoyski, diretor do Instituto de IA Centrada nas Pessoas da Universidade de Surrey, disse acreditar que a indústria de tecnologia está prestes a permitir o uso em larga escala de agentes de IA autônomos. "Por um lado pode haver uma oportunidade para os usuários aprenderem a fazer as coisas de forma mais eficiente e automatizar tarefas repetitivas. Em outro, podemos estar ensinando futuros IAs a fazer nossos trabalhos."

A evolução da IA

A Anthropic reconhece que a capacidade do Claude de controlar o computador ainda é experimental e pode apresentar erros. A empresa está liberando o recurso em fase beta para obter feedback de desenvolvedores e espera que a funcionalidade melhore rapidamente com o tempo.

A companhia também aborda as questões de privacidade e segurança relacionadas ao "uso do computador". e afirma estar desenvolvendo classificadores que podem identificar quando o recurso está sendo usado e se há algum dano ocorrendo.

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Uma pintura de Mark Rothko avaliada em US$ 56 milhões (R$ 318 milhões na cotação atual) foi danificada após uma criança "riscá-la" durante uma visita a um museu na Holanda.

O caso aconteceu na semana passada. O quadro era exibido como peça de destaque no Museu Boijmans Vans Beuningen, em Roterdã.

À BBC, um porta-voz do museu descreveu o dano como superficial. "Pequenos arranhões são visíveis na camada de tinta sem verniz na parte inferior da pintura", explicou.

"Foram requisitados especialistas em conservação na Holanda e no exterior. Atualmente, estamos pesquisando os próximos passos para o tratamento da pintura", completou.

A gerente de conservação da Fine Art Restoration Company, Sophie McAloone, disse ao veículo que pinturas modernas sem verniz, como a de Rothko são "particularmente suscetíveis a danos" por causa da "combinação de materiais modernos e complexos, da ausência de uma camada de revestimento tradicional e da intensidade dos campos de cores planas, que tornam até as menores áreas de danos instantaneamente perceptíveis."

"Nesse caso, arranhar as camadas superiores de tinta pode ter um impacto significativo na experiência de visualização da peça", concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Manoel Carlos, de 92 anos, reapareceu nas redes sociais nesta terça-feira, 29, em uma foto publicada pela filha, a atriz e empresária Júlia Almeida.

A imagem, que mostra pai e filha no apartamento onde vivem no Rio de Janeiro, marca a primeira aparição pública do autor desde que enfrentou uma piora no estado de saúde.

Conhecido por novelas como Laços de Família, Por Amor e Mulheres Apaixonadas, Manoel Carlos sofre de Parkinson e passou por uma cirurgia em dezembro.

Desde então, mantém uma rotina mais reservada. Em janeiro, Júlia negou rumores de que o pai estaria isolado e afirmou que o recolhimento foi uma escolha dele próprio.

"Ele é uma pessoa discreta, que pediu para ficar mais recluso. Está bem cuidado, com equipe médica e ao lado da minha mãe, como ele escolheu estar", declarou na ocasião.

Na legenda da publicação mais recente, Júlia compartilhou uma reflexão sobre pausas, simplicidade e criação com propósito. Sem mencionar diretamente o estado de saúde do pai, ela escreveu: "Pausar não é se afastar. É voltar pro corpo, pro que é simples, pro que já está aqui".

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O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou nesta quarta-feira, 30, uma seleção de artistas que vão se apresentar na 8ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial. A iniciativa tem o propósito celebrar pessoas negras e indígenas, empresas e iniciativas que se destacam na luta pela igualdade racial no País.

João Gomes, Sandra de Sá, Belo, Gaby Amarantos e Djonga se unem a JotaPê, Majur e Os Garotin e vão se apresentar durante a cerimônia, que será realizada no próximo dia 7 de maio, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Os melhores momentos serão transmitidos na Globo no dia 25, após o Fantástico.

Completam o line-up Altayr Veloso, cantor e compositor carioca; Dom Filó, DJ, produtor cultural e ativista do Movimento Negro; Maria Preta, rapper e poeta; Zaynara, cantora e compositora paraense; Kena Maburo, artista indígena, e Ilê Aieyê, primeiro bloco afro do Brasil, além das finalistas Djuena Tikuna e Kaê Guajajara, artistas e ativistas indígenas

"Nesta edição, reunimos artistas que representam a alma da música brasileira e que, com sua arte, reforçam a urgência da igualdade racial. Cada show é uma manifestação de afeto, ancestralidade e resistência", afirma o diretor Tom Mendes.

Além de premiar os destaques nos três segmentos principais, cultura, educação e empregabilidade, o prêmio neste ano também promete levantar questões relativas à mudança climática e a pautas de gênero, e buscar diálogos direcionados às regiões Norte e Nordeste do País.