Técnico de enfermagem com HIV suspeito de estuprar pacientes no PR é preso

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Um técnico de enfermagem vinculado à Secretaria Municipal de Curitiba foi preso nesta terça-feira, 29, sob a suspeita de abusar sexualmente de pelo menos quatro pacientes internados. Ele tem 25 anos, vive com HIV desde 2019 e filmava os crimes.

O servidor não teve a identidade revelada, o que impediu que a reportagem tivesse contato com a defesa dele.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba informou, por meio de nota, que demitiu o funcionário e está colaborando com as investigações. Também em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná repudiou os crimes e disse que se trata de um "caso isolado".

De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o servidor cometeu os estupros em hospitais que trabalhava em Curitiba. As investigações tiveram início após uma pessoa com quem ele tinha um relacionamento encontrar vídeos dos abusos no celular dele.

As gravações foram feitas pelo próprio suspeito em duas unidades de saúde da capital paranaense. Nos últimos tempos, ele atuava no plantão noturno de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Em uma das filmagens, à qual o Estadão teve acesso, o técnico aparece posicionando o próprio celular próximo a uma maca e indo em direção ao paciente. Em seguida, ele abusa sexualmente da vítima, que parece estar desacordada.

"Com base nesses arquivos, fizemos um levantamento que possibilitou qualificar esse suspeito e suas vítimas. Ao todo, identificamos vídeos de quatro pacientes diferentes", disse o delegado Tiago Dantas. Segundo o delegado, o servidor abusava geralmente de pacientes homens.

O suspeito foi preso durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e uma ordem de busca e apreensão na casa dele. A Polícia Civil relatou ter apreendido medicações como fentanil, quetamina e morfina que o técnico havia furtado dos locais em que trabalhava. Ele também foi autuado em flagrante por furto, segundo a delegada Aline Manzatto.

O celular do técnico também foi apreendido e "será encaminhado à perícia a fim de verificar a existência de outros registros dos crimes praticados", informou a Polícia Civil nesta quarta-feira, 30.

O servidor também deverá responder pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave devido ao diagnóstico de HIV. "O homem foi encaminhado ao sistema penitenciário. As investigações prosseguem a fim de apurar os fatos por completo", acrescentou a Polícia Civil.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) disse, em nota, que repudia qualquer ato que viole os direitos dos cidadãos, seja dentro ou fora de uma unidade de atendimento de saúde. "A Sesa ressalta que a denúncia trata-se de um fato isolado, que será investigado pela polícia, e que casos como esse não refletem o reconhecido e importante trabalho desempenhado pelas equipes de enfermagem de Curitiba e dos demais municípios paranaenses", alegou o órgão.

Já a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba informou que irá procurar o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) para comunicar a conduta do técnico. O funcionário foi admitido por processo seletivo público em 24 de novembro de 2023.

"Não havia registro de denúncias anteriores ou qualquer informação em seu histórico até este momento. A Prefeitura de Curitiba reafirma o compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos e, neste contexto, aguarda que a polícia identifique as vítimas, para que sejam tomadas as medidas necessárias de saúde. Neste mesmo sentido, analisa se haverá necessidade de mudanças em processos de trabalho para evitar a ação de criminosos."

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Prelúdio dos filmes de Denis Villeneuve e baseada nos livros de Frank Herbert, Duna: A Profecia estreia neste domingo, 17, no canal pago HBO, trazendo uma nova perspectiva para a história da franquia.

A série se passa milhares de anos antes dos longas estrelados por Timothée Chalamet e Zendaya, mostrando a solidificação de um importante grupo político do império galáctico.

Em Duna, uma guerra entre humanos e máquinas de raciocínio independente resultou no banimento de todos os computadores de inteligência artificial pela galáxia. Embora a tecnologia ainda exista, ela é quase toda analógica. Além disso, diferentes tipos de cálculo agora são feitos por humanos treinados como os mentat, computadores humanos capazes de raciocinar operações e prever cenários complicados em questão de segundos.

O comando desse cenário fica a cargo do Imperium, governo formado após a derrota das máquinas. Monarquista e hereditário, esse sistema também se divide em grandes casas nobres, cujos líderes têm diferentes graus de influência.

Os eventos de Duna: A Profecia acontecem cerca de 10 mil anos antes da história de Duna - Parte Um (2021) e poucos anos depois da guerra entre humanos e máquinas, com um Imperium ainda jovem, cujas estruturas ainda estão se estabelecendo. A série retrata a ascensão das Bene Gesserit como uma força influente no império e suas tramas para controlar o futuro da humanidade.

A série, que tem produção executiva de Villeneuve, mostrará a influência milenar das Bene Gesserit sobre o Imperium e como a irmandade foi capaz de moldar os eventos dos livros e filmes por meio de casamentos, negócios e seus poderes místicos e sua capacidade de presciência passados de mestre para aluna por gerações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sequência do longa de 2000, O Auto da Compadecida 2 ganhou um novo pôster estampado por Rosinha, personagem de Virginia Cavendish. A imagem, postada nas redes sociais do filme, mostra a personagem, par romântico de Chicó (Selton Mello), retornando a Taperoá.

"Empoderada, Rosinha retornará ao interior da Paraíba dirigindo um caminhão", diz a legenda da foto. Confira aqui.

Cavendish é apenas um dos retornos de O Auto da Compadecida 2. Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Enrique Diaz também voltam como João Grilo, Chicó e Joaquim Brejeiro, respectivamente. Taís Araújo dará vida à Nossa Senhora, substituindo Fernanda Montenegro.

O Auto da Compadecida 2 estreia nos cinemas em 25 de dezembro.

O cantor e compositor Nando Reis comentou em entrevista como o uso de álcool e outras drogas impactou seu processo artístico ao longo dos anos. "O uso de drogas ou a alteração da consciência também quebra algum tipo de rigidez, do ponto de vista da expressão, que pode ser tanto benéfico quanto desastroso", disse o músico ao site Breeza.

Em recuperação há oito anos, o artista de 61 anos está lançando o álbum Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo, o primeiro que produziu totalmente sóbrio. Em 2023, em um depoimento para a revista Piauí, o cantor revelou seus problemas com o uso abusivo de álcool e cocaína.

"Quando eu digo que é o primeiro disco que eu gravei sóbrio, não estou falando sobre criação. Eu tô falando sobre mudança de hábito, de cuidado e de interrupção de uma rota. Porque, no caso, eu sou alcoólatra, sou dependente químico e essa adicção, como qualquer adicção interferiu muito na minha vida", disse o artista que também contou que o uso das drogas nunca foi determinante para a qualidade da sua produção.

"Eu nunca publiquei nada antes de ter um crivo, um crítico, que eu só consigo ter, e isso foi idêntico a vida inteira, lúcido, sóbrio, então, essa mudança, ou melhor, o período da minha adicção e o comprometimento que a minha adicção teve nas minhas relações pessoais, familiares e profissionais afetou muito uma coisa que estava relacionado ao meu trabalho e a perda de senso crítico nas apresentações, e isso eu acho horrível", continuou o ex-Titãs.

"O estado de embriaguez, de alteração, inviabiliza uma etapa do trabalho muito importante, que chama-se mixagem, no qual eu sempre fui relapso. Na mixagem, há decisões artísticas importantíssimas a serem tomadas, que exigem o mesmo rigor e senso crítico. Só a lucidez é capaz de produzir bons resultados", conta o artista. "Esse disco não teve realmente nenhuma influência (das drogas) nem na composição nem na mixagem", pontua.

Na entrevista, o cantor também foi questionado sobre falas antigas em que dizia "que a sua facilidade em criar o seu mundo interno tinha muito a ver com a relação com as drogas". A isso, o artista disse querer refazer sua frase.

"Acho que o mundo onírico ou fantasioso da criação, que é uma transcendência de um pensamento muito objetivo e onde você dissolve a concretude das coisas e dá a elas múltiplos significados, é uma característica minha que associo muito com a minha infância", respondeu.

Na conversa publicada no jornalístico, o compositor também falou sobre como ele reagiu à relação dos filhos do casal, Theodoro, Sophia, Sebastião, Zoe e Ismael, com as drogas. "Nunca conversei muito. Sempre soube que todo mundo fuma maconha, quase faz parte do ritual da vida das pessoas. Eu e Vânia, a gente sempre observou o quanto isso tinha um componente temerário, nunca incentivei. Eu acho que era importante, do ponto de vista da educação", disse. "Quando observei em alguns deles, em determinado momento, um uso excessivo, que me parecia criar um torpor, me incomodava. E eu, como tinha já, mesmo sem reconhecer, noção das minhas questões com a adicção, sempre olhei do ponto de vista de alerta", explicou.

"Nunca fui um apologista, e ao mesmo tempo o que eu tinha e percebia em mim era uma patologia, uma doença, eu sabia que o uso, para mim, fazia mal, e eu não conseguia me controlar, e olhava para eles sempre com preocupação. E, mais tarde, com eles mais adultos, sempre conversei: 'olha, você tem que tomar cuidado, porque eu tenho dependência e isso é horrível, é um sofrimento'. E se você tem, não é bom, você perde o poder de decisão e a sua vida entra num rodamoinho. E, ao mesmo tempo, meus filhos sempre me viram sofreram com isso", contou.