Vacina injetável substitui a 'gotinha' contra pólio em todo o País

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A partir do dia 4 de novembro, o Brasil implementará uma mudança importante em sua estratégia de combate à poliomielite, substituindo as doses de reforço com a vacina oral poliomielite (VOP) - a famosa "gotinha" - pela vacina inativada poliomielite (VIP), administrada por injeção.

De acordo com o Ministério da Saúde, a alteração está alinhada com uma tendência mundial de utilização da VIP, composta por partículas do vírus, em detrimento da versão oral, produzida com o vírus atenuado.

Segundo o médico infectologista Fernando Chagas, um dos benefícios da substituição é que mais pessoas podem receber a vacina injetável. Por ser um imunizante que não utiliza o vírus vivo atenuado, mesmo indivíduos com imunodeficiência podem ser vacinados.

Outra questão importante para a troca do tipo de vacinação é a transmissão ambiental, afirma Silvia Nunes Szente Fonseca, médica pediatra e infectologista. Por se tratar de um produto oral, uma parcela do vírus atenuado presente na VOP é eliminada nas fezes das crianças vacinadas, disseminando o chamado "vírus vacinal da poliomielite".

No passado, essa eliminação pelas fezes foi importante por colocar a população em contato com o vírus enfraquecido em locais onde não havia saneamento básico, incentivando a produção de anticorpos nesses indivíduos. O problema é que, em casos raros, pode haver mutação do vírus no ambiente, desencadeando a doença. "A vacina injetável, em que o vírus é inativado, elimina o risco de mutação do vírus no ambiente", diz Silvia.

Outro aspecto positivo é a simplificação do esquema vacinal. Com a mudança, todas as doses da vacina serão injetáveis. As três primeiras doses, que já eram da VIP, continuam sejam dadas aos 2, 4 e 6 meses de idade e, aos 15 meses, as crianças receberão uma dose de reforço, agora injetável, no lugar da gotinha.

A segunda dose de reforço, que anteriormente era administrada de forma oral aos 4 anos, não será mais necessária. "A vacina foi potencializada, então a vacina por injeção não necessita de segunda dose de reforço", diz Chagas.

Papel histórico do Zé Gotinha

De acordo com o ministério, entre 1968 e 1980, o Brasil registrou 25.183 casos confirmados de poliomielite, também chamada de paralisia infantil. Em 1980, o País iniciou a vacinação em massa da população e, em 1989, foi registrado o último caso da doença em território nacional. Em 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Brasil livre da pólio.

Grande parte do sucesso das campanhas de vacinação ao longo das décadas pode ser atribuída à presença carismática do Zé Gotinha. Criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa, o personagem tem um papel importante no imaginário do País. "Quando vemos a fantasia, já sabemos que ali tem vacina, ali as pessoas estão consumindo saúde, ali está existindo uma estratégia de proteção coletiva", afirma Chagas.

Mesmo com a mudança para a vacina injetável, o ministério informa que a figura do Zé Gotinha continuará sendo símbolo de campanhas de imunização.

Taxa de imunização

Após um período de queda nas taxas de imunização no País, a situação atual apresenta sinais de recuperação.

Em 2023, a cobertura vacinal contra poliomielite atingiu 86,55%, superando os 77,20% registrados em 2022. Ainda assim, ficou longe da meta - 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos.

"Quanto mais pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus", reforça Chagas, lembrando que a vacinação é crucial para o desenvolvimento da imunidade, o controle e a eliminação de doenças.

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O mês de agosto ficará mais doce com a estreia da 11.ª temporada de Bake Off Brasil: Mão na Massa. O reality show culinário, que há mais de uma década busca democratizar e popularizar o universo da confeitaria no País, retorna ao SBT no dia 9 (com novos episódios sempre aos sábados, 20h45). Na HBO Max e Discovery Home & Health, o programa estreia dia 15, às 20h50.

Comandado novamente por Nadja Haddad e avaliado pelos chefs Beca Milano e Giuseppe Gerundino, que retornam após ficarem fora por uma temporada, o programa reúne 18 confeiteiros amadores de diversas regiões do Brasil em busca do título de melhor do Brasil. O trio reassume o comando depois de a décima temporada ter sido apresentada por Fabiana Karla, com os chefs André Mifano e Carole Crema no júri. Mas desta vez, segundo os próprios jurados, a competição promete ser ainda mais acirrada.

"O nível deles é muito igual, então ainda não tem aquele destaque ou alguém de quem se possa dizer 'nossa, essa pessoa vai ganhar'. Ainda não tem nada definido", revela Beca Milano, chef-confeiteira que participa do programa desde a terceira temporada, durante a visita do Paladar ao set. "Isso está sendo muito bacana, eu acho que é um sabor a mais."

Novidades

A tradicional tenda do reality ganhou novos elementos para esta temporada. Além da renovação na decoração e do bosque que cerca o ambiente, os participantes agora contam com uma horta dentro do espaço de gravação, onde podem colher ingredientes como ervas, hortelã e laranja para incorporar às receitas.

"Eu falo que essa tenda é mágica", afirma Beca. "É um astral diferente, todo mundo querendo dar o seu melhor e realizando um sonho também."

Para Giuseppe Gerundino, chef italiano que integra o júri desde a oitava temporada, a evolução dos programas gastronômicos no País representa uma verdadeira "revolução social". "Desde que cheguei ao Brasil, há 22 anos, a preocupação com o que se come, com a qualidade do ingrediente, como melhor cozinhá-lo, só aumentou. É maravilhoso", diz o c hef, que mantém há 20 anos a Academia Gastronômica, sua escola de culinária.

Diferentemente de outros reality shows culinários, o Bake Off Brasil busca manter um ambiente de "competição respeitosa", algo que Giuseppe Gerundino faz questão de destacar. "Eu não gosto de competição que tenha necessariamente de ser agressiva. Em todos os lugares em que eu trabalhei bem, a harmonia reinava."

Amizade

Para Nadja Haddad, que ficou afastada da décima temporada - quando foi substituída por Fabiana Karla -, o retorno ao lado de Beca Milano e Giuseppe Gerundino representa muito mais que um simples trabalho. "Nós três somos amigos na vida fora das câmeras, o que ajuda muito a nossa conexão, o nosso entrosamento", diz. "Aqui para mim não é trabalho, aqui para mim é missão de vida. É cuidar das pessoas, é alimentar sonhos, é transformar a vida do outro."

A apresentadora acredita que o sucesso do programa vai além das técnicas de confeitaria - no final, é mais sobre os participantes em si. "O Bake Off não é só um programa para quem gosta de confeitaria. É para quem torce pelas pessoas, é para quem sonha junto", analisa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pela primeira vez, o cantor Gilberto Gil deu uma entrevista sobre a morte da filha, a cantora Preta Gil. Nesta terça, 5, o Fantástico divulgou trechos da conversa, que vai ao ar no programa dominical no próximo domingo, 10.

Na sala de seu apartamento no Rio, Gil relembrou a personalidade da cantora. "Preta era talvez a mais espevitada de todos os filhos. Ela era muito solta, com o exercício da bondade em todas as instâncias possíveis, muito solidária. Pretinha era uma menina incrível", disse.

O cantor ainda detalhou os últimos momentos de Preta, que morreu em Nova York enquanto realizava um tratamento experimental contra o câncer colorretal nos EUA. "Essa luta da Preta pela vida não só nos comovia como nos chamava para a responsabilidade. Os tempos nos Estados Unidos foram para cercá-la do maior conforto possível. Ela ir para lá continuar a luta pela vida era uma coisa que nos pertencia", afirmou.

Preta morreu no dia 20 de julho, vítima de câncer, aos 50 anos. O velório da cantora foi aberto ao público, no Theatro Municipal do Rio, e reuniu familiares, amigos e fãs.

O Agente Secreto, novo longa do diretor Kleber Mendonça Filho, será o filme de abertura da 58ª edição do Festival de Brasília.

O evento, que celebra o aniversário de 60 anos da mostra, ocorre na capital federal entre os dias 12 e 20 de setembro.

A sessão de abertura contará com a presença do cineasta pernambucano, da atriz Maria Fernanda Cândido e da produtora Emilie Lesclaux.

A produção conta a história de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que foge para o Recife durante a ditadura militar para se reconectar com o filho. Uma vez lá, ele percebe que a cidade está longe de lhe proporcionar a paz que ele esperava.

O filme, que estreia no circuito comercial brasileiro no dia 6 de novembro, venceu o prêmio de Melhor Ator e Melhor Diretor no Festival de Cannes.

Após o sucesso no festival francês, O Agente Secreto teve seus direitos de distribuição nos Estados Unidos adquiridos pela Neon, selo responsável por Anora, vencedor em cinco categorias do Oscar em 2025.

Agora, o longa está sendo cotado pela imprensa norte-americana para o Oscar de 2026. Em especial, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator.