PM de folga morre baleado em tentativa de assalto na zona oeste de SP

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Um policial militar de folga morreu baleado na madrugada desta sexta-feira, 1º, em tentativa de assalto na Avenida Presidente Castelo Branco, na zona oeste de São Paulo. Ele teria sido abordado por ao menos dois bandidos, que tentaram levar sua moto. Nesta semana, ao menos outros dois agentes de segurança pública (um PM e policial penal) também foram baleados na capital paulista.

Como mostrou o Estadão, a cidade de São Paulo registrou uma nova alta de latrocínios, como são chamados os roubos seguidos de morte, em setembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Homicídios também apresentaram piora na capital. Por outro lado, os casos de estupros, roubos e furtos caíram.

A secretaria afirma que se mantém atenta à variação dos índices criminais e atua para combater todas as modalidades criminosas, especialmente os homicídios e latrocínios. "Esse acompanhamento permite desenvolver políticas públicas de enfrentamento aos crimes contra a vida, além de embasar o policiamento nas ruas para que ações preventivas e ostensivas sejam intensificadas em locais de maior incidência criminal", diz a pasta (mais abaixo).

Conforme informações preliminares, o PM que morreu nesta sexta andava de moto ao lado de outro colega, também policial, quando ambos foram abordados por dois criminosos. Eles, então, teriam entrado em confronto com a dupla e um dos policiais foi atingido por disparos de arma de fogo.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que o policial militar chegou a ser socorrido e levado ao Pronto-Socorro São Camilo, mas não resistiu aos ferimentos. A pasta lamentou a morte do agente e disse ainda que o caso de latrocínio está em elaboração no 91° Distrito Policial (Ceagesp). A identidade e a idade do agente não foram divulgadas pela secretaria.

Policial é baleado em tentativa de assalto na zona sul

Também nesta sexta, um outro policial militar de folga foi baleado, desta vez em ocorrência na Rua Jean de la Huerta, na zona sul. De acordo com a secretaria, ele estava em seu veículo quando foi abordada por ao menos dois criminosos, que anunciaram o roubo.

O policial tentou intervir, mas foi baleado no peito, no braço e nas costas. Ele foi socorrido ao Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, na zona oeste.

Dois suspeitos foram presos em flagrante ainda durante a manhã. A pasta afirmou que testemunhas contiveram os suspeitos até a chegada da polícia, que os conduziu ao 26º Distrito Policial (Sacomã). O registro ainda está em andamento, segundo a secretaria.

Começo da semana foi marcado por outro caso

A Polícia Civil também investiga uma tentativa de latrocínio que aconteceu na manhã da última segunda-feira, 28, na Avenida Paulo Guilguer Reimberg, na zona sul da cidade. De acordo com a secretaria, um policial penal de 41 anos estava em sua motocicleta quando foi abordado por assaltantes armados, que dispararam contra ele e fugiram levando a arma e o veículo da vítima.

O policial foi socorrido ao Hospital de Parelheiros, também na zona sul. Informações obtidas pelo Estadão indicam que as investigações identificaram um dos suspeitos e a motocicleta foi recuperada. As buscas por outros possíveis envolvidos seguem em andamento.

De acordo com informações do portal Uol, o agente baleado neste caso atua na Penitenciária de Parelheiros, onde um possível "salve" (orientação da alta cúpula a faccionados) do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi encontrado no mês passado. O bilhete, escrito a mão, listava insatisfações sobre as condições das prisões e orientava que líderes da facção em presídios paulistas indicassem nome e endereço de dois policiais penais de cada unidade, possivelmente para retaliação. A veracidade do salve não foi atestada pelas autoridades.

Latrocínios estão em alta na capital paulista

Os latrocínios estão em alta na capital paulista, em especial com a ocorrência casos envolvendo roubo a moto, como vem mostrando o Estadão. O mês de setembro, por exemplo, ficou marcado pela morte do delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, baleado no peito durante uma tentativa de assalto na Rua Caio Graco, na Vila Romana, zona oeste. Ele caminhava com a esposa, também delegada, quando foi abordado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o caso foi investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que relatou o inquérito policial à Justiça após a prisão de três suspeitos de envolvimento no crime, incluindo o autor dos disparos.

Os chamados crimes patrimoniais, por outro lado, estão em queda na cidade. Foram 8.466 notificações de roubo em setembro deste ano, diminuição de 17,3% em relação aos 10.236 casos contabilizados no período anterior. Os furtos caíram 7%: foram de 21,1 mil casos para 20,3 mil.

Ainda com essas reduções, algumas regiões da cidade, como Pinheiros e Perdizes, ambos na zona oeste de São Paulo, observaram alta nos crimes patrimoniais registrados em setembro, apontam dados da secretaria. O Radar da Criminalidade, ferramenta desenvolvida com exclusividade pelo Estadão, permite a consulta de como estão as dinâmicas criminais em cada região.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública destacou que, como resultado do trabalho desempenhado para combater diferentes tipos de crime, a capital paulista apresentou o menor número de roubos para o mês de setembro em 24 anos. "Se analisado os primeiros nove meses de 2024, a queda foi de 13,4%", destacou a pasta.

Os homicídios, por sua vez, tiveram a segunda menor quantidade desde 2001, na mesma análise, afirmou a pasta. "Desde o início do ano, 2.724 armas ilegais foram retiradas das mãos de criminosos (alta de 32,2%), o que também contribui na prevenção de crimes violentos, como os latrocínios", complementou a secretaria.

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