CCJ da Câmara põe para votar PEC que pode acabar com aborto legal no País

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A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados incluir na pauta de votação desta terça-feira, 12, um projeto de emenda à Constituição (PEC) contra o aborto. A PEC, protocolada em 2012 e de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), cassado em 2016, garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". "A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção", justificou Cunha à época.

Na prática, se esse texto for aprovado pelo Congresso Nacional, seriam abolidas as autorização, hoje previstas em lei, para interrupção da gestação. Atualmente, a gravidez pode ser interrompida se houver risco à vida da mulher, se o feto tiver anencefalia ou se a mulher for vítima de estupro.

A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma das maiores ativistas antiaborto do Congresso, é a relatora da PEC de Cunha e já redigiu votar a favor da proposição.

O governo ainda pode impedir a votação na terça-feira. Isso porque os deputados têm direito de pedir vistas, alegando que precisam de mais tempo para análise. O pedido de vistas adia a votação por duas sessões.

Esse tema já tinha entrado na pauta do Legislativo federal neste ano, quando bolsonaristas promoveram um projeto de lei que equiparava o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, estabelecendo penas de seis a 20 anos de prisão para a mulher que realizasse tal procedimento. A Câmara acelerou a tramitação desse projeto de lei no plenário em uma votação que durou cinco segundos.

Após fortes críticas de movimentos populares e de organizações da sociedade civil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu, em junho, criar uma comissão representativa para discutir o projeto e afirmou que essa proposição ficaria para o segundo semestre do ano. Até então, essa comissão não teve nenhum avanço.

A CCJ da Câmara é presidida neste ano pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), que usa o colegiado para promover pautas do grupo. Ao longo deste ano ela votou matérias contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e aprovou o pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve uma série de proposições que visam limitar os poderes da Corte.

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O documentário Caso Eloá - Refém ao Vivo, já disponível na Netflix, refaz os passos e os principais momentos do sequestro e assassinato da jovem Eloá Cristina Pimentel, morta em 2008 pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, após um sequestro de cerca de cem horas que comoveu o Brasil. Nayara Rodrigues, amiga de Eloá que também foi mantida em cativeiro, não está entre os entrevistados do novo projeto.

Na ocasião do sequestro, Nayara, Iago Vieira e Victor Lopes foram mantidos em cativeiro por Lindemberg. Os outros três jovens estavam na casa de Eloá para fazer um trabalho de escola. O sequestrador libertou os dois rapazes no primeiro dia, mas manteve as meninas. Posteriormente, ele também libertou Nayara, mas ela acabou voltando ao cativeiro por um erro da polícia. Ela saiu do sequestro baleada com um tiro no rosto.

Várias pessoas envolvidas na cobertura e nos desdobramentos do caso são entrevistadas para o documentário. Os irmãos e os pais de Eloá, além dos colegas Victor e Iago, estão entre os que retornaram a convite da diretora Cris Ghattas e da produtora Veronica Stumpf, da Paris Entretenimento. Nayara, no entanto, não topou o convite.

Ao Estadão, Cris e Veronica contaram que convidaram todas as pessoas consideradas relevantes para se revisitar esta história. Nayara hoje evita falar sobre o assunto.

"Queríamos ouvir todos os lados com imparcialidade, para fazer essa reflexão mais ampla. O documentário não está aqui para julgar nenhum elo dessa corrente, e sim mostrar as fragilidades e potencialidades de cada participante dessa história horrorosa", afirmou a produtora.

Segundo informações que circulam em redes sociais, por amigos e conhecidos, Nayara passou a levar uma vida mais reclusa e discreta nos anos seguintes ao sequestro. Atualmente, ela evita dar entrevistas e falar sobre o caso. Um mês após o crime, em 2008, ela concedeu uma entrevista ao Fantástico, exibida em 2 de novembro daquele ano. Durante o papo com Renata Ceribelli, Nayara deixou claro que, quando a polícia entrou, Lindemberg ainda não havia atirado.

"Tem horas que parece que a ficha não caiu ainda", declarou. "Às vezes eu me sinto conformada com o que aconteceu com ela, mas as vezes parece que não entra na minha cabeça. Não tem um motivo. Por que aconteceu isso com ela?"

Vencedora do Oscar de Melhor Canção Original em 2013 por Skyfall, Adele agora se prepara para sua estreia na atuação. A cantora foi anunciada como parte do elenco de Cry to Heaven, adaptação do livro homônimo de Anne Rice (Entrevista com o Vampiro) publicado em 1982, que terá direção do estilista e cineasta Tom Ford (Animais Noturnos).

Adele se junta a um elenco estelar, que conta ainda com Nicholas Hoult (Superman), Aaron Taylor-Johnson (Extermínio: A Evolução), Colin Firth (Bridget Jones: Louca Pelo Garoto), Paul Bettany (WandaVision), Hunter Schafer (Euphoria) e Owen Cooper (Adolescência).

A história de Cry to Heaven se passa na Itália do século 18, durante o período de popularidade dos castrati, cantores que eram castrados ainda jovens para manter a voz fina. O longa seguirá a colaboração inesperada entre uma nobre de Veneza e um cantor castrato, que desejam se tornar grandes nomes da ópera.

Além de dirigir, Ford também assina o roteiro e a produção de Cry to Heaven. O longa está atualmente em processo de pré-produção e, segundo o Deadline, deve começar a ser rodado em janeiro.

Ciarán Hinds (Belfast), George MacKay (1917), Mark Strong (Nove Desconhecidos), Daniel Quinn-Toye, Josephine Thiesen (A Imperatriz), Thandiwe Newton (Wandinha), Theodore Pellerin (Maid), Daryl McCormack (Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out), Cassian Bilton (Fundação), Hauk Hannemann e Lux Pascal (Narcos) completam o elenco.

Até o momento, não foi revelado que ator interpretará qual personagem.

Cry to Heaven não tem data para estrear.

Miranda Priestly e Andy Sachs estão de volta. A 20th Century Studios divulgou nesta quarta-feira, 12, o primeiro teaser trailer de O Diabo Veste Prada 2. A prévia mostra o reencontro, breve, das personagens vividas por Meryl Streep e Anne Hathaway.

A sequência do fenômeno de 2006 vai acompanhar a editora-chefe da revista Runway tentando encontrar seu lugar no mundo profissional diante do declínio do jornalismo impresso. Ela logo descobre que um de seus empecilhos será Emily Charlton (Emily Blunt), sua antiga assistente que agora é a executiva de um grupo que tem o dinheiro do qual Miranda precisa para se reerguer. A estreia está marcada para maio de 2026 nos Estados Unidos, com direção novamente de David Frankel.

Além delas, Stanley Tucci, que também estrelou o primeiro O Diabo Veste Prada, também teve seu retorno confirmado. De acordo com a Variety, Kenneth Branagh (Morte no Nilo) se juntou ao elenco da sequência como o marido da personagem de Streep.

O Diabo Veste Prada adapta o livro homônimo de Lauren Weisberger publicado em 2003, baseado na própria experiência da autora trabalhando para Anna Wintour. Uma sequência, A Vingança Veste Prada - O Diabo Está de Volta, foi publicada em 2013. Na história, Andy se torna a editora de uma publicação de sucesso dedicada a noivas. Enquanto planeja o próprio casamento, ela começa a relembrar os traumas sofridos quando trabalhava para Priestly e o caminho das duas se cruza novamente.