Ministra das Mulheres diz que eventual aprovação de PEC que proíbe aborto legal é 'retrocesso'

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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou nesta terça-feira, 12, que seria um "retrocesso" uma eventual aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode acabar com o aborto legal no País. A ministra disse que espera que o projeto não passe e que o Brasil vive "um momento difícil".

Nesta terça, a CCJ, que é presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), incluiu a PEC na pauta de votação. O texto de autoria do ex-deputado Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". Na prática, a redação abre brecha para que mesmo os abortos em casos previstos atualmente em lei sejam proibidos. Atualmente, mulheres podem abortar em caso de risco de vida à gestante; gravidez decorrente de estupro; e feto anencéfalo.

"Se for aprovado o que estão colocando, é um retrocesso naquilo que a gente já tem garantido na legislação brasileira. Temos um Código Penal desde 1940 que determina todo o processo. Então, acho que é um retrocesso", disse a ministra.

Cida lançou nesta terça-feira um painel de monitoramento das Casas da Mulher Brasileira (CMB) e dos Centros de Referência da Mulher Brasileira (CRMB) em todo o País. Após o evento, comentou sobre a discussão na Câmara.

"A gente está vivendo um momento difícil no Brasil, mas acreditamos que vamos superar, vamos acreditar que vamos resolver todas as questões. Espero que não passe na CCJ", disse.

A PEC discutida na CCJ tem relatoria da deputada Chris Tonietto (PL-RJ), uma das principais vozes contra o aborto na Câmara. O governo pode impedir a votação caso algum deputado faça um pedido de vista da proposta. Com isso, a votação seria suspensa para conceder mais tempo de análise ao parlamentar. Questionada se irá ao Congresso para pressionar pela rejeição da PEC, a ministra afirmou que essa "é uma ingerência que não cabe ao governo federal."

Em junho parlamentares tentaram aprovar um projeto de lei que equiparava o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Em alguns casos, a pena para a mulher poderia chegar a 20 anos.

Após pressão social, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu escantear a tramitação do projeto por meio da criação de uma comissão para discutir o tema. Diante do ressurgimento de discussões sobre aborto na Câmara, a ministra afirmou que o governo trabalha para que as mulheres "tenham acesso à informação, aos serviços e não sofram nenhum tipo de violência."

O painel lançado pelo Ministério das Mulheres nesta terça-feira traz informações sobre o andamento de obras nas Casas da Mulher brasileira e dados sobre recursos investidos. A política foi criada pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff em 2013 para acolher mulheres vítimas de violência.

Ações em estádios e na Sapucaí

O fortalecimento do programa faz parte da estratégia do ministério para reduzir o feminicídio no País. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgadas em março, mostraram que quatro mulheres morreram por dia no País por conta de seu gênero. Em agosto, a pasta lançou a campanha "Feminicídio zero", que inclui ações de propaganda em jogos de futebol e outras parcerias com clubes.

De acordo com a ministra, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinará uma carta de adesão à campanha durante o jogo Brasil x Uruguai, que ocorre no dia 19, em Salvador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Além disso, a ministra afirmou que a pasta está em negociação com a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) para que o carnaval do Rio tenha ações focadas na campanha. O desfile das campeãs ocorre no dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A ministra não detalhou, no entanto, quais serão as ações.

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O cantor e compositor Nando Reis comentou em entrevista como o uso de álcool e outras drogas impactou seu processo artístico ao longo dos anos. "O uso de drogas ou a alteração da consciência também quebra algum tipo de rigidez, do ponto de vista da expressão, que pode ser tanto benéfico quanto desastroso", disse o músico ao site Breeza.

Em recuperação há oito anos, o artista de 61 anos está lançando o álbum Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo, o primeiro que produziu totalmente sóbrio. Em 2023, em um depoimento para a revista Piauí, o cantor revelou seus problemas com o uso abusivo de álcool e cocaína.

"Quando eu digo que é o primeiro disco que eu gravei sóbrio, não estou falando sobre criação. Eu tô falando sobre mudança de hábito, de cuidado e de interrupção de uma rota. Porque, no caso, eu sou alcoólatra, sou dependente químico e essa adicção, como qualquer adicção interferiu muito na minha vida", disse o artista que também contou que o uso das drogas nunca foi determinante para a qualidade da sua produção.

"Eu nunca publiquei nada antes de ter um crivo, um crítico, que eu só consigo ter, e isso foi idêntico a vida inteira, lúcido, sóbrio, então, essa mudança, ou melhor, o período da minha adicção e o comprometimento que a minha adicção teve nas minhas relações pessoais, familiares e profissionais afetou muito uma coisa que estava relacionado ao meu trabalho e a perda de senso crítico nas apresentações, e isso eu acho horrível", continuou o ex-Titãs.

"O estado de embriaguez, de alteração, inviabiliza uma etapa do trabalho muito importante, que chama-se mixagem, no qual eu sempre fui relapso. Na mixagem, há decisões artísticas importantíssimas a serem tomadas, que exigem o mesmo rigor e senso crítico. Só a lucidez é capaz de produzir bons resultados", conta o artista. "Esse disco não teve realmente nenhuma influência (das drogas) nem na composição nem na mixagem", pontua.

Na entrevista, o cantor também foi questionado sobre falas antigas em que dizia "que a sua facilidade em criar o seu mundo interno tinha muito a ver com a relação com as drogas". A isso, o artista disse querer refazer sua frase.

"Acho que o mundo onírico ou fantasioso da criação, que é uma transcendência de um pensamento muito objetivo e onde você dissolve a concretude das coisas e dá a elas múltiplos significados, é uma característica minha que associo muito com a minha infância", respondeu.

Na conversa publicada no jornalístico, o compositor também falou sobre como ele reagiu à relação dos filhos do casal, Theodoro, Sophia, Sebastião, Zoe e Ismael, com as drogas. "Nunca conversei muito. Sempre soube que todo mundo fuma maconha, quase faz parte do ritual da vida das pessoas. Eu e Vânia, a gente sempre observou o quanto isso tinha um componente temerário, nunca incentivei. Eu acho que era importante, do ponto de vista da educação", disse. "Quando observei em alguns deles, em determinado momento, um uso excessivo, que me parecia criar um torpor, me incomodava. E eu, como tinha já, mesmo sem reconhecer, noção das minhas questões com a adicção, sempre olhei do ponto de vista de alerta", explicou.

"Nunca fui um apologista, e ao mesmo tempo o que eu tinha e percebia em mim era uma patologia, uma doença, eu sabia que o uso, para mim, fazia mal, e eu não conseguia me controlar, e olhava para eles sempre com preocupação. E, mais tarde, com eles mais adultos, sempre conversei: 'olha, você tem que tomar cuidado, porque eu tenho dependência e isso é horrível, é um sofrimento'. E se você tem, não é bom, você perde o poder de decisão e a sua vida entra num rodamoinho. E, ao mesmo tempo, meus filhos sempre me viram sofreram com isso", contou.

A influenciadora Viih Tube voltou a ser internada três dias depois do nascimento de Ravi, seu segundo filho com Eliezer. Em mensagem enviada ao Estadão, a assessoria confirmou a internação. "Viih Tube está na UTI pois precisou de uma transfusão de sangue. Mas se recupera bem, acompanhada pela mãe", diz a comunicação. O motivo que teria levado à necessidade de reposição de sangue não foi informado, no entanto.

O mesmo comunicado diz que Eliezer está cuidando do filho Ravi, "que está muito bem"., O casal anunciou o nascimento do menino na terça-feira, 12. O bebê nasceu na noite do dia anterior, com 3,76 quilos e 49 centímetros. Os influenciadores e ex-BBBs também são pais de Lua, de 1 ano.

A segunda gravidez de Viih Tube foi anunciada em abril. Em maio, o casal revelou o sexo do bebê e o nome escolhido para o caçula.

Denzel Washington, que interpreta o personagem Macrinus em Gladiador 2, revelou para a revista Gayety que gravou uma cena de beijo gay para o longa. Entretanto, para a surpresa do público, a sequência foi cortada da versão final do filme: "Eles não estavam preparados para isso", disse na entrevista, publicada em 31 de outubro.

"Eu na verdade beijei um homem nas filmagens, mas eles cortaram. Acho que se acovardaram", explica. Ele assegura, no entanto, que não foi um beijo "romântico": "Eu o matei cerca de cinco minutos depois. É Gladiador, é o beijo da morte".

A sequência do longa de 2000 conta com Paul Mescal e Pedro Pascal, que também foram envolvidos em uma polêmica com relação aos "beijos". Em uma das filmagens, Pedro Pascal, que interpreta Marcus Acacius, beija o personagem de Paul Mescal na testa. A cena foi cortada do filme, que é dirigido por Ridley Scott.

Sobre a cena entre Mescal e Pascal, Washington afirmou que não tinha ciência do assunto. Pascal, entretanto, comentou a decisão em outra entrevista: "Eu não contei para o Ridley que eu ia fazer isso [beijar Mescal na testa]. Então eu fiquei nervoso depois porque pensei que ele ia me odiar por isso. Mas eu confio nele", falou, para a revista americana Cinemablend.

"Então eu perguntei para Ridley: 'você gostou do beijo na testa? Sim ou não?', e ele respondeu que sim. Então eu não sei como isso se perdeu na edição", finalizou o ator de The Last of Us.