Justiça do Rio nega absolver policiais que abordaram filhos de diplomatas em Ipanema

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A Justiça do Rio de Janeiro negou absolvição dos dois agentes da Polícia Militar que abordaram de forma truculenta um grupo de jovens menores de idade, em Ipanema, zona sul da capital. O caso aconteceu em julho deste ano, na Rua Prudente de Morais. Dos quatro rapazes revistados, três são negros e filhos de diplomatas de Canadá, Gabão e Burkina Faso, que estavam em viagem de férias à capital fluminense.

Na ação, flagrada por câmeras de monitoramento, os policiais saem de uma viatura com pressa, se aproximam dos meninos com a arma em punho e os colocam contra a parede para uma revista.

A abordagem foi denunciada à Auditoria de Justiça Militar pela 2ª Promotoria de Justiça do Rio, que acusou os sargentos Luiz Felipe dos Santos Gomes e Sergio Regattieri Fernandes Marinho pelos crimes de ameaça e constrangimento ilegal.

A defesa dos agentes não foi localizada. Na época, a Polícia Militar do Rio disse que os policiais envolvidos na ação usavam câmeras corporais e que as imagens seriam analisadas para verificar se os agentes cometeram algum excesso. Questionada nesta sexta novamente, a entidade não retornou até a publicação da reportagem.

No despacho, emitido no último dia 5, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte decidiu pela manutenção da denúncia feita pela promotoria e negou absolver os policiais. O magistrado entendeu que a abordagem adotada pelos sargentos não se configura como excludente de ilicitude - quando uma conduta ilegal não é tratada como crime.

"Verifico não ser o caso de absolvição sumária (...) tendo em vista que não se divisa a presença de causas excludentes de ilicitude do fato ou da culpabilidade dos acusados, assim como também não se encontra extinta a punibilidade, sendo certo que, em tese, os fatos narrados na denúncia constituem crime", afirma o magistrado. "Nesse cenário, deixo de absolver sumariamente os denunciados Sergio e Luiz Felipe e ratifico a decisão de recebimento da denúncia".

Denúncia

Na peça acusatória, o promotor de Justiça Paulo Roberto Mello Cunha Júnior destaca que o denunciado Regattieri realizava a segurança do local, enquanto Luiz Felipe revistava os adolescentes de uma forma que os obrigou a exibir as partes genitais.

Cunha Júnior alega também que um dos agentes teria dito às vítimas para ficarem atentas, por conta de outros adolescentes que estariam praticando roubos nos entornos. "Não deveriam sair de casa nesse horário e que, na próxima revista, poderia ser pior", destaca trecho da denúncia.

Os jovens negros são filhos da embaixatriz do Gabão e de diplomatas de Burkina Faso e do Canadá. O adolescente branco é neto do jornalista Ricardo Noblat - em uma rede social, ele disse que os meninos, que são amigos e moram em Brasília, estavam jogando futebol em uma praça do bairro momentos antes da abordagem.

O episódio motivou um pedido formal de desculpas do Itamaraty aos embaixadores do Gabão, de Burkina Faso e do Canadá./COM AGÊNCIA BRASIL

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Regina Casé atendeu a um pedido de Preta Gil e foi para a Bahia conhecer a avó de Danrlei Orrico, cantor conhecido como "O Kanalha" que teve um affair com Preta em 2024. "Preta Gil desde a primeira vez que foi na casa da família do Danrlei me pediu: 'Régis‚ você tem que vir aqui! É o lugar mais a sua cara que eu já fui'", lembrou a atriz.

E continuou. "Lembro de você o tempo todo! Na festa de seus 50 anos, Pretinha juntou Danrlei e eu e disse: Leva ela lá! Régis, quero ver você e a vózinha dele juntas! Você vai amar e ela também! Dito e feito!"

As fotos do encontro foram compartilhadas por Regina Casé na manhã de quarta-feira, 30, confirmando a identificação entre as famílias, como Preta previu. "Eu amei muito! E ela também! E nós amamos muito Preta, só falamos de Preta, só lembramos dela. A gente não conseguia desgrudar", contou.

Regina ainda elogiou o comportamento do cantor com a sua família e o carinho que recebeu na casa da família do ex-affair de Preta Gil. "Que beleza ver o neto guardando as tradições, a cultura e a beleza dessa família maravilhosa! Nem sei como agradecer todo carinho que eu recebi, fiquei encantada com a família todinha! Que povo lindo! O melhor da Bahia! Obrigada Preta por ter me deixado esse tesouro em testamento!"

A atriz também aproveitou a publicação para falar sobre tolerância religiosa e respeito, algo que testemunhou dentro da casa da família do Kanalha. "Em tempo de tanto ódio e intolerância, vejam Dona Jandira católica devota fervorosa de Santo Antônio ladeada por Cabocla sua filha evangélica e Nega sua filha do axé com amor e humor! Que beleza! Que aula!"

Despedida de Preta Gil

Regina Casé se emocionou bastante no velório de Preta Gil na última sexta-feira, 25. A atriz chorou ao se aproximar do caixão, tocou o corpo da amiga, e foi consolada por sua filha, Benedita, que a acompanhou na cerimônia de despedida.

Danrlei Orrico, o Kanalha, também participou da cerimônia de despedida de Preta Gil no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e precisou ser amparado por amigos. Ele foi ao velório vestido de branco, assim como a família, e usou uma camiseta com o rosto da artista.

Uma cena curiosa chamou atenção dos fiéis que acompanhavam a Santa Missa de segunda-feira, 28, no Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, em Uberlândia (MG). Durante a leitura dos nomes de pessoas que faleceram recentemente, um se destacou: Ozzy Osbourne.

O cantor do Black Sabbath, que morreu no dia 22 de julho aos 76 anos, foi lembrado pelo padre Eduardo Calil durante as homenagens. O momento foi flagrado por fiéis e compartilhado nas redes sociais, viralizando no processo.

Na missa católica, é comum que nomes de familiares e amigos recém-falecidos sejam lembrados pelo pároco responsável pela celebração. Normalmente, no entanto, são os próprios fiéis que pedem para o nome dos falecidos serem lembrados. Até o momento, o responsável pelo pedido de lembrança de Ozzy não foi identificado.

Um dos nomes mais importantes da história do heavy metal, Ozzy Osbourne morreu aos 76 anos. Apesar de ser conhecido pelo apelido "Príncipe das Trevas", o cantor era católico e membro da Igreja da Inglaterra, uma vertente do cristianismo anglicano.

Fernanda Paes Leme compartilhou seu último momento com Preta Gil em suas redes sociais. "Última vez que te encontrei foi no Dia das Mães... Um dia antes da sua viagem", relembrou ela, nessa quarta-feira, 30.

A viagem da qual Fernanda se refere foi a que a cantora realizou aos Estados Unidos, em busca de métodos alternativos para um câncer do qual tratava dede 2023. Preta Gil morreu durante a viagem, nos Estados Unidos, ao tentar retornar para o Brasil.

Ainda sobre a última vez em que teve contato com a amiga, que morreu no dia 20 passado, Fernanda escreveu: "Hoje faz um pouco mais de uma semana da sua partida desse plano... Bateu saudade sem fim de você."

Ela também esteve presente no velório da cantora, que ocorreu na última sexta-feira, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Além disso, prestou uma homenagem em suas rede sociais: "Precisei me reorganizar emocionalmente para me despedir da melhor forma que eu podia, porém jamais será o suficiente da forma como você merece. Te amarei pra sempre, Tchuca."

"A saudade já é imensa. Como preencher o vazio que sua presença tão viva, tão colorida, tão escandalosa e tão amorosa ocupava? Não tem como."

"Em meu lamento, me dei conta que minha filha não vai crescer com a presença física da Tia Preta, mas ela te conheceu e vai ouvir todas as nossas histórias e vai te admirar, se orgulhar e se inspirar nessa força da natureza que também me inspirou desde o primeiro dia em que nos encontramos. Escrevo isso mais para mim, porque pra você, eu tive a oportunidade de sempre poder falar tudo que quis pessoalmente", finalizou.

Morte de Preta Gil

A cantora morreu no dia 20 passado em Nova York, Estados Unidos. Ela lidava com um câncer colorretal desde 2023, motivo pelo qual procurou o país, em busca de métodos alternativos de tratamento.

Após a morte de Preta Gil, seu corpo foi trazido para o Brasil. Foi realizado um velório em sua homenagem na última sexta-feira, 25, no Theatro Municipal.

A homenagem foi aberta ao público e contou com amigos próximos, como a atriz Carolina Dieckmann e a cantora Ivete Sangalo, além de fãs e da família, como seu filho Francisco Gil.

Após o velório, o corpo da cantora foi cremado. Ocorreram duas missas de sétimo dia em sua homenagem: uma em Salvador, no último sábado, 26, e outra no Rio de Janeiro, na segunda, 28.