Mercado global de carbono avança, após nove anos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Em meio a um dia de negociações intensas e difíceis, em que o principal foi o financiamento climático, a Cúpula do Clima deste ano (COP29) ainda aprovou dois documentos que devem destravar a implementação de um mercado de carbono global. A decisão ocorreu ainda na noite deste sábado em Baku, no Azerbaijão.

A medida estava travada havia nove anos. Logo no início da conferência, a Organização das Nações Unidas (ONU) já havia sinalizado "avanços significativos" no tema. A decisão ocorre logo após o Congresso aprovar o mercado brasileiro de carbono.

Essa aprovação ocorreu em uma plenária ontem, seguida de aplausos de diversos representantes de delegações presentes. A decisão era defendida tanto por uma parte dos países ricos quanto por parte daqueles que estão em desenvolvimento, os quais veem essa novidade como uma alternativa para obtenção de recursos e, também, para assegurar a preservação ambiental, principalmente de florestas (que têm alto potencial de "captura" de carbono).

O mercado de carbono consiste na venda de "créditos" para países ou empresas que não conseguem reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. Isto é, tende a gerar recursos a nações que tomarem ou mantiverem ações de preservação do meio ambiente acima das metas previstas, por exemplo.

Em coletiva de imprensa na COP29, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comemorou a decisão. "Conseguimos após nove anos de intensas negociações, debates, buscas por estruturas e arquiteturas que viabilizassem o crédito de carbono."

No primeiro dia do evento, o presidente da COP-29, Mukhtar Babayev, chamou o mercado de carbono de "uma ferramenta revolucionária para direcionar recursos para o mundo em desenvolvimento". No dia seguinte, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu o avanço nesse instrumento.

CRÍTICA

Esse mecanismo não é unanimidade. Há alguns críticos que consideram que, indiretamente, o mercado de carbono facilita que grandes poluidores continuem com emissões altas desde que paguem mais por isso. Com uma internacionalização, poderiam procurar a forma mais fácil e barata de "reduzir" as emissões mesmo sem alterações significativas localmente.

Ministra, especialistas e ONGs veem passo positivo

A ministra Marina Silva destacou que o Brasil continuará a acompanhar esse processo do mercado global de carbono, para identificar se terá transparência. "Compreendemos que não vai resolver todos os problemas de países em desenvolvimento, mas é um dos instrumentos importantes", avaliou em Baku, no Azerbaijão.

Já a secretária nacional do Clima, Ana Toni, observou que são documentos técnicos, desenvolvidos em consonância com a legislação de diversos países. "Todos queriam chegar ao fim desse processo e implementar", apontou. "Agora, a implementação no Brasil, se o presidente Lula sancionar (o mercado local), vai acontecer em paralelo à implementação do mercado de carbono internacional."

A aprovação foi celebrada por parte das organizações ambientais. A WWF-Brasil disse que a aprovação permitirá "avançar nas definições sobre metodologias e em remoções de carbono". Destacou que seria positivo para o Brasil, especialmente para a restauração florestal. Shigueo Watanabe Jr., pesquisador do Instituto Talanoa, disse que "existem brechas a serem fechadas e decisões sobre as metodologias que serão aceitas, mas um passo importante foi dado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Luca Arroyo Borges, filho do cantor Lô Borges, usou o Instagram para publicar uma homenagem ao pai cinco dias após sua morte, na segunda-feira, 3. Com duas fotos ao lado do músico, o jovem escreveu um texto sobre a saudade.

"Eu te amo mais do que você é talentoso. Não tenho palavras para tudo que está acontecendo agora e vou viver minha vida inteira sentindo sua falta. O privilégio de ter Lô Borges como pai, vocês não têm ideia", escreveu.

"Perdi meu melhor amigo no seu auge, mas como meu pai sempre falou, ser fraco não é uma opção. Independente de onde você esteja, sei que você vai cuidar de mim igual você sempre fez. Você é a minha maior inspiração. Tudo o que eu queria era mais 20 anos com você. Te amo, pai, já sinto saudade. Obrigado pelo privilégio de ser seu filho", concluiu o filho de Lô Borges, que ainda agradeceu às mensagens de apoio recebidas nos últimos dias.

Lô Borges estava internado desde 19 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. O cantor e compositor ficou conhecido por músicas como O Trem Azul e Paisagem da Janela, presentes no clássico álbum da MPB Clube da Esquina (1972).

O SBT usou inteligência artificial (IA) para recriar a voz e a imagem de Silvio Santos e Hebe Camargo em vídeo exibido durante a abertura do Teleton 2025, na última sexta-feira, 7.

O material, que tem cerca de três minutos de duração, mostra a imagem artificial dos apresentadores durante uma ligação telefônica na qual Hebe sugere o programa beneficente ao patrão. "Me diz, o que acha?", pergunta, ao que Silvio responde: "Se é para mudar vidas, o SBT abre suas portas".

O médico Renato da Costa Bonfim, fundador da AACD, também foi recriado com IA, enquanto outras personalidades, como Eliana, Ratinho, Celso Portiolli e o cantor Daniel, embaixador do Teleton, apareceram em versões do passado.

Matheus Trombino, criador do vídeo, foi entrevistado por Celso Portioli durante o programa, neste sábado, 8. Segundo ele, o conteúdo levou seis dias para ficar pronto.

"Os desafios eram conseguir restaurar poucas imagens antigas que a gente tinha, porque a AACD foi criada em 1950, e também criar as cenas de bastidor que a gente nunca viu, como a Hebe Camargo apresentando a AACD ao Silvio Santos, ou o Silvio Santos falando: 'Pode entrar no SBT'", relatou Trombino.

Eliane Giardini, que viveu Muricy em Avenida Brasil (2012), confirmou que a novela terá uma continuação. A atriz comentou o assunto durante uma palestra, em vídeo que circula nas redes sociais. No momento, o mediador do encontro mencionou que o próximo trabalho dela será com João Emanuel Carneiro, autor da trama original, e citou o título.

Ao refletir sobre o projeto, Eliane explicou que considera um remake mais simples de encarar. "O remake você já sabe que é uma história maravilhosa. No mínimo vai fazer sucesso porque as pessoas odeiam e ficam comparando, isso também é uma forma de sucesso", disse.

Já a ideia de continuar uma história que marcou época preocupa a atriz. "Quando a história é boa, é uma equação perfeita. A gente não tem o domínio sobre essa equação, ela acontece por acaso, e é muito difícil reproduzir. Por isso tenho um pouco de medo da continuação, porque você vai mexer em uma coisa que fez grande sucesso", afirmou.

Continuação de 'Avenida Brasil'

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, a Globo procurou o autor João Emanuel Carneiro, que teria aceitado dar continuidade à história. Os primeiros esboços do projeto já estariam em andamento.

Procurada pelo Estadão, a Globo ainda não confirmou a produção. O espaço segue aberto.

Adriana Esteves e Murilo Benício também já teriam sinalizado interesse em reviver os papéis de Carminha e Tufão. Ainda não há informações sobre o restante do elenco. A previsão é que a produção estreie em 2027.