Cabo da PM morre após engasgar com frango em treinamento no interior de SP

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O cabo da Polícia Militar Alan Roberto de Freiras Silva, de 35 anos, morreu após se engasgar com um pedaço de frango, durante um treinamento de especialização, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Familiares dizem que o policial não queria participar dos exercícios e cobram apuração. A PM afirma que os treinamentos são realizados "segundo os mais absolutos critérios de segurança".

A corporação abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do óbito.

A morte do policial aconteceu na noite da última quinta-feira, 21, depois de 33 dias de internação no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. O militar era lotado na Força Tática do 15º Batalhão da Polícia Militar de Franca. De acordo com a PM, o cabo participava do treinamento com a equipe no batalhão do Comando de Policiamento do Interior (CPI-3) de Ribeirão Preto. Na pausa para a refeição, ele se engasgou com o alimento.

O cabo Freitas foi atendido pela equipe do batalhão e levado para uma unidade de pronto-atendimento. Como não se recuperou, foi levado para o Hospital das Clínicas e internado em unidade de emergência.

Segundo o hospital, as informações sobre o paciente foram disponibilizadas para a família e para as autoridades policiais. O 6° Distrito Policial, onde o caso foi registrado como morte suspeita - acidental, aguarda o laudo do necroscópico para encaminhar a apuração.

O policial foi enterrado em clima de comoção, na tarde deste sábado, 23, no Cemitério da Saudade, em Franca.

Familiares do policial afirmam que ele não queria participar do treinamento e teria sido obrigado pelos superiores. "Ele não queria ir, não estava a fim, mas insistiram, diziam que ele era o mais novo da Força Tática e não tinha a opção de não ir", disse à EPTV a mulher do cabo, Sara Paschoarelli. O curso começou no dia 14 de outubro e Freitas passou mal no quarto dia de atividades.

Sara contou que o cabo teria se engasgado com um pedaço de frango. "Ele tinha poucos minutos para comer. Na primeira garfada, já sentiu que travou a comida", disse. Já o pai do policial, Wellington Aires Silva, questionou os exercícios aplicados durante o treinamento e a menção feita no boletim de ocorrência registrado pela PM a uma possível doença pré-existente.

Em nota, através da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Polícia Militar disse que lamenta a morte do cabo Alan de Freitas e se solidariza com sua família.

Uma sindicância foi aberta para apurar os casos. "Os treinamentos são feitos segundo os mais absolutos critérios de segurança para todos os agentes e a corporação está à disposição dos familiares para qualquer informação", diz a nota.

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Gustavo Mioto e Ana Castela, cantores sertanejos que também formam um casal, receberam uma homenagem no quadro Tamanho Família do Domingão Com Huck deste domingo, 24. Entre músicas, ouviram depoimentos, por vídeo ou presenciais, de parentes no palco da atração.

Um deles foi feito pelo pai de Mioto, que apareceu em um cenário indicando um ônibus: "Oi, filho. Isso aqui é um símbolo daquele dezembro de 2011 que eu fui te encontrar na rodoviária em Votuporanga, onde eu tinha certeza de que você ia desistir e eu estava torcendo pra isso."

"Você entrou no meu carro todo sujo, a gente cheio de ideias. 'E aí, meu filho?'. 'Não, pai. Tenho certeza de que é isso que eu quero pra minha vida'. E naquele dia eu te abracei não só como pai, como seu empresário. A gente está junto até hoje e vamos até onde der", continuou. Gustavo chorou durante a homenagem.

Os convidados falaram sobre seu relacionamento quando questionados por Luciano Huck: "Eu prefiro vocês sentados juntinhos, assim. Achei mais fofo do que um em cada sofá, separados pela distância. Vocês têm tempo de namorar? Vocês se encontram quantas vezes?"

"Praticamente toda semana. Até pelas agendas, é ok, até mais. [Ana trabalha de quinta a domingo], eu faço sexta, sábado, sou mais velho, já não aguento tanto. Às vezes faço show perto", comentou o músico. O casal ainda destacou que Gustavo Mioto mora sozinho, enquanto Ana Castela mora com os pais.

Irene Ravache falou sobre como vê o estado atual de novelas na TV em entrevista publicada pelo jornal O Globo neste domingo, 24. Longe das telas desde o remake de Éramos Seis em 2020 pela Globo, ela revelou que perdeu o costume de assistir às tramas: "Não tenho acompanhado as novelas. Nada contra, mas estou fazendo outras coisas. As séries me agradam mais."

Entre seus pontos de crítica nas produções está a escolha de influenciadores digitais para fazer parte de elencos. Apesar de não ter citado nenhuma nome diretamente, houve casos recentes de repercussão nesse sentido, como o de Jade Picon, que viveu Chiara em Travessia (2022).

"Você não chega no [hospital] Albert Einstein dizendo: 'Tenho o maior jeito para fazer cirurgia' e atende a um paciente. Mas é o que acontece com a minha profissão. Todo mundo acha que pode chegar e fazer. Não é assim. Tanto que não funciona. O problema é de quem concorda e coloca essas pessoas nessa posição", defende Irene Ravache.

Beatriz Goulart falou sobre o estado de saúde de seu marido, Mauricio Kubrusly, conhecido especialmente por suas reportagens no Me Leva Brasil, do Fantástico, nos anos 2000. Aos 79 anos, ele sofre com uma demência frontotemporal. Diagnosticado em 2016, atualmente já não lê ou escreve e fala cada vez menos, além de ter dificuldade em reconhecer outras pessoas.

"Ele já desligou de saber onde está. Antes a gente andava quilômetros. Agora, caminhamos uns 500 metros, porque ele se cansa", contou em entrevista ao jornal O Globo por ocasião do lançamento do documentário Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (clique aqui para ler a crítica).

Beatriz relembra as dificuldades com médicos em certos pontos do tratamento, inclusive pelo fato de inicialmente a doença ter sido confundida com um possível Alzheimer: "Tratavam ele como uma celebridade e não como paciente. Perguntavam da televisão e a gente ficava 'no escuro'".

A arquiteta ainda destacou que a relação de Mauricio Kubrusly com a religião pode ter ajudado a lidar com a situação: "Nesse ponto, foi ótimo ele ser ateu, porque não tem Deus para culpar. Ele é bem racional, sabe que isso acontece com muita gente".

Por fim, desabafou: "A gente não sabe falar sobre demência, não sabe falar sobre a morte, tem vergonha, diz que é para preservar a privacidade das pessoas. Mas eu só penso naquela pichação que fizeram na Rio-92, quando o cacique Raoni e o Sting se encontraram: 'Ou a gente se Raoni, ou a gente se Sting'".