Sessão da PEC do Aborto tem boneco de feto, oração e grito de 'estuprador não é pai'

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A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados desta quarta-feira, 27, precisou ser interrompida após tumulto durante reunião para votar proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode acabar com as provisões de aborto legal no Brasil. Manifestantes feministas entraram no plenário da comissão e começaram a gritar palavras de ordem contra a PEC. "Criança não é mãe/Estuprador não é pai", entoaram. Uma deputada chegou a rezar a Ave Maria no meio da confusão.

Deputadas governistas se reuniram e chegaram a fazer um cordão em volta das manifestantes e acompanharam os gritos de "retira a PEC". A proposta tem previsão de ser votada ainda nesta quarta-feira.

A presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), pediu que a Polícia Legislativa Federal expulsasse os manifestantes. A sessão foi interrompida por cerca de uma hora até a retirada do grupo que protestava.

As dezenas de manifestantes estavam na Câmara para participar de um seminário sobre enfrentamento à violência política de gênero e de raça, organizado pela deputadas Daiana Santos (PCdoB-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ana Pimentel (PT-MG) e a ex-deputada Manuela d'Ávila.

Essa PEC é alvo de contestação de movimentos feministas. Texto publicado por nove organizações sociais argumenta que a proposição pode impedir a fertilização in vitro já que, no momento da implantação no útero após a fertilização, pode haver perda de embriões (em 2023, 110 mil embriões foram descartados nesse procedimento).

Entre outros argumentos, esse mesmo comunicado diz que a PEC acaba com as possibilidades de aborto legal, viola o direito de planejamento familiar, pode proibir pesquisas em embriões não implantados, impede o acesso a diagnósticos de pré-natal, impede acesso a técnicas de reprodução assistida, fortalece desigualdades raciais, viola direitos fundamentais.

A proposição foi protocolada em 2012 pelo deputado federal cassado Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) e garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". "A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção", justificou Cunha à época. Hoje, o procedimento pode ser feito em caso de risco de morte à gestante, no caso de gravidez decorrida de um estupro ou caso o feto seja com anencefalia (má formação do cérebro).

Do lado oposicionista, parlamentares equiparam o aborto ao assassinato e defendem que a vida começa desde a concepção. "Dizem que não podemos trazer questões religiosas porque o Estado brasileiro é laico. Mas somos religiosos, sim, e a imensa maioria da população é conservadora", diz Eli Borges (PL-TO), que presidiu a Frente Parlamentar Evangélica no primeiro semestre deste ano. "A busca aqui é exatamente a palavra assassinato mesmo. Aliás, eu vou deixar muito claro que desde os primórdios da criação que sangue de inocentes é buscado."

Esse grupo chama a iniciativa de "PEC da Vida", enquanto governistas dizem que é a "PEC do Estuprador", já que mulheres não poderiam mais realizar a interrupção da gestação mesmo após terem sido estupradas.

Antes da confusão, dois assessores de deputados se desentenderam. Um assessor da deputada Samia Bomfim (PSOL-SP) diz ter sido agredido por assessor da liderança do PL. O caso foi parar na Delegacia de Polícia Legislativa (DEPOL).

O tema do aborto já tinha entrado na pauta do Legislativo federal neste ano, quando bolsonaristas promoveram um projeto de lei que equiparava o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, estabelecendo penas de seis a 20 anos de prisão para a mulher que realizasse tal procedimento. A Câmara acelerou a tramitação desse projeto de lei no plenário em uma votação que durou cinco segundos.

Após fortes críticas de movimentos populares e de organizações da sociedade civil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu, em junho, criar uma comissão representativa para discutir o projeto e afirmou que essa proposição ficaria para o segundo semestre do ano. Até então, essa comissão não teve nenhum avanço.

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Maisa participou do Encontro com Patrícia Poeta na manhã desta quarta-feira, 27, e, durante o programa, recebeu uma mensagem fofa de Lilia Cabral, que interpreta sua avó em Garota do Momento, novela das 18h da TV Globo.

"Oi, Maisa, querida. Quando é que eu poderia imaginar que quando eu te assistia pequenininha, a coisa mais bonitinha, a coisa mais fofa do mundo, um dia estaria aqui, dividindo as cenas comigo. E que prazer eu tenho de fazer as cenas com você. Você tem muito talento, é muito responsável e é uma graça ver o seu comprometimento com a sua profissão", elogiou Lilia.

A atriz de 67 anos interpreta Maristela no folhetim, enquanto Maisa, aos 22 anos, vive a personagem Bia.

A veterana disse ter certeza de que Maisa fará "uma bela história em sua vida" e a parabenizou. "Parabéns por tudo! Que você seja sempre feliz e educada, do jeito que você é. E, desse jeitinho, tenha certeza, cada vez mais, você vai conquistas muitas coisas boas. É o que a gente espera para uma pessoa do bem como você", acrescentou.

Aproveitando a lembrança de Lilia, Maisa foi questionada sobre os desafios de lidar com a carreira nas telinhas desde a infância. "O mais difícil é conciliar as responsabilidades do trabalho e a escola. Durante a maior parte da minha vida profissional, eu também era estudante", lembrou a atriz.

Seu boletim escolar precisava sempre demonstrar para os órgãos responsáveis pela proteção de crianças e adolescentes que o trabalho não estava interferindo nos estudos, explicou Maisa.

Ravi, filho de Viih Tube e Eliezer, foi internado. A informação foi confirmada ao Estadão pela assessoria de imprensa da influenciadora digital. O pequeno nasceu no último dia 11 e tem apenas 15 dias de vida. Além do menino, os dois também são pais de Lua, de um ano.

A equipe da mãe de Ravi não confirmou o motivo da internação e disse que o casal não irá se pronunciar sobre o assunto. "A Viih Tube e o Eliezer não irão se pronunciar pois estão totalmente focados na recuperação do bebê. Eles viveram uma sequência de eventos delicados", diz a nota.

Três dias após o nascimento do filho caçula, Viih Tube foi internada na UTI para uma transfusão de sangue. O motivo que teria levado à necessidade de reposição de sangue não foi revelado. A influenciadora digital teve alta hospitalar em dois dias.

Em entrevista ao Estadão, Eliezer e Viih Tube, que lançaram o livro Tô Grávida, falaram sobre maturidade, amor, filhos, livro e a vida longe e na frente das telas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A atriz Maria Casadevall revelou ter passado por uma cirurgia após ser diagnosticada com uma síndrome rara. A artista usou as suas redes sociais para falar sobre a Síndrome de Eagle, que pode afetar, principalmente, mulheres de 20 a 40 anos, causando dores na região da cabeça e pescoço.

A atriz que interpretou a protagonista da séria Coisa Mais Linda explicou o caso em um story no Instagram: "Passei por uma cirurgia, nada grave, mas eu gostaria de compartilhar com vocês esse diagnóstico que é raro, difícil, mas causador de muitos desconfortos".

Conheça a Síndrome de Eagle

Um osso pequeno localizado na base do crânio começa a alongar em pessoas que têm essa síndrome, o que causa muita dor na região do rosto, pescoço, garganta e olhos.

A síndrome de Eagle é uma condição rara caracterizada pelo alongamento do estilóide, um osso pequeno na base do crânio, ou pela calcificação do ligamento estilohioideo.

Os sintomas incluem dor facial, dificuldade para engolir e sensação de corpo estranho na garganta, podendo ser confundida com outras condições.

O diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem, como tomografia computadorizada, e o tratamento pode variar entre terapias medicamentosas e cirurgia, como foi o caso de Maria Casadevall.