Funcionário do MP é preso suspeito de vazar dados de processos para o PCC

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Um servidor do Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi preso em operação que apura o vazamento de dados de processos judiciais para integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo nota do MP, supostos criminosos obtiveram indevidamente a senha de um servidor do Ministério Público de São Paulo para obter dados sigilosos de processos. Entre os suspeitos estão membros do PCC. As informações eram usadas para frustrar as investigações da polícia e do próprio Ministério Público.

Conforme nota divulgada pelo MPSP, foi apurado que os criminosos, inclusive ligados ao PCC, obtiveram em circunstâncias ainda a serem esclarecidas uma senha para acessar conteúdo de processos judiciais, com violação de dados sigilosos.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ) informou que não comenta sobre investigações em curso. Como a identidade dos investigados não foi divulgada, a reportagem ficou impossibilitada de fazer contato com suas defesas.

Além do servidor que teve a senha usada, um segundo suspeito foi preso temporariamente. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou uma operação, com apoio da Polícia Militar, para investigar "suposto esquema de obstrução da Justiça, violação de sigilo e corrupção".

Normalmente, os atos processuais são públicos, mas alguns processos correm em segredo de justiça para preservar a intimidade das vítimas, a integridade dos envolvidos e dados protegidos por lei, entre outros casos definidos pelo Código de Processo Civil. Em investigações policiais, o sigilo pode ser necessário ao interesse público para que o livre acesso não atrapalhe a investigação.

Nesses casos, apenas as partes envolvidas e seus respectivos advogados têm acesso aos autos. Foram esses processos os mais visados pelo esquema fraudulento. Os autos teriam sido acessados mais de uma centenas de vezes.

Embora o Ministério Público não confirme, já que esta investigação também está em sigilo, as suspeitas surgiram quando houve evidências de que investigados tinham informações privilegiadas sobre o andamento das apurações.

Conforme o MPSP, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em três cidades do Estado, além dos dois mandados de prisão temporária. Os nomes das cidades não foram informados. Participaram das diligências promotores de justiça, servidores e 40 policiais militares.

O MPSP disse que, devido ao sigilo que envolve o caso, mais informações não serão divulgadas e que os promotores não dariam entrevista.

Operação Baal

Em setembro, a estudante de Direito Elaine Souza Garcia iria tomar posse como estagiária da Promotoria de Justiça de Itapeva, mas foi barrada por uma ação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público estadual após a descoberta de suas ligações muito próximas com o PCC. Elaine carrega a alcunha de 'Patroa' da facção. Ela foi presa pouco antes de assumir suas funções no MP paulista.

Elaine é suspeita de liderar ataques do 'Novo Cangaço' - ações brutais de grupos armados da facção que espalham o terror em cidades menores do interior paulista e de outros Estados para roubos de empresas de valores e invasão de bancos. O Estadão não conseguiu contato com a sua defesa.

Os promotores da Operação Baal estão convencidos de que o PCC tentou infiltrar 'Patroa' no Ministério Público para levantar informações privilegiadas sobre investigações sigilosas.

A Promotoria diz que Elaine integrou, junto de dois faccionados do PCC que já morreram, uma "associação estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, bem como armada, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens patrimoniais, mediante a prática de infrações penais como roubos majorados, tráfico de drogas, lavagem de capitais, comércio ilegal de armas de fogo e homicídios qualificados".

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Depois de 21 anos de vínculo, Band e José Luiz Datena encerraram seu contrato. O apresentador, que deixou os trabalhos na emissora para tentar a eleição como prefeito de São Paulo em 2024, já havia confirmado que não retornaria ao comando do Brasil Urgente, atração policial que apresentou por 20 anos.

Em comunicado enviado à imprensa nesta quinta-feira, 28, a Band confirmou o fim do vínculo, iniciado em 2003 - com breve hiato entre junho e agosto de 2011, quando ele voltou à Record TV. "Datena comandou com sucesso e grande audiência durante anos o programa Brasil Urgente, assim como participou brilhantemente de coberturas esportivas e programas de entretenimento", disse a emissora.

Antes de encerrar seu vínculo empregatício, emissora e apresentador planejavam uma atração voltada ao entretenimento para a grade de 2025, mas o projeto acabou não se realizando.

Leia o comunicado completo emitido pela Band:

"Em comum acordo, Band e o apresentador José Luiz Datena encerram o contrato.

Datena comandou com sucesso e grande audiência durante anos o programa Brasil Urgente, assim como participou brilhantemente de coberturas esportivas e programas de entretenimento.

A Band reforça o enorme carinho por Datena e os laços de amizade com o profissional, que tem uma trajetória de enorme êxito no Grupo Bandeirantes há mais de 20 anos."

Até o momento, Datena não revelou quais serão os próximos passos da carreira.

O ator Vladimir Brichta participou recentemente do Podpah e, na entrevista, revelou detalhes sobre o início de seu relacionamento com Adriana Esteves, com quem é casado desde 2006.

O casal se apaixonou durante as gravações de Kubanacan, novela de Carlos Lombardi, que foi ao ar pela Globo entre 2003 e 2004. Na trama, Vladimir e Adriana viviam o casal Rico e Lola.

"As pessoas lembram muito de Kubanacan, que marcou tanta gente. Eu e a Adriana começamos a namorar no final da novela. Por isso, ela é tão especial por vários motivos", lembrou o ator na conversa com Igão e Mítico, os âncoras do Podcast.

Mas Vladimir e Adriana se conheceram dois anos antes das gravações de Kubanacan, quando contracenaram em Coração de Estudante, novela de Emanuel Jacobina que foi ao ar em 2002. Amelinha e Nélio, personagens vividos pelo futuro casal, vivem uma relação proibida, que resulta numa gravidez indesejada.

Tanto Kubanacan quanto Coração de Estudante podem ser assistidas pelo Globoplay.

A cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, contou ter ido à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) na Lapa, no Rio de Janeiro, após ser alvo de um áudio racista da apresentadora Ana Paula Minerato. O vazamento da gravação ocorreu na última segunda, 25. A artista também prometeu um pronunciamento sobre o ocorrido.

Na terça, 26, Ana Paula fez uma live no Instagram em que pediu desculpas à cantora e alegou ter vivido um relacionamento tóxico com o cantor KT Gomez - ele nega envolvimento no vazamento do áudio. Leia mais abaixo.

"Eu precisava desse tempo para poder digerir o que está acontecendo na minha vida nesse momento e tudo o que eu vou precisar falar", disse Ananda em stories do Instagram. "Para que eu pudesse me pronunciar de forma adequada, não só falando por mim, mas por tudo o que isso envolve, eu precisava de um pouco de tempo."

Na terça, a Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo (SJC) confirmou ao Estadão que vai investigar a apresentadora. Após o episódio, Ana Paula foi desligada de seu programa de rádio da Band e demitida da Gaviões da Fiel, escola de samba onde era musa de carnaval.

Entenda o caso

Um áudio de Ana Paula Minerato para o cantor KT Gomez, em que ela proferia ofensas de cunho racista contra a cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, vazou nesta segunda. Entre seus comentários estavam: "A empregada, a do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro, KT? Eu não sabia que você gosta de mina do cabelo duro".

O cantor tentou interromper Ana Paula, mas foi cortado: "Você gosta de cabelo duro? Você gosta de mina de cabelo duro, de neguinha? Por que aquilo ali é neguinha, né? Alguém ali, um pai ou mãe, veio da África", disse também.