Com 500 desfiles, SP tem blocos para todos os perfis

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Mais de 500 desfiles estão confirmados no carnaval de rua de São Paulo. De megablocos a cortejos de bairro, há opções para diferentes perfis, de todas as faixas etárias, gostos musicais e interesses, daqueles que mais lembram uma balada aos que mantêm a tradição das marchinhas, dos liderados por artistas famosos aos batucados por músicos amadores, dos que reúnem multidões aos que concentram algumas dezenas de pessoas.

"O carnaval de São Paulo é uma festa muito heterogênea. Tem blocos que se organizam das mais diferentes maneiras: exclusivamente de mulheres, infantis, com posicionamentos políticos. São blocos de tudo que é jeito, de estilos musicais, com banda, artistas, inclusive organizados por estrangeiros. Uma infinidade", diz o pesquisador de carnaval e doutorando em Sociologia na USP Vinicius Ribeiro Teixeira.

Segundo ele, as agremiações também são criadas em contextos variados, de grupos de amigos a empresas voltadas a investir na folia. A programação deste ano é concentrada entre hoje e amanhã (pré-carnaval), de 18 a 21 de fevereiro (carnaval) e 25 e 26 de fevereiro (pós-carnaval). Nesse cenário, qual bloco é a sua cara? O Estadão dá algumas dicas.

CLIMA DE BALADA

Com a participação de DJs e artistas de repercussão nacional, hoje ocorre o Baile da Favorita na Rua Laguna, na Subprefeitura de Santo Amaro, na zona sul. Amanhã, a Avenida Brigadeiro Faria Lima, 4.150, na Subprefeitura de Pinheiros, zona oeste, receberá o Chá de Alice, com Babado Novo e Juliette, enquanto o Bloco Gambiarra percorrerá a Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros.

'CARA DE SHOW'

Cantores de popularidade nacional têm a presença confirmada em blocos próprios em São Paulo. As apresentações misturam o clima de carnaval com o de show. O entorno do Parque do Ibirapuera, por exemplo, hoje terá Alceu Valença (bloco Bicho Maluco Beleza) e Chico César (Estado de Folia). Amanhã será a vez de Maria Rita (Bloco da Maria) e Monobloco. No domingo de carnaval, dia 19, haverá o Bloco da Pabllo, da Pabllo Vittar, enquanto a grande atração do pós-carnaval será o grupo BaianaSystem, com o Navio Pirata, no sábado, dia 25.

RAIZ

Marchinhas clássicas são preservadas por alguns blocos. O principal exemplo é o Esfarrapado, que desfila há décadas pelas ruas do Bexiga, com saída no domingo, dia 20, da Rua 13 de Maio. A Turma do Funil, da região da Vila Mariana, que desfila no pré-carnaval, hoje, e o Urubó, na Freguesia do Ó, também estão entre os que mantêm referências de carnavais tradicionais, com cortejos amanhã e nos dias 18 e 19, no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó.

Também há opções menos concorridas e infantis

Alguns desfiles em São Paulo são voltados ao público infantil, tanto no repertório quanto em horários e infraestrutura. Entre eles estão o Sainha de Chita, que desfila hoje, na Praça Rio dos Campos, na Subprefeitura da Lapa, o Berço Elétrico (Praça Rosa Alves da Silva, na Vila Mariana) e o Fraldinha Molhada (Rua José Oscar de Abreu Sampaio, na zona leste), amanhã. O Gente Miúda desfila no dia 19, na Subprefeitura da Lapa, e o Charanguinha do França, no pós-carnaval, no dia 25, na região central.

Sair dos locais com maior concentração de blocos, como Sé e Pinheiros, é um dos caminhos para fugir das aglomerações. Mesmo nos bairros, alguns desfiles podem atrair milhares de foliões. Uma das dicas é optar por blocos pela manhã e em vias e distritos menos visados, como a Casa Verde, na zona norte, e o Ipiranga, na zona sul. O BenJores, que desfila no dia 20 no Bairro do Limão, espera receber até mil pessoas, assim como o Gal ToTal, amanhã, no Butantã.

Nos megablocos, a estimativa é de dezenas e até centenas de milhares de foliões. Entre eles estão o Acadêmicos do Baixo Augusta e o Megabloco do Fervo - O Maior da Zona Norte, ambos com apresentações amanhã.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Ainda faltam algumas horas para o início do show de Lady Gaga em Copacabana, mas, por volta das 19h deste sábado, 3, a praia já estava bastante lotada de fãs e ambulantes aguardando a chegada da diva pop. A prefeitura espera um público de 1,6 milhão de pessoas. A previsão é que Gaga suba no palco por volta das 21h45.

A temperatura é amena neste início de noite no Rio, por volta dos 26ºC, e a possibilidade de chuva é remota.

Ambulantes estão vendendo sacos de areia por R$ 25 para que os fãs construam degraus improvisados para ficaram mais altos que as divisórias da área Vip e ter uma visão melhor do palco.

O saco vazio é vendido a R$ 10. Tapumes e grades separam a área próxima ao palco, onde são esperados cerca de 6 mil convidados, do restante do público.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 2, o projeto de lei (PL) que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente e destina R$ 15 bilhões a Estados e municípios para fomento das culturas locais. Segundo o Palácio do Planalto, a lei permite que esse montante previsto na Aldir Blanc seja repassado em um período maior do que o atual.

Originalmente, seriam de R$ 3 bilhões ao ano por cinco exercícios (2023 a 2027). Após o repasse desse montante, a Aldir Blanc passa a ser financiada por recursos definidos em cada lei orçamentária. "Com isso, a política se torna permanente", disse o governo.

O texto aprovado pelo Congresso, agora sancionado por Lula, incorporou ainda o texto da Medida Provisória 1.280/2024, que prorroga até 31 de dezembro de 2029 o prazo para uso de benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Antes, o prazo terminaria ao fim de 2025.

O Recine permite desoneração de tributos federais sobre compras ligadas à implantação ou à modernização de salas de cinema, principalmente em cidades menores ou do interior, segundo o Planalto.

O cantor e compositor Danilo Caymmi publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 3, falando sobre o posicionamento político de Nana Caymmi e que ele chamou de "aproveitamento" nas circunstâncias da morte da cantora.

Nana morreu na última quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Ela estava internada havia nove meses na Clínica São José, no Rio de Janeiro. A morte foi lamentada por colegas, amigos e familiares.

No vídeo, Danilo conta que a irmã não tinha acesso a e-mail e redes sociais, e afirma que seus posicionamentos políticos eram superficiais. "A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela", afirma. A cantora foi apoiadora de Jair Bolsonaro.

"Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos há, no mínino, 10 anos. Então, isso é muito grave", lamenta.

"A opinião política dela era completamente superficial, não tinha essa profundidade. Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu de certa maneira que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial. Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas", opina Danilo. "É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado."

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro se manifestou e lamentou a morte de Nana. "Recebo com grande pesar a notícia do falecimento de Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da nossa música. Filha de Dorival, Nana carregava em sua arte a força de uma linhagem que sempre engrandeceu a cultura brasileira", escreveu. O presidente Lula não se manifestou.