Juiz indica crimes cometidos por PM que atirou homem da ponte; veja quais são

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O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, flagrado atirando um homem do alto de uma ponte no começo desta semana na região de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, pode ter cometido mais de um crime durante a abordagem. Ele foi preso preventivamente nesta quinta-feira, 5, após pedido da Corregedoria da PM.

Segundo a decisão liminar da Justiça Militar que determinou a detenção do soldado, as informações levantadas até aqui indicam que ele pode ser condenado não só por lesão corporal, como também pelos crimes de peculato e prevaricação.

A defesa de Luan Felipe afirma, em nota, que esse não é um "processo penal democrático" e afirma ver na prisão "claro viés de antecipação de culpa".

Na decisão liminar, a qual o Estadão teve acesso, o juiz substituto Fabrício Alonso Martinez Della Pachoa afirma que, "ouvido em sede inquisitorial, acompanhado de advogado constituído, o representado declarou que, ao iniciar o serviço, contatou um civil que trabalha em uma seguradora para verificar se havia veículo produto de roubo com rastreamento ativo na região de patrulhamento".

O policial disse, então, que foi informado sobre uma motocicleta Yamaha, o que motivou o deslocamento para sua apreensão.

Como mostrou o Estadão, um grupo de 13 policiais do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, na região metropolitana, abordou uma moto com dois suspeitos em um baile funk.

Uma das hipóteses apuradas é de que Luan Felipe teria arremessado o homem da ponte como forma de represália por conta da perseguição - informações preliminares indicam que não foram encontradas quaisquer irregularidades com a dupla que estava na moto.

Em registro policial feito pelos agentes no sistema interno da PM, eles omitem a agressão. O caso só ganhou repercussão quando as imagens vieram à tona e aumentou a pressão sobre Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP).

Para o juiz Della Pachoa, "a ausência de registro sobre a ocorrência, o contato direto e questionável do representado com agente de seguradora que desencadeou o rumo da diligência, bem como a completa falta de registros, a priori, sobre a apreensão da motocicleta conduzida pelo ofendido ou de sua destinação legal, apontam para a possível prática de outros delitos militares, como prevaricação ou peculato, previstos nos arts. 319 e 303 do Código Penal Militar, aparentando estar na linha de desdobramento natural da investigação".

O magistrado afirma ainda que o cárcere processual é "necessário para garantir a conveniência da instrução criminal, eis que há vítima civil a ser identificada e ouvida, tendo o representado demonstrado destempero e agressividade contra tal pessoa, o que coloca em evidente risco a regular produção probatória".

Segundo Della Pachoa, a prisão preventiva é "indispensável para preservar a disciplina nos quartéis, tendo em vista a gravidade dos crimes apurados e a repercussão negativa que a permanência do investigado em liberdade pode gerar na tropa".

"Não há dúvida de que, em se tratando de uma instituição policial militar composta por milhares de membros fortemente treinados e armados, regida por um regime jurídico especial previsto na Constituição Federal, condutas indisciplinadas e perniciosas no âmbito da Corporação não apenas comprometem o funcionamento de um órgão essencial à segurança pública, mas também podem gerar graves consequências que afetam diretamente a sociedade, especialmente em tempos de índices superlativos de criminalidade", acrescenta o juiz.

No dia seguinte ao caso, a cúpula da Secretaria da Segurança Pública já havia mandado afastar 13 agentes envolvidos na ocorrência, entre eles Pereira. O rapaz atirado da ponte na região de Cidade Ademar não pôde receber socorro logo após a queda, disseram ao Estadão duas testemunhas do episódio.

Letalidade policial

Logo após o caso, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, subiu o tom das críticas aos agentes acusados de abusos. "Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição", disse nas redes sociais.

Antes, uma série de ocorrências já havia colocado em xeque a atuação da PM paulista, como as mortes de uma criança de 4 anos em uma ação em Santos, no litoral paulista, de um estudante de Medicina na Vila Mariana, zona sul paulistana, e de um suspeito de roubo em um mercado na zona sul.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que manterá Derrite no cargo e destacou a melhora de indicadores criminais - roubos e furtos estão em queda no Estado.

O Estado, no entanto, tem registrado alta da letalidade policial - 496 mortes por PMs de janeiro a setembro, o maior número desde 2020.

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O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.

A vida é feita de coincidências, algumas bonitas e tristes ao mesmo tempo. Quando veio à Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2011, o português Valter Hugo Mãe lançava o livro O Filho de Mil Homens, muito inspirado pela sua relação com seu sobrinho, Eduardo. Em 2025, ele retorna à festa para divulgar a adaptação cinematográfica do livro em meio ao luto pelo garoto, que morreu vítima de câncer aos 16 anos.

Esse foi um dos temas da mesa com a participação do escritor, que ocorreu no início da tarde desta sexta, 1º. A morte do sobrinho, muito próxima à morte de uma amiga muito querida de Hugo Mãe, Isabel, foi catalisadora para a escrita de Educação da Tristeza, livro que ele está lançando agora no Brasil, pela Biblioteca Azul, que publica sua obra no País.

Mas, mesmo falando de luto, o escritor se recusou a deixar a conversa ser triste. Foi ovacionado em sua entrada, com direito a aplausos e assobios. Logo na primeira pergunta, que falava sobre o luto, mudou o tom, brincou sobre sua aparência na tela, fez piadas, atraiu risadas e, depois, justificou: "Não estou interessado em transformar meu patrimônio, minhas memórias, em uma coisa triste."

Hugo Mãe explicou que seu mecanismo é sempre tentar contar essas histórias de forma leve. E mesmo quando tudo estava desabando - quando a amiga morreu, o sobrinho já sabia que seu estado era terminal e a mãe, que ele cuida, sofria com toda a situação -, o escritor se segurava e guardava o choro para quando estava sozinho.

O Filho de Mil Homens

Ele lembrou sobre a inspiração para O Filho de Mil Homens. Tinha medo de ter filhos, achava que não era pra ele. Quando começou a cuidar de Eduardo, que ficava com ele todas as segundas-feiras quando era criança, tudo mudou. "Entendi que tinha sonhado tudo errado. Sempre sonhei com coisas tolas", disse.

Na trama, está Crisóstomo, um pescador solitário que, aos 40 anos, decide mudar seu destino e encontrar companhia. Sua vida muda quando ele encontra Camilo, um menino órfão que Crisóstomo decide acolher para satisfazer seu sonho de ter um filho.

O filme será lançada pela Netflix ainda este ano, com direção de Daniel Rezende e estrelado por Rodrigo Santoro. Hugo Mãe diz que não quis se envolver muito diretamente na produção. "Tinha medo de criar algum ruído", disse. Mas está satisfeito com o resultado do longa, tanto que disse, naquele tom entre a brincadeira e a verdadeira, que tem medo do livro cair no esquecimento.

Isso não deve acontecer, especialmente no Brasil, onde o livro foi tão bem recebido. "A maneira como os leitores brasileiros reagiram ao livro foi muito espantosa. Teve uma dimensão descomunal", lembrou Hugo Mãe. O escritor disse ainda que, quando está triste, recorre a essas memórias, de pessoas que o contaram como o livro mudou a vida delas.

Quando veio o anúncio de que a mesa estava chegando ao fim, a plateia lamentou. Hugo Mãe foi aplaudido de pé, comprovando o status de fenômeno que ganhou desde sua última participação na Flip.

O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.