Barroso determina que PMs usem câmera em operações em SP e exige gravação ininterrupta

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou, nesta segunda-feira, 9, o uso obrigatório das câmeras corporais por policiais militares em operações no Estado de São Paulo. A medida se dá em meio a uma série de casos de violência protagonizados por agentes da PM paulista, o que tem colocado em xeque a atuação da corporação.

Na decisão, que atende a um pedido da Defensoria Pública do Estado, também foi determinada a manutenção do modelo de câmeras de gravação ininterrupta até que seja comprovada a efetividade de métodos de acionamento dos novos equipamentos que serão implementados pela gestão estadual. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não se manifestou.

O novo modelo adotado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) terá diferenças em relação ao programa usado desde 2020, quando começou a ser adotado o equipamento em São Paulo. A nova tecnologia permite ao agente de segurança interromper a gravação.

Especialistas apontam que a brecha pode prejudicar a qualidade e a eficácia do registro da ocorrência. A SSP, por sua vez, afirma que os equipamentos são mais modernos e têm novas funcionalidades, como reconhecimento facial e leitura de placas.

Na semana passada, após os vídeos de violência policial se espalharem pelas redes sociais, Tarcísio admitiu que estava "errado" sobre as câmeras nas fardas dos PMs. No início da sua gestão, ele chegou a colocar em xeque a eficiência desse modelo.

Na decisão desta segunda, Barroso determinou ainda o fornecimento de informações sobre os processos disciplinares por descumprimento do uso das câmeras corporais e a apresentação mensal de relatórios pelo governo paulista sobre o andamento das medidas.

O ministro estabeleceu, além disso, que o governo defina uma ordem de adoção de novas câmeras a partir de uma análise do risco de letalidade policial; a divulgação de dados no portal da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo; e a recomposição do número total de câmeras para o mínimo de 10.125 equipamentos em operação.

A providência foi adotada no âmbito da Suspensão de Liminar (SL) 1696, em que o governo paulista firmou compromisso com a Corte de implementar o uso de câmeras em operações policiais.

"Diante da ausência de demonstração da viabilidade técnica e operacional dos novos dispositivos e do significativo aumento da letalidade policial em 2024, é indispensável manter o modelo atual de gravação ininterrupta, sob pena de violação à vedação constitucional ao retrocesso e o descumprimento do dever estatal de proteção de direitos fundamentais, em especial o direito à vida", diz trecho do documento, ao qual o Estadão teve acesso.

Em novembro, o presidente do STF fixou prazo para que o governo do Estado de São Paulo apresentasse informações detalhadas sobre o contrato entre a PM e a empresa fornecedora das câmeras, a Motorola Solutions Ltda., junto com cronograma para sua execução, incluindo testes, treinamento e capacitação para o uso dos equipamentos.

Como mostrou o Estadão, o Estado de São Paulo respondeu na última sexta-feira, 6, e indicou que "as ações previstas no cronograma apresentado estão sendo implementadas de forma gradual", com testes programados para 10 de dezembro. Quanto às formas de acionamento das câmeras, afirmou que essas poderão ser ligadas tanto do modo intencional quanto automático.

Para Barroso, porém, "os fatos novos relatados e os dados apontam para o não cumprimento satisfatório dos compromissos assumidos pelo Estado de São Paulo". O ministro entendeu também que "o quadro atual representa uma involução na proteção de direitos fundamentais e caracteriza risco à ordem e segurança públicas".

Em outra categoria

Eliezer usou suas redes sociais para afirmar que ele e a mulher, Viih Tube, tomaram um golpe financeiro dentro de suas próprias empresas. O desvio de dinheiro teria acontecido enquanto Ravi, filho caçula do casal, estava internado por causa de enterocolite.

"Descobrimos que uma pessoa do nosso financeiro aproveitou toda essa situação e estava desviando porque sabia que não estávamos acompanhando as transações das três empresas. Aproveitou tudo isso para desviar dinheiro para a conta dela. Desviou um valor muito grande nos 19 dias que Ravi ficou internado", disse Eliezer, em post nas redes sociais.

O influenciador digital ainda disse que descobriu o golpe após fazer orações pela saúde do filho. Enquanto ouvia a música gospel A Casa é Sua, de Gabriel Henrique, ele se atentou à letra.

"E tinha outro detalhe: em uma parte da música fala assim: 'Eu deixo a sujeira e deixo limpo'. Deus age, não manda recado e age rápido. Tudo o que Deus promete, Ele cumpre."

Ravi nasceu no dia 11 de novembro e completou seu primeiro mês de vida no hospital. Ele foi internado no dia 25 de novembro e teve alta no último sábado, 14. Além do recém-nascido, Viih Tube e Eliezer são pais de Lua, de um ano.

Isabel Veloso usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 18, para contar aos seus seguidores que já marcou o dia de sua internação para dar à luz. A influenciadora digital está grávida de seu primeiro filho, que se chamará Arthur.

Ela está prestes a completar 30 semanas de gestação, e a previsão é de que o bebê nasça prematuro, entre 32 e 34 semanas, devido ao tratamento contra o câncer que ela está realizando durante a gravidez.

A influenciadora digital ainda disse que estava a caminho de sua última consulta pré-Natal. "A gente consultou com um anestesista, então significa que está próximo e já está marcado o dia que vou internar no hospital. Ainda não quero falar aqui, mas enfim, a gente está bem ansioso", explicou.

Ela foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin em 2021 e chegou a ser internada durante a gestação. Isabel espera o primeiro filho do marido, Lucas Borbas, de 22 anos, com quem se casou neste ano. Ela anunciou a gravidez em agosto.

Ainda Estou Aqui foi indicado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha ao Prêmio Goya, maior premiação do cinema espanhol. O filme com Fernanda Torres e Selton Mello concorre na categoria de Melhor Filme ibero-americano.

Essa é a primeira vez que um título brasileiro é indicado na categoria. Walter Salles, diretor do filme, celebrou a indicação e lamentou a morte de Marisa Paredes, uma das grandes atrizes do cinema espanhol. "É uma honra, e agradecemos à Academia de Cinema da Espanha nesta semana em que o cinema está de luto. Estou muito triste com a perda da atriz extraordinária que era Marisa Paredes, pela qual nos apaixonamos nos filmes dos mestres Pedro Almodóvar, Fernando Trueba, Agustí Villaronga e Arturo Ripstein, nos papeis complexos e profundamente humanos que ela abraçou. Além do incrível talento, Marisa Paredes era uma mulher luminosa, de uma grande coragem política. Que sorte a nossa de termos vivido no tempo de Marisa Paredes".

Essa é a segunda vez do cineasta nos Goya. Em 2005, ele venceu o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado pelo filme Diários de Motocicleta. A premiação ocorre no dia 8 de fevereiro de 2025, em Granada, na Espanha.

Ainda Estou Aqui está na lista de pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional. O filme concorre na categoria de Melhor Filme Internacional no Satellite Awards. Fernanda Torres também foi indicada a Melhor Atriz em Filme de Drama. O longa de Walter Salles também concorre ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Critics Choice Awards 2025.

No Globo de Ouro, Ainda Estou Aqui está na disputa pelo prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Fernanda Torres concorre ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama.

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a mãe, Eunice Paiva (1929 - 2018), o filme conta a história da mulher que criou seus cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos após o desaparecimento do marido e assassinato do marido, Rubens Paiva (1929 - 1971), durante a ditadura militar.