PF derruba rede do tráfico do PCC e máfia italiana que enviava cocaína para a Europa

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 10, as Operações Mafiusi e Conexão Paraíba para prender, no Brasil e na Espanha, 19 investigados por tráfico de cocaína para a Europa. Os alvos têm ligação com a máfia italiana 'Ndrangheta e o PCC. Segundo a Polícia Federal, foram capturados nove alvos no Brasil e um na Espanha.

Agentes também vasculham 46 endereços em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Roraima, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Também são cumpridas ordens de sequestro de imóveis, bloqueio de bens, contas e aplicações financeiras dos investigados em até R$ 126 milhões.

As ordens foram expedidas pela Justiça Federal do Paraná e da Paraíba e pelo Judiciário italiano, a pedido do Ministério Público dos dois países. A ofensiva é resultado de articulação entre a PF, o Ministério Público Federal, a Receita Federal, a Procuradoria-Geral da República e a Guarda Civil Espanhola, com apoio da Eurojust, da Europol e da Interpol.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, a quadrilha usava rota do Atlântico para transportar cocaína de países da América do Sul para a Europa, escondida em navios cargueiros e por vias aéreas. O grupo contava com uma rede complexa que operava principalmente por meio do Porto de Paranaguá, no Brasil, e por meio de aeronaves privadas, indicou ainda a PF.

A investigação mostrou que a máfia italiana de Piemonte se "aproveitava da estrutura logística fornecida pelos brasileiros para transportar enormes quantidades de droga para a Europa a partir do porto de Paranaguá, no Paraná", diz a PGR. A cocaína era escondida em contêineres que levavam cerâmica, louça sanitária ou madeira e tinham como destino principal o Porto de Valência, na Espanha.

A Mafiusi é um desdobramento da Operação Retis, aberta em 2022, no encalço da logística do tráfico a partir do Porto de Paranaguá - apontado como ponto estratégico para a remessa de cocaína para a Europa. Ao longo de tal inquérito, a PF identificou que os traficantes investigados eram ligados a uma facção de São Paulo e a membros da máfia italiana. Eles eram os responsáveis pela intermediação da compra da droga e sua remessa ao velho continente.

A ofensiva aberta nesta terça mira justamente o núcleo de tráfico em São Paulo, também associado aos italianos, que forneciam a cocaína traficada para a Europa a partir do Porto de Paranaguá. O grupo ainda usava aeronaves privadas para enviar cocaína para a Bélgica, a droga era desembarcada antes da fiscalização nos aeroportos.

Além do tráfico de drogas, a investigação descortinou um "complexo esquema de lavagem de dinheiro" que movimentou bilhões de reais entre empresas e contas de fachada. Entre 2018 e 2022, a movimentação financeira dos investigados bateu R$ 2 bilhões, diz a PF.

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O Agente Secreto, novo longa do diretor Kleber Mendonça Filho, será o filme de abertura da 58ª edição do Festival de Brasília.

O evento, que celebra o aniversário de 60 anos da mostra, ocorre na capital federal entre os dias 12 e 20 de setembro.

A sessão de abertura contará com a presença do cineasta pernambucano, da atriz Maria Fernanda Cândido e da produtora Emilie Lesclaux.

A produção conta a história de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que foge para o Recife durante a ditadura militar para se reconectar com o filho. Uma vez lá, ele percebe que a cidade está longe de lhe proporcionar a paz que ele esperava.

O filme, que estreia no circuito comercial brasileiro no dia 6 de novembro, venceu o prêmio de Melhor Ator e Melhor Diretor no Festival de Cannes.

Após o sucesso no festival francês, O Agente Secreto teve seus direitos de distribuição nos Estados Unidos adquiridos pela Neon, selo responsável por Anora, vencedor em cinco categorias do Oscar em 2025.

Agora, o longa está sendo cotado pela imprensa norte-americana para o Oscar de 2026. Em especial, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator.

O cineasta Francis Ford Coppola foi internado em um hospital em Roma, na Itália, na manhã desta terça-feira, 5. A hospitalização ocorreu por conta de uma arritmia cardíaca. A informação é da agência de notícias italiana Ansa. Ainda não há, no entanto, informações sobre o seu estado de saúde.

Aos 86 anos, o artista estava na Europa para participar do Festival de Cinema de Calábria, que ocorreu no final de julho. O diretor da trilogia Poderoso Chefão divulgou o seu último filme, o polêmico Megalópolis, durante o evento.

A história ambiciosa do longa segue o conflito entre Cesar Catilina (Adam Driver), um arquiteto genial que busca saltar para um futuro idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), defensor de propostas mais realistas à cidade de Nova Roma. O elenco ainda conta com nomes como Laurence Fishburne, Nathalie Emmanuel, Talia Shire, Aubrey Plaza, Jon Voight e Shia LeBouf.

No ano passado, Coppola esteve no Brasil para o lançamento do filme em solo nacional. Ele também foi homenageado na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, recebendo o Prêmio Leon Cakoff.

Vencedor de cinco Oscars, Coppola é um dos nomes mais respeitados da história de Hollywood. Ao lado de nomes como Martin Scorsese, Steven Spielberg e Brian De Palma, o diretor revolucionou o cinema norte-americano com o movimento Nova Hollywood.

O clima pesou nos bastidores de um evento privado em Mairiporã, Na Grande São Paulo, no dia 2 de agosto, após uma confusão entre dois nomes conhecidos do entretenimento nacional. Em comunicado divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, 4, a equipe da Carreta Furacão acusou a banda CPM 22 de desrespeito e sabotagem durante sua apresentação no local.

Segundo a nota oficial, os músicos da banda teriam iniciado a passagem de som e os testes de iluminação durante a performance da Carreta Furacão, além de reduzir propositalmente o volume do som da apresentação. A atitude teria comprometido o andamento do espetáculo e prejudicado a experiência do público.

"Não é admissível que haja sabotagem dentro de um ambiente que deveria ser de união e respeito", diz o grupo no comunicado.

A Carreta Furacão destacou ainda que, assim como o CPM 22, também é formada por artistas e merece respeito em seu espaço de atuação. O grupo reafirmou seu compromisso com o público e declarou solidariedade aos fãs que esperavam uma apresentação completa.

A reportagem entrou em contato com a banda CPM 22, mas não houve retorno até a publicação desta nota.

Leia o comunicado completo divulgado pela Carreta Furacão:

"A Carreta Furacão vem a público expressar seu repúdio à postura desrespeitosa da banda CPM 22 durante nossa apresentação no evento realizado no dia 02/08/2025.

Enquanto estávamos no palco cumprindo nosso horário oficial de show, os integrantes da banda iniciaram passagem de som e testes de iluminação, interferindo diretamente na execução da nossa performance.

Houve, inclusive, redução proposital do volume de nosso som, diversas vezes, o que prejudicou severamente a experiência do público e a integridade do espetáculo.

Assim como o CPM 22, somos artistas. Temos uma trajetória que, com muito esforço, conquistou respeito e admiração do povo brasileiro. Por isso, é inadmissível que qualquer profissional da arte e do entretenimento sabote o trabalho de outros artistas, ainda mais em um espaço onde todos deveriam estar unidos para levar alegria ao público.

Nos solidarizamos com os fãs que esperavam uma apresentação completa e vibrante da Carreta Furacão.

Seguiremos firmes, como sempre, levando nossa arte, dança e carisma por todo o Brasil, com respeito, humildade e profissionalismo."