Shopping da zona sul de SP deve ter novo posto da PF para emissão de passaportes

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A Polícia Federal começou a testar nesta terça-feira, 10, um novo posto para emissão de passaportes no shopping Market Place, a Avenida das Nações Unidas, zona sul de São Paulo. De acordo com a polícia, foi aberta uma agenda teste, mas ainda não há data prevista para inauguração e liberação de agendamentos regulares para o local.

Segundo o shopping Market Place, o futuro novo posto de emissão de passaporte fica na alameda de serviços do shopping, no andar -1, e a previsão é de que ele funcione de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas.

A expectativa do empreendimento é a de receber grande público para emitir passaporte e resolver demandas relacionadas ao documento. A região do shopping, próxima à Berrini, Vila Olímpia e Brooklin, é conhecida por ser um centro de negócios. Até então, o posto para passaporte mais próximo fica em Moema, no shopping Ibirapuera.

Veja os postos que já existem em São Paulo para emissão de passaporte:

Departamento de Polícia Federal - Superintendência Regional SP: Rua Hugo D'Antola, 95 - Lapa;

Shopping Eldorado: Avenida Rebouças, 3970 - Pinheiros;

Shopping Ibirapuera: Av. Ibirapuera, 3103 - Moema;

Shopping Mooca: Rua Cap. Pacheco e Chaves, 313 - Mooca;

Shopping West Plaza: Av. Francisco Matarazzo, s/n - Barra Funda;

Santana Parque: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 - Santana.

Assim que inaugurado o posto, ele ficará visível para agendamento no site da Polícia Federal, na aba "passaportes".

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Primavera nos Dentes: A História do Secos & Molhados, série documental que revisita a trajetória meteórica de uma das bandas mais revolucionárias da música brasileira, em cartaz no Canal Brasil, mostra que, 50 anos depois, algumas feridas ainda não cicatrizaram completamente. O reflexo disso está no fato de que o documentário não traz as músicas originais. O caminho foi, então, criar canções novas.

Ney Matogrosso, Gerson Conrad, Emilio Carrera e Willy Verdaguer voltaram aos estúdios meio século após o fim da formação original. Não para gravar os clássicos que venderam mais de um milhão de discos entre 1973 e 1974. Isso porque João Ricardo, o terceiro integrante-fundador e principal compositor do grupo, não autorizou o uso das canções que ajudou a criar. Curiosamente, para o filme Homem com H, que revisitou os 50 anos de carreira de Ney, todas as músicas solicitadas foram liberadas.

"Sinto muito que tenha sido assim. Por dinheiro, né? Mas foi o que tinha que ser", afirma Ney, ao Estadão, com a franqueza característica. Sobre a ausência de João Ricardo na série, ele é direto. "Não me abala porque eu conheço a peça, gente. Eu conheço a peça", diz, rindo.

Saídas

A solução? Criar músicas inéditas que carregassem o DNA daquele som que revolucionou a MPB em plena ditadura militar. Impedidos de usar os maiores sucessos da banda, a produtora Santa Rita Filmes convidou Emilio Carrera (pianista) e Willy Verdaguer (contrabaixista) - músicos que fizeram parte do Secos & Molhados em 1973 e 1974 - para voltarem aos estúdios e criarem novas canções originais inspiradas na sonoridade do grupo.

O resultado é Ouvindo o Silêncio, composição de Gerson Conrad e Paulo Mendonça (autores de grandes sucessos da banda), interpretada por Ney e Gerson. A canção encerra a série e ganhou um videoclipe especial que marca o reencontro histórico, 50 anos depois. Emilio e Willy assinam o arranjo e direção musical, recriando aquela atmosfera poética e provocadora que fez o Brasil parar.

Para Ney, já não há sentimentos envolvidos nessa história. "Secos & Molhados foi importante? Foi importante. Merece o meu esforço para me levantar? Sim, merece. Eu vou e faço. Mas não tem sentimentos. Sentimentos ficaram todos pra trás, sabe?", diz.

Dirigida e roteirizada por Miguel De Almeida e produzida por Marcelo Braga, a série mergulha na trajetória apoteótica de uma das bandas mais marcantes da MPB. Em quatro episódios de 60 minutos, Primavera nos Dentes reconstrói a história do grupo que, em plena ditadura militar, provocou uma revolução estética e comportamental no Brasil dos anos 1970.

O projeto traz depoimentos exclusivos de Ney Matogrosso, Gerson Conrad, Emilio Carrera, Willy Verdaguer, Helena Ignez, Roberto Frejat, Ana Cañas e outros nomes, além de imagens de arquivo raras. Um mosaico afetivo que revela os bastidores e as origens das marcas do grupo - como a maquiagem icônica de Ney, inspirada em um personagem da montagem histórica do Teatro Oficina para O Rei da Vela, de José Celso Martinez Corrêa e Noilton Nunes.

O fenômeno

A série mostra o sucesso estrondoso de uma banda que, em pouco mais de um ano, vendeu um milhão de discos, lotou ginásios e chegou a superar Roberto Carlos em vendas. Foram mais de 20 mil pessoas no Maracanãzinho, 365 apresentações em 11 meses. A gravadora Continental teve que derreter vinis de outros artistas encalhados para suprir a demanda.

Sangue Latino, O Vira, Rosa de Hiroshima - canções que driblaram a censura com letras contundentes sobre liberdade, enquanto Chico Buarque e Taiguara eram proibidos. A série também aborda as tentativas de censura e o incômodo das gravadoras multinacionais diante do sucesso de uma banda de capital nacional que transformou arte em ato político.

O terceiro episódio revela o desgaste interno e as disputas que culminaram no fim da banda em 1974. Ao longo da série, Ney, Gerson e outros convidados como Moracy do Val, Cláudio Tovar e Charles Gavin falam abertamente sobre o relacionamento conturbado com João Ricardo e o rompimento que levou ao fim do grupo.

Quando questionado se alguma história deixou de ser contada pela ausência do ex-parceiro, Ney é pragmático. "Não dá pra contar tudo. É. Em situação nenhuma. No meu filme também não dá pra contar tudo. Porque ali são 50 anos em duas horas e nove, não é isso? Não dá pra contar", diz. E completa, sobre o imbróglio com João: "já está resolvido, ultrapassado".

Uma nova juventude

Hoje, Ney Matogrosso vive um momento peculiar. O filme Homem com H, que estreou nos cinemas em 2023 e chegou à Netflix em 2025, o colocou frente a frente com um público ainda mais jovem. "Eu sempre andei na rua sossegado, agora já não é tanto assim", conta, bem-humorado. "Todas as pessoas falam comigo. Fiquei muito impressionado. Isso não era assim, sabe? Claro que quando eu sempre andei na rua as pessoas falavam comigo, mas era assim. Uma, duas... Agora não, agora é uma atrás da outra", diz.

Sobre essa avalanche de reconhecimento tardio, ele filosofa. "Olha, eu acho que melhor que essas coisas aconteçam quando a gente tá vivo, não é isso? E pra gente assistir de camarote, né? Essa loucura toda", revela, sem guardar a empolgação.

Primavera nos Dentes encerra com o reencontro de parte dos integrantes, 50 anos após o fim do grupo, celebrando o impacto cultural do Secos & Molhados. Sem autorização para regravar os clássicos originais, a solução encontrada acabou se tornando um gesto especial aos fãs: novas músicas que carregam o DNA daquela época, mas olham para o futuro.

O que fica é a certeza de que, mesmo sem poder usar Sangue Latino ou O Vira, o espírito revolucionário dos Secos & Molhados continua vivo. Cinquenta anos depois, a história, mesmo incompleta por ausências e disputas, merece ser contada.

Onde assistir a 'Primavera nos Dentes'

Os capítulos de Primavera nos Dentes são exibidos semanalmente, nas sextas-feiras, às 21h30, no Canal Brasil. Os horários alternativos para assistir aos episódios já lançados são aos sábados, às 17h, e aos domingos, às 19h. A série, de quatro episódios, estreou no dia 31 de outubro.

O produtor e repórter Afonso Ferreira, da TV Globo Brasília, foi agredido enquanto investigava um esquema suspeito em frente a uma agência do INSS. Ele apurava casos de "puxadores", pessoas que se apresentam como intermediários prometendo agilizar o processo de obtenção de benefícios previdenciários

Sem se identificar como produtor da TV Globo, Afonso conversa com uma mulher que lhe apresenta as supostas facilidades, sem ela saber que estava sendo gravada. No dia seguinte, ele retorna ao mesmo local e tenta entrevistar a "puxadora", mas ela nega oferecer o serviço e, tapando o rosto, vai em direção a um homem que usava um paletó claro. Ao perceber que se tratava de uma reportagem, o homem começa as agressões.

O episódio foi alvo de uma matéria no Jornal Nacional que foi ao ar nesta terça-feira, 11. Na matéria, a TV Globo diz que a equipe de reportagem procurou uma delegacia e registrou um boletim de ocorrência. O agressor não tinha sido identificado até a veiculação da matéria na TV.

Em janeiro de 2026, os atores Eduardo Moscovis e Viviane Araújo devem entrar na trama de Três Graças, novela que ocupa a faixa das 21h na TV Globo.

Moscovis chega para interpretar Rogério, marido de Arminda (Grazi Massafera). Supostamente, ele morreu em uma explosão de lancha, ocorrida três anos antes do tempo atual da novela. O desaparecimento do personagem é um dos grandes enigmas do folhetim. Primeiro, ele aparecerá em flashbacks e depois chegará na trama em definitivo, mostrando que está vivo. De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, o ressurgimento de Rogério acontecerá por volta do capítulo 80 que deve ir ao ar no dia 20 de janeiro.

A mesma coluna de O Globo apontou que, nesta semana, Viviane Araújo também fechou contrato com a emissora para integrar o elenco de Três Graças. O seu papel na trama está sendo desenvolvido a partir de um grupo de discussão, mas a ideia é que ela surja como um antigo amor de Misael, interpretado por Belo, ex-marido de Viviane Araújo na vida real. A previsão é que a atriz entre para a trama por volta do capítulo 90, que deve ir ao ar no dia 31 de janeiro.

O Estadão procurou a TV Globo para confirmar as informações, mas até o momento não obteve retorno.