'Rei e rainha da creatina': Justiça determina arquivamento de inquérito policial

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A Justiça de São Paulo decidiu arquivar o inquérito policial contra a empresa Soldiers Nutrition. No início de novembro deste ano, policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, apreenderam milhares de unidades de suplementos alimentícios da empresa. O recolhimento dos produtos ocorreu durante cumprimento de mandados contra os empresários. A ação, no entanto, foi divulgada somente em 28 de novembro.

Na ocasião, por meio das redes sociais, Yuri Silveira de Abreu, um dos sócios, defendeu a idoneidade da empresa Soldiers Nutrition.

Na decisão, a Justiça de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo e ordenou a devolução dos itens apreendidos.

"Não verificada patente ilegalidade ou teratologia no ato, remetam-se os autos do inquérito policial ao arquivamento. Ante o arquivamento dos autos, defiro a restituição de todos os objetos apreendidos no bojo da medida cautelar", destaca a decisão do TJ-SP assinada pela juíza de Direito Arielle Escandolhero Martinho no dia 9 de dezembro.

O arquivamento foi solicitado pelo MP por falta de provas e indícios de crimes. "O MPSP arquivou o inquérito policial, o que foi confirmado pelo juízo do DIPO, uma vez que verificou que não havia fato concreto que configurasse infração penal, de forma que o referido inquérito policial não tinha objeto definido, o que não encontra respaldo no ordenamento jurídico", disse o órgão em nota.

Relembre o caso

Conforme a investigação, o objetivo era apurar crimes de falsificação ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação foi realizada em dois locais, sendo um em Jundiaí, interior paulista, e outro na zona leste da cidade de São Paulo, onde foram realizadas as apreensões dos produtos.

Fabiula de Arruda Freire, esposa de Yuri, é sócia e cofundadora da empresa. Ela costuma publicar vídeos nas suas redes sociais tomando os suplementos. O casal é conhecido no meio como 'rei e rainha da creatina'. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Yuri alegou que a empresa funciona com todas as licenças em dia.

"Nosso compromisso com transparência, credibilidade e confiança permanece inabalável. Ao longo dessa jornada, nossa prioridade sempre foi a qualidade e a segurança dos nossos produtos, com foco em cuidar da saúde e da confiança de nossos consumidores. Temos orgulho de oferecer uma das creatinas mais puras do mercado, respaldada por testes laboratoriais constantes", disse ele, na mesma época.

Posicionamento da Soldiers

Em nota assinada pelo advogado, Eduardo Krasovic, a empresa Soldiers Nutrition alega que é uma empresa brasileira regularmente estabelecida, que sempre atuou dentro da legalidade. "Sua fábrica detém todas as licenças necessárias para funcionamento e é frequentemente fiscalizada pela Vigilância Sanitária, que atesta a qualidade e segurança dos produtos. Vale ressaltar que a unidade foi recentemente inspecionada pela autoridade sanitária e recebeu autorização para continuar operando normalmente", disse.

Segundo o posicionamento, todos os lotes de produção passam por testes de qualidade e são avaliados em laboratórios independentes.

"Sobre o envolvimento de seu nome no inquérito conduzido pela 3ª Delegacia de Fraudes Financeiras e Econômicas do Deic de São Paulo, é importante esclarecer que o motivo da investigação não foi devidamente explicado pela polícia, tanto que este foi um dos motivos para o MPSP solicitar o arquivamento do caso", acrescentou.

Segundo o advogado, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na fábrica da Soldiers, os policiais confiscaram apenas celulares e computadores, incluindo o equipamento da nutricionista da empresa, que contém segredos industriais e informações sobre processos de produção.

"Nenhum produto fabricado pela Soldiers foi apreendido, apesar do grande estoque presente na fábrica, evidenciando que a investigação não estava relacionada à qualidade, manipulação, ou envasamento dos produtos, tampouco a questões de saúde pública", disse.

A nota ainda afirma que as empresas interditadas pela Vigilância Sanitária não pertencem à Soldiers. "São prestadoras de serviços terceirizados e não exclusivas, que atuam para diversas companhias do mercado de suplementos. E, em nenhum momento, os produtos apreendidos nos estabelecimentos de terceiros, passaram por perícia técnica especializada no âmbito do inquérito, ou seja, não existe qualquer laudo que questione a qualidade ou segurança dos produtos da Soldiers", destacou ainda em nota.

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.