Estudo expõe alta de moradores de rua pelo País; veja como estão SP e outras capitais

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O número de moradores de rua de São Paulo, que eram de 64,8 mil em dezembro de 2023, agora são de 89,9 mil, segundo dados compilados por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - alta de 38,7%. A Prefeitura diz que tem censo próprio com outra metodologia, cuja última edição foi realizada em 2021 e apontou 32 mil sem-teto, e diz ter destinado R$ 3 bilhões para ações sociais só em 2024.

No Estado de São Paulo, o trabalho da UFMG aponta aumento de 27,5% no mesmo período, chegando a 136,1 mil. O número paulista equivale a 43% da população de rua do Brasil, que é de 320 mil pessoas. Principalmente após a pandemia, a quantidade de pessoas sem casa explodiu em grandes centros urbanos. No centro de São Paulo, é comum ver barracas onde vivem até famílias inteiras.

Os dados foram levantados pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (O'Poprua) da UFMG, com base em dados do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social.

Outras capitais apresentaram aumento dos sem-teto no período:

Rio de Janeiro - de 19.451 para 21.474

Belo Horizonte - de 12.916 para 14.056

Salvador - de 8.739 para 9.682

Distrito Federal - de 7.982 para 8.453

O levantamento é feito com base nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, e serve de indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios.

Segundo o coordenador do observatório, André Luiz Freitas Dias, a alta expressiva nos registros de pessoas em situação de rua no CadÚnico se deve tanto ao fortalecimento dessa base de dados como porta de entrada e principal acesso às políticas sociais do país, como quanto à ausência ou insuficiência de políticas públicas voltadas especificamente para essa população, como moradia, educação e trabalho.

"Moradia é a política que referencia todas as outras, pois quando você tem uma casa, o centro de saúde, a escola, o atendimento social têm condições de fazer o acompanhamento sistemático de sua família", afirma o pesquisador.

Os países que investiram nesses três vértices, a começar pela moradia, reduziram significativamente a população de rua. "Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha, todos estão nessa direção. No Brasil, o dado que temos é que de cada 10 moradores de rua, sete são pessoas negras", disse.

Prefeitura de SP questiona contagem da pesquisa

Procurada, a Prefeitura de São Paulo diz ter a maior rede socioassistencial da América Latina. São mais de 26 mil vagas, em 379 serviços de acolhimento, como hotéis sociais, centros de acolhida e Vilas Reencontro. Entre 2022 e este ano, diz a gestão municipal, aumentou 50% a verba para ações de assistência social, direitos humanos e segurança alimentar.

Acrescenta ainda que o censo de 2021 envolveu "trabalho minucioso feito por mais de 200 profissionais" da Prefeitura. "Já o levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas da UFMG utiliza dados do CadÚnico, que são cumulativos e autodeclaratórios", diz, em nota.

O coordenador do estudo, porém, lembra que os dados do censo municipal estão defasados. "O CadÚnico é atualizado todo mês e com dados fornecidos pelos municípios. É com base neles que a União repassa recursos para as cidades", diz.

Já a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social diz que, alinhada com a Política Nacional para População em Situação de Rua, cofinancia serviços socioassistenciais nos 645 municípios paulistas. Em 2024, dos cerca de R$ 240 milhões do Fundo Estadual de Assistência Social destinados aos municípios, foram alocados pelas gestões municipais cerca de R$156 milhões em serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.

Dados eram 'invisíveis' para os governos, diz ministério

O Ministério de Desenvolvimento Social informa que os dados citados pelo Observatório da UFMG se referem à quantidade de famílias em situação de rua inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) por meio de busca ativa dos serviços de assistência social locais. É a partir da inserção dessas famílias no cadastro que elas passam a ter acesso a programas sociais, como o Bolsa Família. "Antes disso, eram invisíveis para poderes municipal, estadual e federal", acrescenta.

Conforme a pasta, no âmbito do ministério estão os repasses de cofinanciamento para serviços socioassistenciais. O ministério também tem canais e ferramentas que permitem o acesso público a informações sobre as ofertas da assistência social e ao cofinanciamento federal, respeitando as normas de acesso de dados.

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.