Isenção temporária do IPVA para veículos menos poluentes é aprovada em SP

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 10, a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no período de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2026 para proprietários de veículos leves menos poluentes (leia mais abaixo quais são). A proposta, entretanto, não inclui o benefício para carros 100% elétricos, com zero emissões de poluentes.

Após os dois anos, a alíquota do IPVA será aumentada gradativamente: 1% em 2027, 2% em 2028, 3% em 2029 e 4% (taxa comum) a partir de 2030.

Para ônibus e caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, inclusive biometano, a isenção valerá de janeiro de 2025 a dezembro de 2029. O projeto de Lei, criado pelo governo do Estado, visa incentivar o uso de veículos movidos a energia renovável e acelerar os investimentos na produção desse tipo de automóvel.

"É estímulo à renovação da frota, por matriz limpa, com baixa pegada de carbono", disse a gestão estadual nesta quarta, 11. O PL foi aprovada por 53 votos a 10 na Alesp e agora segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Nas redes sociais, a deputada Marina Helou (Rede), uma das parlamentares contrárias ao projeto, classificou a proposta como "retrocesso ambiental".

"Poderíamos estar incentivando os carros elétricos, que geram menos poluição, mas fomos no caminho contrário."

Serão beneficiados pela isenção temporária de IPVA os donos de veículos:

- Veículos leves movidos a hidrogênio;

- Veículos leves híbridos com motor elétrico;

- Veículos leves com motor a combustão flex, desde que seja abastecido somente com etanol e o modelo custe até R$ 250 mil;

- Ônibus ou caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou gás natural, inclusive biometano.

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Djavan segue "djavaneando". Aos 76 anos, sendo 50 deles de carreira, ele ainda se coloca ao centro da música brasileira. Mal saiu da turnê de seu último álbum, D, de 2022, mas já anuncia uma turnê grandiosa e comemorativa no ano que vem e presenteia o público com um novo álbum, Improviso, nesta terça, 11.

Improviso tem o cantor, sempre atual, se aventurando em novos temas, como o "amor livre", mas pisando em degraus importantes de sua trajetória. O disco inclui músicas como O Vento, que fez para Gal Costa em 1987 com Ronaldo Bastos, e Pra Sempre, com melodia que compôs para Bad, álbum de 1987 de Michael Jackson, a convite de Quincy Jones, mas que, por inseguranças do cantor, nunca havia sido lançada.

Com brilho no olhar por poder falar de sua música e muita modéstia ao falar sobre amor - "não sou a pessoa que melhor ama", ele diz -, Djavan recebeu o Estadão em um hotel na capital paulista para detalhar seus próximos passos e refletir sobre os antigos.

Na terça, o cantor também anuncia a turnê Djavanear 50 anos. Só Sucessos, que passará por estádios e terá início no Allianz Parque, em São Paulo, em maio. "Vai ser um espetáculo especial. Eu acho que vamos agradar muita gente que gosta (das músicas do cantor) há muito tempo", detalha ele sobre a nova turnê. Veja todas as datas anunciadas ao final da matéria.

Ao Estadão, ele reflete sobre política, sua composição e os convites que recebeu e negou para fazer carreira fora do País. "Houve uma época em que achei ter nascido no País errado", conta. A entrevista foi editada e condensada para melhor compreensão.

O 'D' veio solar, em um período pós-pandemia. Agora, 'Improviso' é mais introspectivo. O que te motivou a fazer um álbum tão reflexivo agora?

A palavra introspectivo me pegou de surpresa, porque eu não achava que ele fosse assim, mas que bom que você acha isso, porque várias pessoas estão achando coisas distintas. É um disco em que obedeci a uma única coisa: a minha busca por alguma novidade, por algum frescor. Eu fico em euforia toda vez que eu tenho que entrar em estúdio para gravar um disco novo. O momento que eu mais amo da minha vida é o momento da criação. Isso me deixa muito feliz sempre e ele foi feito com esse espírito de me alegrar. Esse é o objetivo do disco quando eu o estou fazendo: me fazer feliz, me acariciar, me acarinhar.

O senhor já tem 50 anos de carreira, tem grande mérito da história do que chamamos de MPB, mas escolheu esse "improviso" como tema do álbum. Por quê? É uma vontade de reinvenção?

Você criar 12 canções novas não deixa de ser um improviso. Como você falou, eu vou fazer 50 anos de carreira, muito tempo de estrada, tem muita música que eu já compus até hoje. Só o fato de você conseguir fazer de novo já é um improviso maravilhoso na vida. Essa foi a razão principal desse nome. Além disso, o próprio improviso é um desafio que eu carrego desde que comecei. Quando eu ainda não escrevia, eu já usava o improviso na voz para ditar as melodias, para desconstruí-las.

E a música 'Improviso' vai matar muito a curiosidade de quem quer saber sobre o seu processo de composição. Como é um dia de compor na vida do Djavan?

A minha composição tem uma particularidade. Na cronologia da gravação, a voz é a última coisa que você grava. Primeiro você grava a base, que consiste em baixo, bateria, o piano, a guitarra... Depois, você grava sobre guitarras, violões, pianos, teclados, se houver. Depois vem os metais, percussão, cordas... Depois disso tudo pronto, é a hora da voz. É quando eu me sento para fazer a letra. Eu não faço a letra durante a composição, na hora de compor (a melodia). Eu já fiz, mas esse processo vem mudando ao longo do tempo.

Mas há algum momento do dia em que o senhor se sente mais inspirado a compor?

Eu esteja inspirado ou não, se eu precisar fazer, eu sempre faço. Porque eu acho que a inspiração é apenas 10%. O resto é transpiração.

O senhor também vai fazer uma turnê no próximo ano em comemoração aos 50 anos de carreira. Enquanto isso, nomes como Gilberto Gil e Jorge Aragão anunciaram que vão tirar um tempo para descansar. Se aposentar é algo que passa pela sua cabeça?

Não, porque eu considero se aposentar como morrer. Eu vivo de música, a minha alma é de música. Eu vivo bem porque eu sou músico, porque eu componho, porque eu escrevo, porque eu canto, porque eu toco, porque eu faço arranjos... Essa é a minha vida, é a vida que Deus me deu e eu abracei com unhas e dentes, porque me faz feliz.

O senhor também tem contribuído com cantores mais jovens e boa parte da nova geração é Djafã. Mas há uma discussão sobre novos ídolos, sobre quem "ocupará o lugar" que você, Gal, Gil, Caetano e Chico ocupam e ocuparam na MPB. O senhor acredita que haverá novos Djavans, Gals ou Caetanos?

Eu torço por isso. Se depender de mim, vão acontecer outros. E, olha, eu posso te garantir que vão acontecer outros, porque eu sinto que estamos plantando uma semente muito forte. O número de pessoas jovens interessadas por música, por minha causa, por causa do Gil, etc, é cada vez maior. E isso é uma alegria, porque eu quero exatamente isso: que pessoas absorvam o que fazemos e construam as suas próprias visões musicais. É o que eu mais desejo. Portanto, eu jamais seria pessimista com relação a isso.

Falando sobre a Gal, o senhor incluiu 'O Vento', música que fez para ela em 1976 com o compositor Ronaldo Bastos, no novo álbum. A trajetória de vocês dois sempre foi muito associada. O que mais te atraía na Gal?

A musicalidade da Gal. E a voz dela, deslumbrante, aquele cristal maravilhoso, único. Não sei se teremos outra Gal. Quer dizer, vai ter outra Gal, temos que ser otimistas... Ela é uma cantora espetacular, e éramos amigos. A Gal é uma pessoa dulcíssima, maravilhosa. Sempre tivemos uma relação muito boa e, agora, essa homenagem foi uma coisa muito natural. Eu queria lembrá-la e ela foi, seguramente, a intérprete que mais gravou música minha.

'Pra Sempre', incluída no álbum, foi uma música feita para Michael Jackson, mas lançada apenas agora. Conte como chegou esse convite para compor para o cantor na época.

Na época, o Quincy Jones e eu tínhamos uma relação mais estreita. Quando o Michael entrou no estúdio para gravar o (álbum) Bad, ele me disse para fazer uma música para o Michael, que ele iria fazer a letra. Eu fiz a música, mas não mandei imediatamente. Não fiquei seguro de que aquilo iria frutificar de verdade. Mas meus filhos ficaram insistindo para eu gravar depois. Eu fui nos Estados Unidos, conheci o Michael. Mas, quando a música chegou lá, o disco já estava sendo mixado. Chegou oito meses depois. Então, não rolou. E, aí, agora eu resolvi gravar. Fiz uma letra e gravei.

O senhor sempre teve uma relação com esses nomes internacionais... Chegou a receber um convite para fazer carreira nos EUA, mas negou dizendo que só canta em português. Só que os caminhos da música brasileira são tortuosos. Alguma vez já te bateu o arrependimento de não ter ido?

Esse período da minha vida foi muito difícil. Eu sabia que seria uma decisão "limite", que iria ser importantíssima para mim, e eu não podia errar. Houve uma época também, lá atrás, que eu achava que eu tinha nascido no País errado, digamos assim. Eu achei que, musicalmente, se eu tivesse nascido nos Estados Unidos, as coisas seriam mais fáceis para mim. Achamos muita coisa, e muitas vezes erramos. Quando chegou a oportunidade de ir para lá, gravar lá, fazer uma carreira lá, eu parei para pensar: 'Agora é sério, eu estou diante da possibilidade real. Então, eu tenho que ver o que eu vou resolver'. E decidi não ir.

Foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida. Eu não sei se eu estaria feliz como eu estou se eu tivesse ido. Eu poderia, certamente, ser um artista muito mais internacional do que eu sou hoje. Certamente, cantando em inglês, a coisa seria mais fluida.

O Tomás (Muñoz, presidente da gravadora que se tornaria a Sony Music) me dizia: 'Djavan, a sua música, a partir dos Estados Unidos, vai ganhar o mundo com muita facilidade, com muita velocidade'. Eu acho que ele tinha razão, mas ele não tinha esse sentimento que eu tinha e que eu passei a ter depois. Então, eu fiz a decisão certa.

Falando sobre política, o senhor participou das manifestações contra a PEC da Blindagem recentemente. Estamos entrando em um novo ano político incerto, com eleições para presidente. Como o senhor vê esse futuro da política no País?

Se o Brasil fosse um país pródigo em investimentos na educação, eu te diria que o futuro iria ser mais promissor, porque eu acho que, sem educação, é muito difícil. É na sala de aula que você ensina tudo. Inclusive, que o racismo é um crime, que a política é uma arte importantíssima para os povos, e que você tem que prestar atenção em quem você vai votar, porque disso depende o seu futuro. Não é o futuro do político que nos interessa, é o nosso futuro.

De modo geral, quase que sem exceção, o político, quando atinge o seu objetivo, ele se transforma. Ele é político para conseguir te seduzir, e é um outro político depois que ele consegue. Isso invariavelmente acontece. Agora, o que você tem que medir é o quanto isso vai ser maléfico para a comunidade, para a população. Então, é muito difícil. Eu só diria isso: Vai votar? Procure saber em quem você vai votar. Por que você vai votar? Porque, se não, não tem salvação.

'Improviso' tem o amor como tema central. Mas há quem diga que o amor é 'apolítico'. O senhor concorda com isso?

Depende de quem ama... Eu acho que o amor é um sentimento que não deve ser confundido com nenhum outro, porque não existe nenhum sentimento igual ao amor, com a mesma função, com a mesma força, com o mesmo poder de transformação. Não existe. A vida existe pelo amor. Se não, está errado, porque é ele que move tudo, é ele que faz tudo, é por ele que se faz tudo, é por ele que se vive.

Falar sobre amor é uma responsabilidade que eu não quero assumir, porque eu não sou a pessoa que melhor ama, ou que mais entende de amor. Eu sou um ser humano comum, que ama como qualquer indivíduo. O que eu faço, talvez, melhor do que outros é valorizar o amor, e dizer aos quatro ventos que, sem ele, nada faz sentido.

E por que falar sobre 'amor livre' no novo álbum?

Porque o amor não tem limites. E o "amor livre" é um tipo de amor, assim como todos os outros. O importante é o amor. Qual vai ser o trilho estabelecido para ele é de quem vai amar. O importante é que você ame e seja feliz, seja lá como for.

O senhor já teve de explicar o significado de algumas de suas músicas. Muita gente vai continuar tentando te decifrar depois do lançamento de 'Improviso'. Te incomoda ou te agrada as pessoas ainda te verem como o 'Djavan mistério'?

Eu acho ótimo isso. Eu nunca vou ser decifrado e isso é muito bom. Isso é campo que eles (o público) me dão para viajar, para andar... Haja perna para bater nesse campo todo. Eu gosto muito disso. É um paradoxo interessante eu ser considerado um enigma e fazer tanto sucesso. Isso é, no mínimo, agradabilíssimo. Eu não posso reclamar disso.

Veja as datas da turnê 'Djavanear' em 2026

09 de maio - São Paulo (Allianz Parque)

23 de maio - Salvador

30 de maio - Fortaleza

13 de junho - Curitiba

27 de junho - Brasília

18 de julho - Belo Horizonte

01 de agosto - Rio de Janeiro

29 de agosto - Florianópolis

24 de outubro - Belém

31 de outubro - Recife

05 de dezembro - Maceió

Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.